sábado, 9 de novembro de 2013
Equipa provável para o jogo de logo à noite entre o Benfica-Sporting pra Taça de Portugal
A Taça mais desejada
JESUS E JARDIM SONHAM COM O TÍTULO
A Taça mais desejada
O Benfica-Sporting exerce sempre um fascínio especial nos adeptos dos dois clubes, mas o de hoje vai ainda mais longe e torna-se absolutamente preponderante nos planos dos treinadores. Nos de Jorge Jesus, porque, além das razões sentimentais que ligam o técnico do Benfica à final do Jamor, a saída tão prematura de uma das frentes em que está envolvido – a somar às dificuldades que atravessa na Liga dos Campeões – transformaria as semanas que se seguem num inferno. E nos de Leonardo Jardim, porque, consciente das limitações do seu plantel, o treinador do Sporting já tornou público que, para conquistar pelo menos um título nesta época, a sua aposta mais firme é nas Taças:a de Portugal e a da Liga.
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Duarte Gomes é o árbitro para o dérbi
Será o quarto dérbi na carreira do lisboeta
Duarte Gomes vai arbitrar o embate entre Benfica e Sporting deste sábado, relativo à quarta eliminatória da Taça de Portugal, naquele que será o quarto dérbi na carreira do árbitro lisboeta. Nos três primeiros jogos, um empate e uma vitória para cada lado.
Árbitro internacional desde 1991/92, de 40 anos, foi hoje nomeado pelo Conselho de Arbitragem da FPF, repetindo a presença em jogos entre os «grandes» de Lisboa, tal como ocorreu em 2001/02, 2004/05 e 2008/09.
Duarte Gomes estreou-se nos dérbis com o empate 2-2 da 15.ª jornada da edição 2001/02 do campeonato, também no Estádio da Luz, onde Mário Jardel assinou os dois tentos dos «leões» e Simão Sabrosa e Zahovic apontaram os golos da equipa da Luz.
Em 2004/05, o árbitro lisboeta dirigiu, desta feita no Estádio José Alvalade, o triunfo do Sporting por 2-1, com Liedson a bisar e Nuno Gomes a marcar o tento de honra do Benfica, em jogo da 16.ª ronda.
A última presença de Duarte Gomes num dérbi remonta a 27 de setembro de 2008, quando o espanhol Reyes e o brasileiro Sidnei marcaram os golos da vitória do Benfica, na quarta jornada do campeonato de 2008/09.
Além de dérbis, Duarte Gomes também já arbitrou dois «clássicos» entre Sporting e FC Porto, sendo que ambos terminaram com vitórias dos «dragões» por 1-0, e outros tantos entre Benfica e FC Porto, ambos no Estádio da Luz.
O árbitro lisboeta esteve no triunfo do FC Porto, no Estádio do Dragão, selado com um golo do colombiano Falcao, da sexta jornada da Liga de 2009/10, depois de ter dirigido o «jogo do título» de 2005/06, quando Jorginho, à 30.ª jornada, no Estádio José Alvalade, praticamente garantiu o primeiro título do «tetra».
O primeiro embate entre «águias» e «dragões» ajuizado por Duarte Gomes terminou com um empate 0-0, na 5ª jornada do campeonato de 2001/02, e o segundo permitiu ao FC Porto festejar o título na Luz, com a vitória por 2-1, com um golo na própria baliza do guarda-redes Roberto e um de Hulk, enquanto Saviola foi o autor da resposta do Benfica, na 25.ª ronda de 2010/11.
Esta época, Duarte Gomes ainda não arbitrou qualquer encontro do Benfica, tendo dirigido a goleada caseira do Sporting frente ao Vitória de Setúbal, por 4-0, na 7ª ronda da Liga.
Javi García: «Ouçam Luisão e Jesus»
Javi García: «Ouçam Luisão e Jesus»
Saiu da Luz no início da última época, mas deixou muitas saudades entre os adeptos do Benfica. Javi García foi sempre um jogador determinante na manobra da equipa encarnada e, apesar de ter missões mais defensivas, conseguiu em algumas ocasiões assumir um papel decisivo na hora de acertar com as redes adversárias. E que o diga o Sporting. Por duas vezes, o atual jogador do Manchester City marcou e vestiu a pele de herói, já que deu vitórias importantes às águias.
Javi García feliz pelo sucesso de Matic
"ENORME JOGADOR", DIZ
A saída de Javi García permitiu ao Benfica fazer um significativo encaixe financeiro, mas deu também a possibilidade de outro jogador se afirmar de águia ao peito. Nemanja Matic viveu na sombra do espanhol durante uma época, mas mal começou a ser titular indiscutível pegou de estaca, ao ponto de se tornar determinante no xadrez de Jesus e aguçar o apetite dos principais clubes europeus. O ex-médio das águias não se surpreende com a ascensão do sérvio e só espera que Matic possa viver no Benfica os festejos de um título de campeão nacional.
Valdo comenta clássico no «Maisfutebol» na TVI24
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Antiga estrela do Benfica é o convidado especial do programa de hoje
Valdo, histórico número 10 do Benfica e da seleção brasileira, um dos melhores jogadores que passaram pelo futebol português nas últimas décadas, é o convidado especial do programa «Maisfutebol» desta sexta à noite.
O antigo craque recordou que jogou «quase até aos 41 anos»: «Pensei que ia parar aos 35 e cheguei quase aos 41. Aos 39 anos, estava decidido a parar. Fui desafiado a ir para o Botafogo, pensei que era para ser dirigente. Mas não, era mesmo para jogar. E foi a grande experiência da minha vida no futebol, foi no Botafogo. Na altura, em 2003, era terra rasada, não tinha nada...»
Sobre o clássico Benfica-Sporting, para a Taça, deste sábado, Valdo antecipou: «Não acredito que o Benfica vá apresentar a mesma formação que defrontou o Olympiakos»
Fã de William Carvalho, observou sobre o médio do Sporting, agora chamado à Seleção: «É a grande revelação desta Liga. Quando o vi a jogar contra o Porto, parece que ele tem 30 anos!»
Sobre Cardozo, Valdo comentou: «Tem uma enorme importância no Benfica. Estando a 100 por cento, tem que jogar. Mas se não estiver, talvez não faça sentido ser titular».
Valdo contou a história da sua ida para o Benfica e a forma como Manuel Barbosa o convenceu a ir para o clube da Luz: «Ele falou-me num Sport Lisboa e Benfica. Três nomes? Até fiquei assustado...»
Quer saber como é que Jardim preparou o dérbi com o Benfica?
Decidimos poupar 2,69 euros a Jorge Jesus e fomos ver o que o treinador leonino andou a escrever esta semana na aplicação Notes4Fans
O Maisfutebol comprou a aplicação Notes4Fans, lançada por Leonardo Jardim, em semana de preparação para o clássico.
Podia ser uma forma de poupar 2,69 euros a Jorge Jesus, mas não: foi só por curiosidade. Claro que por arrasto ficamos à espera do agradecimento do técnico encarnado.
A aplicação permite por exemplo perceber que Leonardo Jardim se preocupou sobretudo com os aspetos táticos: fez três sessões de trabalho táticas, contra uma física e uma global.
A semana começou no entanto da melhor forma para os jogadores. Dois dias de folga: domingo e segunda-feira. Ora a partir daí sobraram quatro dias de treinos, que é por norma o que Leonardo Jardim costuma fazer.
Terça-feira
O primeiro dia trouxe dois treinos. A primeira sessão, a partir das 10 horas, durou oitenta minutos e teve como maior dominante a potência. A segunda sessão começou às 16.30 horas, durou também oitenta minutos e teve como predominância o treino global.
Nesta altura convém dizer que todos os treinos tem aspetos iguais: quinze minutos de aquilo que os leigos chamam de aquecimento (Jardim chama-lhes ativação geral e meinho e atribuiu cinco minutos ao primeiro e dez ao segundo), mais cinco minutos de alongamentos e cinco minutos de abdominais (no final do treino), mais uma pausa para hidratação no meio (mais cinco minutos).
Ora a sessão matinal teve uma dominante de potência, por isso caracterizou por exercícios curtos e intensos: triângulos técnicos (evolução de triângulos no campo, com três jogadores próximos a abrir linhas de passes entre eles), transições curtas, um jogo de cinco contra cinco e dez minutos de potência específica.
À tarde o treino foi dominante geral e bem menos intenso: os exercícios não foram tão curtos. Nessa altura Jardim trabalhou os quadrados técnicos (quatro jogadores em vez dos três da manhã) e meia hora de futebol em onze contra onze: o resto do tempo foi ativação, hidratação e alongamento.
Benfica e Sporting jogam o primeiro dia do resto da época
Rivais de Lisboa defrontam-se pela 34ª vez em jogos da Taça de Portugal. Em Agosto, já jogaram para a Liga em Alvalade (1-1)
O Momento
Benfica
Os encarnados chegam à Taça quatro dias depois da derrota em Atenas que deixou muito complicada a continuidade na Liga dos Campeões. Este dérbi é também ele decisivo para continuar em mais uma prova ou ficar – agora desde já e sem apelo – sem um dos objetivos de início de época. A boa exibição sem resultado correspondente em Atenas sucedeu a uma boa resposta na Liga nas últimas semanas, que deixou o Benfica ao lado dos leões no segundo lugar da classificação. Na Luz, os encarnados enfrentam um momento de charneira: ou no retomar de fôlego para o que se segue da época, ou para deixar (já muito) redefinida em novembro a linha de objetivos traçada no início de temporada.
Sporting
O lado útil de não estar nas competições europeias é ter menos jogos nas pernas dos seus jogadores do que o adversário. O lado pior é que uma eliminação na Taça reduzirá o Sporting não assumidamente candidato ao título de campeão nacional a competir apenas na Liga – isto com quatro meses de competição, quando a Taça da Liga ainda nem sequer começou para os mais cotados. Os leões têm razões para estar confiantes: responderam com a esforçada conquista de três pontos no desafio realizado após primeira derrota da época – sofrida perante um adversário com quem os adeptos leoninos querem voltar a ombrear. O jogo com o Benfica parece ser a negra para desempatar entre a derrota com FC Porto e a vitória com Marítimo. Sendo para a Taça, este jogo ajudará a indicar em que campeonato já tem o Sporting capacidade para jogar.
Ausências
Benfica: Salvio e Sulejmani
Sporting: Cissé e Rúben Semedo
Discurso Direto
Jorge Jesus
«É um dérbi e ambas as equipas querem ganhar esta competição. É um jogo com grande responsabilidade para as duas equipas. (…) Acho que o Sporting está a fazer um campeonato de acordo com o prestígio e o historial que tem. O ano passado fez um campeonato fora do normal, este ano está a mostrar que está muito mais forte. (…) Também é verdade que no ano passado, nesta fase da época, ainda tinha muito objetivos. Mas como o treinador diz, o Sporting tem o seu ADN e vai tentar desenvolvê-lo no Estádio da Luz, como faz sempre em todos os jogos.»
Leonardo Jardim
«[O Benfica] teve uma evolução, principalmente na qualidade do seu jogo. Não conseguiu vencer na Grécia, mas tem vindo a evoluir. É normal que não esteja satisfeito por não ter ganho, mas o jogo que fez em Atenas foi dos melhores que vi. (…) Vamos tentar anular o jogo mais ofensivo do Benfica e tentar anular os seus esquemas táticos que normalmente produzem muitos golos. (…) O Benfica tem sido mais forte ofensivamente do que defensivamente nas bolas paradas... vamos tentar ser fortes nas duas vertentes, para conseguirmos ter aproveitamento. Os jogadores do Sporting estão a ser mais competentes nesse aspeto do que em anos anteriores e eu fico satisfeito.»
Histórico de confrontos
Nos jogos da Taça de Portugal, o saldo é melhor para o Sporting com 17-14 e dois empates. O Benfica anfitrião tem 6 jogos ganhos e dois empatados e três perdidos. O Sporting ganha vantagem nos jogos a contarem para a Taça no seu estádio: os leões ganham 12-2. Por enquanto, vai jogar-se a 4ª eliminatória da Taça, mas quando Benfica e Sporting se defrontaram na final em campo neutro, os encarnados ganharam seis e os leões duas vezes.
Nos 33 jogos realizados em 26 eliminatórias (em que apenas um teve o resultado 0-0) foram marcados 124 golos dando uma média de 3,7 golos por partida e o Sporting está na frente com 67 marcados e 57 sofridos. O resultado mais dilatado de todos aconteceu em 1985/86 e foi de 5-0 para o Benfica – a maior vitória sportinguista registou-se na primeira vez em que os rivais se encontraram (1941/42) e foi por 4-0. O jogo que teve mais golos foi o da final de 1951/52, com o resultado de 5-4 para o Benfica. A última vez em que os rivais lisboetas se defrontaram para a Taça foi em Alvalade nas meias-finais de 2007/08 e ganhou o Sporting por 5-3.
«Se não jogar no Benfica, tem de ser noutro lugar» - Nélson Oliveira
Nélson Oliveira tem sido uma das figuras do arranque da Liga francesa. Só Radamel e Edison Cavani têm mais golos marcador que o português, que já pensa em sagrar-se o melhor marcador da prova.
«Estou a fazer um bom início de época, a marcar golos. Mas não devo contentar-me, devo procurar melhorar e fazer tudo para ser o melhor marcador. Sei que há grandes goleadores, mas se a equipa estiver bem é possível», disse o internacional português em entrevista o jornal «Maville», que curiosamente contou com a tradução do brasileiro Emerson, ex-jogador do Benfica.
Pouco utilizado na Luz e também na Corunha, onde esteve a época passada, Nélson Oliveira lembra que «havia muita concorrência, de excelentes jogadores». «Vim para o Rennes porque o treinador queria-me cá e confiava em mim», justifica o avançado, que até tinha a possibilidade de ir para Inglaterra, um campeonato que sempre o cativou.
O jovem avançado elegeu o golo ao Nice como o melhor da época, e garantiu que se sente bem em França, sendo que a comunidade portuguesa foi muito importante para a adaptação. Nélson Oliveira assume que é uma época importante, «para jogar e marcar golos, mas sobretudo para crescer». Em relação ao futuro, e quando questionado se pondera continuar no Rennes, o jogador não fechou qualquer porta: «Gosto de estar no Rennes. Gostava de ficar mas tenho contrato com o Benfica até 2018, por isso não sei se é possível. Fui formado lá e é o clube que amo. Mas o que quero é jogar futebol. Se não for no Benfica será noutro lado.»
Premier League seduz Markovic
Associado ao interesse do Chelsea, de José Mourinho, Lazar Markovic não esconde o desejo de um dia disputar a Premier League.
«Muitas pessoas pensam que eu não me iria adaptar ao campeonato inglês, mas posso garantir que amo a Premier League e penso que poderia ser o desafio perfeito para mim», terá afirmado o jovem sérvio, em declarações reproduzidas pelo site TMW.
Cardozo chamado para o estágio, Funes Mori de prevenção
Jorge Jesus chamou Óscar Cardozo para estágio. O paraguaio integrou um grupo alargado de jogadores que partiu ontem do Estádio da Luz para o Seixal, local onde as águias passaram a noite e farão, hoje de manhã, o último treino antes do derby frente ao Sporting, às 19.45 horas, no Estádio da Luz, para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.
A chamada de ´tacuara` representa um sinal positivo, uma vez que se a situação clínica do ponta de lança fosse grave, talvez tivesse de passar o dia em tratamentos no Caixa Futebol Campus. Não foi o caso.
No entanto, e ao que A BOLA apurou, a situação clínica do goleador ainda merece muitos cuidados e as dúvidas sobre a utilização de Cardozo frente aos leões permanecerão até perto da hora do jogo.
Funes Mori de prevenção
Por prevenção, Funes Mori também integrou o estágio, embora a chamada do argentino de 22 anos se justifique pela provável ausência de Rodrigo, devido a lesão - resta confirmar se integrará a lista de convocados.
E o hispano-brasileiro não será o único ausente devido a um impedimento de ordem clínica, uma vez que Siqueira e Fejsa também estão lesionados.
Capas dos jornais desportivos de sábado 09/11/2013
CAPAS DOS JORNAIS DESPORTIVOS DE SÁBADO 09/11/2013
Daniel Oliveira sem medo: Agressões a jornalistas é um clássico em jogos do FC Porto
No final do jogo entre o Belenenses e o Futebol Clube do Porto, João Fonseca, jornalista da Rádio Renascença, terá sido agredido por Rui Cerqueira (na foto), diretor de comunicação do FCP. Vários camaradas seus foram testemunhas desta agressão, entre os quais um jornalista da TSF. Os repórteres procuravam ter reações de Helton e Rui Cerqueira, que é ex-jornalista, decidiu intervir. O próprio garante que terá sido empurrado e agarrado depois de dar ordens para não haver declarações. Uma horda de jornalistas a bater num diretor de comunicação para conseguir declarações de jogadores. Já ouvi histórias mais credíveis, mas no futebol tudo é possível.
A acusação de agressão a jornalistas, seja por seguranças, seja por adeptos, seja por dirigentes, é um clássico em jogos em que o Porto esteja envolvido. Nunca se ouviu da boca de Pinto da Costa uma palavra de condenação. Achou sempre mais interessante fazer piadas. Quando uma vez foi confrontado com o tema, respondeu: “Vou montar um hospital lá nas Antas, porque com tantos feridos isso é capaz de ser um bom negócio”. Muitos risos. Não é grave. O Estado de Direito, já se sabe, fica à porta dos estádios.
Mas apesar de o “guarda Abel” ser um símbolo à memória da arbitrariedade e da impunidade no futebol, seria injusto ficar-me pela relação obviamente difícil que o Porto mantém com a liberdade de imprensa. Esse mal é bem mais abrangente. Não se mede apenas por situações mais radicais, como insultos e agressões. Vê-se nos blackouts, nas interdições seletivas de entrada de jornalistas em estádios e em intimidações várias. Por eles são responsáveis os dirigentes dos clubes e uma justiça permissiva. Mas também uma classe de jornalistas incapaz de mostrar laços de solidariedade, demasiado temerosa da popularidade dos dirigentes desportivos e, em alguns casos, promíscua na sua relação com os clubes. Não é preciso imaginar o escândalo que seria se um qualquer jornalista fosse agredido por um dirigente partidário. O movimento de solidariedade entre jornalistas que tal provocaria... Pois está na altura de os jornalistas desportivos se verem como merecedores do mesmo respeito. Boicotando coletivamente, se preciso for, qualquer clube que ponha em causa a sua segurança.
FC Porto revoltado com edificação de estátua de Cosme Damião
O FC Porto reagiu esta quinta-feira à decisão de edificação de uma estátua de Cosme Damião, em Lisboa, proposta levada a cabo pelo vereador lisboeta José Sá Fernandes. Os dragões defendem que se trata de um "luxo", inserido no hábito de "continuar a gastar tão mal o dinheiro de todos nós".
Lembre-se que o monumento em honra do fundador do Benfica foi um dos projetos com mais votos, e consequentemente aprovado em orçamento participativo da Câmara Municipal de Lisboa, numa obra que está orçada até 1500 euros. A concurso estiveram um total de 208 projetos.
Leia o comunicado na íntegra:
A Câmara Municipal de Lisboa aprovou, por proposta do vereador Sá Fernandes, a comparticipação na construção de uma estátua do fundador do Benfica. E desta forma continuamos, todos nós, os que gostam de futebol e os que não gostam, os que são do Benfica e os que não são, a pagar os devaneios da classe política.
Numa altura em que o país atravessa a mais grave crise das últimas décadas, em que se cortam salários e reformas baixíssimas, com o argumento que todos têm de contribuir para o esforço de recuperação das contas públicas, a Câmara Municipal de Lisboa decide fazer-nos a todos, ainda que indirectamente, pagar uma estátua do fundador de um clube.
Em causa não está tratar-se deste ou daquele clube, em causa não está uma qualquer associação entre uma câmara, ou outra entidade pública, num projecto que crie emprego, crie valor, mas sim o luxo de se continuar a gastar tão mal o dinheiro de todos nós.
E porque nestas coisas do futebol os políticos gostam sempre de sol na eira e chuva no nabal, certamente que Lisboa receberá em breve outros monumentos de homenagem aos fundadores de outros clubes, pagos pelos portugueses de Monção a Vila Real de Santo António.
-Noticia retirada do site do jornal Record
Bagão Félix: Liga Europa será desportivamente mais uma boa oportunidade
O Benfica fez, no Pireu, o melhor jogo até agora. Mas perdeu. É assim o futebol com a magia da (in)justiça e com a (i)lógica da imprevisibilidade.
O jogo foi um cacharolete de paradoxos. A melhor exibição e o pior resultado (ou o mais difícil de reverter). Pela primeira vez, o Benfica libertou-se dos fantasmas de Maio passado para, no fim, sair agrilhoado pela ditadura do resultado.
O que se esperava exibicionalmente da equipa no Estádio da Luz aconteceu na deprimida Grécia, ao invés da equipa grega que fez na Luz o que foi incapaz de repetir perante os seus frenéticos adeptos. Cá o Benfica empata quando merece perder e lá, mesmo que tivesse empatado, seria ainda assim uma derrota perante o que fez. E, por fim, a suprema ironia de Roberto ter salvado a sua equipa de uma goleada à moda antiga.
Tal como, a seguir ao jogo, um amigo me escreveu num sms: «É sina nossa perder por causa do Roberto.» Pois é, ele garante sempre pontos. O problema é que são algébricos. Pontos positivos (pelas notáveis defesas ou frangos) ou negativos (pelos fantásticos frangos e defesas). Ou vice-versa.
Não sei se tudo isto é apenas azar recorrente ou se traduz algo mais. Na alta-roda do futebol não pode haver distracções fulminantes ou desperdícios em overdose.
Agora há que tirar proveito do lado positivo. O Benfica parece ter sido resgatado da penumbra exibicional e da letargia anímica e a Liga Europa (ainda não assegurada) será desportivamente mais uma boa oportunidade. Sem Roberto e robertos.
P.S. Um esloveno apitou como deve ser. Sem as mariquices que por cá se vêem ao menor encosto ou batota consentida.
- Bagão Félix, jornal A Bola, 7 de Novembro de 2013
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