domingo, 20 de outubro de 2013

Rita Freitas - Miss Benfica, mês de Abril

Equipas que passaram aos 1/16 (4ª Eliminatória) Taça de Portugal


Equipas que passaram aos 1/16 (4ª Eliminatória) Taça de Portugal 

I Liga - 14 clubes

Benfica, Sporting, FC Porto, Sp. Braga, Vit. Guimarães, Vit. Setúbal, Académica, Gil Vicente, Rio Ave, Olhanense, Estoril, Marítimo, Paços de Ferreira e Arouca

II Liga - 10 clubes

Beira Mar, Sp Covilhã, Penafiel, Leixões, Desp. Aves, Desp. Chaves, Feirense, Tondela, Ac. Viseu e Atlético

CNS - 8 clubes

Santa Maria, Sertanense, Camacha, Ribeirão, Fafe, AD Oliveirense, Famalicão e Cova da Piedade.

A minha análise

Ainda o Cinfães X Benfica

A minha análise

Vou começar esta análise falando da imprensa desportiva em Portugal que não perde a oportunidade de deitar abaixo o treinador do Benfica. Já muito se disse e continua a dizer, mas a verdade é que o Benfica e tudo que esteja ligado ao Benfica, seja presidente, treinador, jogadores dirigentes, tudo serve para pôr a máquina jornalística a render muitos euros, à conta do Benfica. Ou por que é o Cardozo, a seguir é o treinador depois é o roupeiro ou o Zé da esquina tudo serve para vender jornais e o Benfica já devia ter aprendido a lidar melhor com esta situação. Costuma-se dizer que a má publicidade também é boa publicidade (isto porque é falado o nome do Benfica) mas eu não concordo. O Benfica tem de aprender a não divulgar cá para fora o que se passa no interior do clube. Todas as conversas que se passam lá dentro não podem no dia a seguir virem escarrapachadas nas primeiras páginas dos jornais. Tem de aprender isso de uma vez por todas. Já chega de tanta mentira e de tanta gente a ganhar dinheiro à conta do nome do nosso clube.

 Falando do jogo da Taça de Portugal onde o Benfica até ganhou com inteira justiça, apraz aqui perguntar se o treinador do Benfica não arriscou demasiado, ao ter posto tantos jogadores da equipa B de início no jogo? Será que foi um risco calculado? Eu estou em crer que sim e para responder com sinceridade a esta pergunta, é um facto que foi um risco mas foi um bom risco! Os jogadores da equipa B precisam destes jogos para se poderem afirmar, pois é nestes jogos, que eles crescem e se fazem grandes até porque são jogos que contêm já uma carga emotiva muito grande pois está uma taça de grande prestígio em disputa e estes jovens precisam disso para poderem crescer como jogadores. 

Jorge Jesus já nos habituou durante o tempo em que está no Benfica, que é uma pessoa que gosta de arriscar. Umas vezes dá certo outras nem tanto. Já o vimos a pôr centrais na esquerda da defesa com maus resultados(como aconteceu no Porto com David Luiz) mas também já nos fez respirar de orgulho quando resolveu meter o Fábio Coentrão na esquerda da defesa e fazendo dele um dos melhores defesas esquerdos da actualidade no futebol mundial. Outra das boas performances de Jesus durante este período em que está no comando do futebol do Benfica foi ter posto um extremo puro como era Enzo Perez e transformá-lo num centro campista ou médio-centro de grande categoria ao ponto de começar a ser convocado para a Selecção das Pampas outra vez e que para mim até rende mais como médio-centro do que propriamente no seu lugar de origem (extremo-direito).

 Ora isto vem ao caso para dizer que o Jorge Jesus é um treinador que gosta de arriscar e o que ele fez em Cinfães para muitos é um risco, mas para mim penso que não. 

Falando caso a caso sobre os jogadores escolhidos, constatamos que não foi um risco assim tão grande, senão vejamos.
Na baliza optou e bem a meu ver por Oblak que é bem melhor que Paulo Lopes e pode vir a ser um dos esteios da baliza do Benfica deixando no banco outra boa promessa como é Bruno Varela. Jogou na defesa com jogadores experientes, apesar de alguns deles terem vindo de lesão como é o caso de Sílvio e ainda não estarem no seu melhor, mas é nestes jogos que eles ganham ritmo e por isso também aí, eu concordo com o Mister ao fazê-lo entrar. No meio da defesa os centrais eram a meu ver os ideais para este jogo; Steven Vitória é um excelente central, para mim é melhor que Jardel e acho que merecia mais chamadas à equipa principal do Benfica. Jardel é aquele jogador que não se aventura muito, mas é um jogador rápido e certinho no desarme que não inventa (porque se inventa dá mau resultado). 

No meio-campo penso que Ruben Amorim esteve bastante mal e Lindeloff ainda bastante envergonhado no seu jogo, mas é um excelente jogador e tem uma grande margem de progressão podendo vir a ser também um bom jogador para a equipa principal. 

Nas faixas estiveram a meu ver os melhores jogadores em campo no jogo de ontem, dois belíssimos executantes, tanto Olá John como Ivan Cavaleiro têm muito para dar ao Benfica. Olá John esteve bastante activo e lutador e quando assim é, é um regalo vê-lo jogar; tem uma excelente técnica e no um para um é quase imbatível. Ivan Cavaleiro penso que vai ser a muito curto prazo um dos melhores extremos do país, é excelente no um para um, tem uma técnica apuradíssima, nunca dá uma bola por perdida, é rápido ou seja tem tudo para ser um caso sério no futebol português e pode sem qualquer ponta de dúvida vir a ser um dos melhores extremos do futebol português.

 Na frente Jorge Jesus optou por Djuricic que toda a gente sabe que é um bom jogador, o problema de Djuricic é que tem pouca raça e ontem viu-se isso demasiadas vezes e isso por vezes estraga aquilo que ele tem de bom que é a técnica e visão de jogo. Foi por diversas vezes visto no jogo contra o Cinfães a perder a bola e a desinteressar-se dela logo a seguir e isso no Benfica não pode acontecer. Penso que lhe falta espírito de luta para singrar no futebol do Benfica, ele na Holanda estava habituado a jogar mais solto e sem tanta marcação. Cá o Djuricic tem marcações mais cerradas e penso que ele ainda não está habituado a ser tão marcado e a ter tão pouco espaço para pensar e elaborar o seu jogo, mas se começar a ser mais lutador e a não virar a cara à luta então aí, é de certeza um jogador a ter em conta. O ponta-de-lança ontem no jogo foi Funes Mori e cabe-me dizer que não gostei da exibição dele. É certo que não está ainda ambientado nem entrosado na equipa, talvez ainda não tenha tido tempo para mostrar tudo o que de bom dizem dele, mas sinceramente não gostei. Falhou en de golos feitos, dois deles a centro de Ivan Cavaleiro que já eram meio-golo quando saíram dos pés do extremo e falhou ambos, mas não foi só isso, acho que lhe falta muita coisa para ser ponta-de-lança do Benfica (Jorge Jesus diz que lhe falta as bases) eu direi que lhe falta muito mais que isso até porque acho que o Nelson Oliveira é bem melhor jogador. Para finalizar, quero afirmar que concordei com a equipa que Jorge Jesus escalou para este jogo e dizer... Força Benfica que ainda vamos bastante a tempo de ganhar tudo aquilo que por tão pouco, nos falhou na época passada.

Jorge Humberto Lopes

No caminho de Vieira

JESUS ESTEVE MUITO NERVOSO DURANTE O JOGO E NO FINAL MOSTROU-SE FIEL AO PROJETO

No caminho de Vieira

Jesus esteve quase sempre ligado à ficha neste jogo da Taça de Portugal, no qual estreou sete jogadores na equipa principal, correndo, embora sem o querer admitir, um risco que lhe podia ter reduzido a margem de manobra. O treinador do Benfica chegou a revelar impaciência durante o jogo e nunca ninguém o viu sentado. Foi notória a sua insatisfação em relação a Cortez mas, quando o jogo acabou, o treinador preferiu as notas positivas, destacando as exibições de Funes Mori e de Ivan Cavaleiro.

7 JOGADORES ESTREARAM-SE FRENTE AO CINFÃES

Jesus já deu oportunidade a 57 jogadores

Uma Taça de cheia de oportunidades. Jorge Jesus estreou ontem, frente ao Cinfães, 7 jogadores. À imagem dos anos anteriores, o técnico do Benfica aproveitou este jogo para dar oportunidade aos que nunca vestiram a camisola encarnada. Desde 2009/10, são já 57 os futebolistas que se estrearam de águias ao peito.

Capas dos jornais desportivos de Domingo 20/10/2013


Capas dos jornais desportivos de Domingo 20/10/2013

Ola John gosta da Taça

HOLANDÊS SÓ MARCA NESTA PROVA NACIONAL

Ola John gosta da Taça

Ola John somou ontem o seu 3.º golo na Taça de Portugal. O extremo, que fez o primeiro jogo a titular esta época, mostra um gostinho especial pela chamada prova rainha. Nas competições nacionais, só marca na Taça.

Em Cinfães, o holandês, de 21 anos, reviveu os encontros da temporada passada diante de Académica, a contar para os quartos-de-final da Taça de Portugal, e em Paços de Ferreira, da 1.ª mão das meias-finais. No primeiro, colocou as águias em vantagem, aos 5 minutos, partida que terminaria com expressivo 4-0; no segundo selou o triunfo (2-0), aos 75 minutos.

Numa demonstração que o Benfica ganha sempre que Ola John marca, lembre-se os desafios com o Celtic (2-1), para a Liga dos Campeões, e Bayer Leverkusen, para a Liga Europa. As águias ganharam ambos por 2-1 e o extremo marcou.

FOI O MELHOR DAS ÁGUIAS COM O CINFÃES

Uma pitada de Ola John

O holandês Ola John marcou o único golo da partida que colocou os encarnados na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.

Afinal, o que valem estes jovens do Benfica?

Afinal, o que valem estes jovens do Benfica?

Uma análise ao risco corrido por Jesus

Jorge Jesus admitiu ter corrido um risco ao colocar em campo vários jovens e habituais suplentes na Taça de Portugal. O Benfica venceu o Cinfães, do Campeonato Nacional de Séniores, pela margem mínima. Tento solitário de Ola John.

O Maisfutebol escreveu os habituais destaques mas, perante tantas novidades, decidiu alargar a sua análise. Afinal, o que valem estes jovens do Benfica?

Ivan Cavaleiro terá sido, entre as promessas, aquele que mais justificou a aposta. Como Jesus disse no final, o talento do avançado já é conhecido. De qualquer forma, ficou comprovado num teste exigente, não só pela valia do adversário, mas sobretudo perante a responsabilidade de manter o Benfica na Taça de Portugal.

Colocado no flanco direito do ataque, Ivan Cavaleiro começou bem, criando algumas jogadas de entendimento com Djuricic. Na fase inicial do encontro, viu um amarelo ao tentar conquistar uma falta no limite da área. Escusado.

Manteve a bom nível na etapa inicial e regressou da mesma forma, com duas jogadas pelo flanco que abriram caminho para o golo de Ola John. À segunda, bom cruzamento, desvio da defensiva contrária e o holandês a concluir. Com o tempo, foi baixando de produção e falhou uma grande oportunidade, optando pela finta em vez do remate. Quando quis finalizar, perdeu a posição. Má escolha. Em suma, pormenores interessantes mas tem talento para ainda mais.

Na baliza esteve Jan Oblak e o guarda-redes não comprometeu. Desentendeu-se com Sílvio num lance aparentemente inofensivo mas foi a única mancha no seu trabalho. De resto, muita segurança a sair dos postes, importante na fase com mais chuva.

Steven Vitória não é tão jovem mas entra na análise. Exibição pouco convincente. Viu um golo seu ser anulado, por falta sobre o adversário, e nem sempre teve pernas para acompanhar os adversários. Viu um amarelo por isso mesmo. 

A meio-campo esteve Lindelof mas, sinceramente, o jovem sueco foi um erro de casting. Preso de movimentos, inseguro no passe, obrigou Ruben Amorim a trabalho redobrado. Se valer apenas isto, haverá por cento talento nacional com maior capacidade para um desafio desta dimensão. 

Entre os titulares sobra Funes Mori. No final do encontro, Jorge Jesus disse que o argentino fez um excelente jogo. É difícil concordar com a manifestação pública do treinador do Benfica. 

Apresentando-se como unidade mais ofensiva do futebol encarnado, o reforço encarnado lutou bastante, não evitou qualquer duelo e soube jogar a um nível interessante de costas para a baliza. Porém, denotou pouco acerto no capítulo fundamental: a finalização. Teve duas, três oportunidades para marcar mas não o conseguiu fazer. Por isso mesmo, é difícil classificar a sua exibição como muito positiva.

Bernardo Silva, uma grande promessa do Benfica, entrou em campo ao minuto 80. Foi a única substituição de Jorge Jesus, deixando os outros jovens sentados no banco de suplentes até final. O médio de 19 anos denotou entusiasmo, quis carrilar jogo para o ataque mas a formação encarnada, nessa altura do encontro, já apresentava um ritmo baixo, difícil de contrariar.

Benfica: pensar no futuro (Oblak) ou gerir plantel (Paulo Lopes)?

Benfica: pensar no futuro (Oblak) ou gerir plantel (Paulo Lopes)?

Jorge Jesus dá sempre oportunidade a um guarda-redes na Taça de Portugal

Dado indesmentível. Jorge Jesus dá sempre oportunidade na Taça de Portugal a um dos guarda-redes menos utilizados. Seja ele a segunda escolha para a baliza ou até mesmo a terceira. Ou, ainda, quando quase não roda o resto da equipa (época 2010/11 frente ao Arouca). O treinador do Benfica tem por hábito dar oportunidades a jogadores nesta competição, mas só uma alteração aconteceu sempre: a mudança de guardião na primeira eliminatória da equipa na Taça (a 3ª da prova). 

É certo que se vai falar nas possibilidades de João Cancelo ou Ivan Cavaleiro se estrearem em Cinfães com vista a um futuro na equipa principal. Mas a constante é a baliza. Jesus alterou-a sempre. Falta saber se o técnico vai olhar para esse possível futuro, ou se prefere gerir apenas plantel. Enfim, se escolhe Oblak ou Paulo Lopes.

O português tem sido o habitual suplente de Artur. Por aí, tem maior probabilidade de jogar do que o internacional esloveno. A história de Mika (quatro vezes suplente na equipa principal em 2012/13, nunca utilizado) aumenta ainda mais as possibilidades de Paulo Lopes. Mas Jorge Jesus pode entender dar uma oportunidade a Oblak. Até por aquilo que disse do guarda-redes depois de um desentendimento que o esloveno teve com o clube, no verão, e mesmo pela ideia de Oblak após ter renovado com o Benfica no final desse diferendo.

No historial das edições anteriores da Taça de Portugal, Jesus estreou dois guarda-redes no Benfica. Paulo Lopes foi titular na época passada com o Freamunde. Foram os primeiros minutos que teve com a camisola encarnada. 

Uma temporada antes, tinha sido a vez de Eduardo. O internacional português estreou-se pelo clube com o Portimonense. Até aí, zero minutos pelo Benfica em jogos oficiais.

Júlio César e Moreira não se estrearam na Taça de Portugal. Mas os dois casos dão uma indicação clara de que o treinador muda sempre o guarda-redes. 

Em 2010/11, Júlio César já tinha sido titular na terceira jornada, frente ao V. Setúbal. Até aí, tinha sido segunda escolha, atrás de Roberto. As exibições e as críticas remeteram o espanhol para o banco. Mas no jogo com o Vitória, Júlio César foi expulso e resumiu a 22 minutos a presença na baliza. Só voltou a jogar na Taça de Portugal, precisamente na 3ª eliminatória, a primeira que os encarnados disputam.

A temporada de estreia de Jorge Jesus no Benfica é a única que difere ligeiramente das restantes. Havia Quim, titular no campeonato, Júlio César que jogava a Liga Europa e Moreira. Este tinha sido utilizado num jogo com o Vorskla Poltava, play-off da prova europeia. Mas só voltou à baliza frente ao Monsanto.

Percebeu-se ali que Moreira era a terceira oção. 

Jan Oblak já foi convocado esta época por Jorge Jesus. O esloveno foi com a equipa para Paris.Ao contrário do que aconteceu em 2009/10, Jesus não muda de guarda-redes na prova europeia. Aliás, nunca mais o fez desde aquela época inicial. Assim, com o PSG, Artur foi titular, Paulo Lopes ficou no banco, o esloveno foi para a bancada. 

«O Oblak tinha 17 anos quando chegou ao Benfica, no meu primeiro ano. Tem vindo a jogar regularmente em Portugal, e foi uma surpresa pela positiva. Não tem nada a ver com o que conhecia. É um jogador muito mais evoluído, fisicamente melhor trabalhado. Regressou muito mais forte.» 

A declaração de Jorge Jesus abre espaço, porém, a uma possibilidade de, em Cinfães, aparecer o esloveno na baliza. Ainda que ínfima.

Aos 35 anos, o futuro da baliza encarnada não vai passar por Paulo Lopes. 

Por isso, Jorge Jesus pode pensar à frente. Depois do diferendo entre Oblak e o Benfica, esta pode ser uma ocasião para «agarrar» de vez o esloveno. Dar-lhe minutos além da equipa B, começar a rodá-lo. Enfim, começar a familiarizá-lo com a baliza mais importante do clube, até porque há vários entendidos que lhe auguram isso mesmo: ser «o» guarda-redes do Benfica.

A baliza em Cinfães não passa apenas pela gestão em campo. Também passa pelo balneário. Paulo Lopes tem sido suplente. Não se lhe são conhecidas zangas ou birras por isso. Foi chamado e cumpriu sempre. Jesus vai preferir manter o status quo (Paulo Lopes segunda escolha, Oblak terceira) ou prefere encurtar caminho?