sábado, 10 de maio de 2014

Jorge Jesus em conferência de imprenssa após o jogo com o Porto



 «Ninguém do Monaco falou comigo»

DIZ QUE NOTÍCIA DE ACORDO "NÃO TEM CABIMENTO"

Confrontado com as notícias que dão como certo o acordo com o Monaco, Jorge Jesus negou qualquer entendimento e explicou que por agora apenas se quer concentrar em conquistar os dois troféus que tem ainda para vencer.

"Não sei de nada... É natural que possam falar no meu nome, mas ninguém falou comigo. O meu foco é só um... aliás, são dois: o jogo de quarta-feira e o Jamor. Não me quero desviar daquilo que é facto, que é concreto", explicou, à SportTV.

"Não tem cabimento, mas não mexe nada comigo. A equipa focada, está a fazer história, ao ter ainda duas finais para disputar, depois de ter sido campeã. Já fizemos história, aconteça o que acontecer. Mas só a um nível muito alto podemos vencer o Sevilha. A hipótese em aberto é trabalhar no Benfica, que é com quem tenho um ano", concluiu.

«Prémio para os jovens»

Bernardo Silva, João Cancelo, Lindelof MERECEM CONFIANÇA

Jorge Jesus enalteceu o facto de ter lançado alguns jovens no encontro deste sábado diante do FC Porto, apesar da derrota por 2-1 diante dos rivais portuenses.

"A equipa jogou no Dragão já com o título consumado e aproveitámos para dar oportunidades a muitos jogadores. Este ano, não é normal seis miúdos da equipa terem jogado e serem campeões. É importante neste período de dois anos, conseguimos a valorização da juventude", começou por dizer, à SportTV.

"Claro que neste jogo há sempre responsabilidade a assumir. O FC Porto entra melhor, tivemos dificuldade para os segurar na primeira parte, mas na segunda fomos melhores. Dividimos melhor o jogo. Foi também um prémio para os jovens, para o Bernardo Silva, João Cancelo, Lindelof... Jogar contra o FC Porto, no Dragão, e com 18 ou 19 anos, além de serem campeões, é sempre um marco para registar e dar confiança", frisou.

"A curto prazo não, porque a intensidade que há nas exigências do Benfica é muito diferente do que aquela que os jovens têm. Nos últimos anos fizemos André Almeida e André Gomes crescer tática e tecnicamente. Têm um percurso para conquistar, porque não é fácil entrar já na primeira equipa", concluiu.

André Gomes: «Deu para testar jovens com muito valor»



André Gomes: «Deu para testar jovens com muito valor»

MÉDIO FELIZ PELAS APOSTAS FEITAS POR JESUS

Titular na derrota por 2-1 no Dragão, o médio André Gomes lamentou o desaire averbado diante do eterno rival FC Porto, mas destaca o facto de os encarnados terem aproveitado para lançar jovens a jogo.

"Acho que foi um bom desafio para todos. Vínhamos com a missão de ganhar, para tentar os 3 pontos, mas infelizmente não conseguimos", começou por dizer, à SportTV

Sobre as mudanças na equipa, Gomes recorda que todos os jogadores estão habituados a trabalhar juntos: "Todos nós, mesmo os jovens, conhecemos a forma de trabalhar. Costumam trabalhar conosco, sabem perfeitamente as rotinas. Deu para testar jovens com muito valor."

"Viemos com o pensamento para ganhar, fazer um bom jogo, mas infelizmente não deu. Agora vamos concentrar forças para o jogo de meio da semana. Estamos confiantes e motivados. Felizmente este ano temos ido a todas as finais e é fantastico poder jogar final europeia", concluiu.

Destaques: Salvio e Enzo dão cheiro argentino ao clássico

Destaques: Salvio e Enzo dão cheiro argentino ao clássico
A equipa de Futebol do Sport Lisboa e Benfica fechou o Campeonato Nacional no Dragão. Os argentinos, Salvio e Enzo Perez, destacaram-se nos 90 minutos.

Paulo Lopes – Sem culpas nos golos sofridos, o guardião fez algumas defesas interessantes que deram segurança à equipa.

João Cancelo – Apareceu pouco naquilo que é mais conhecido, a subir pelo corredor, mas não se atemorizou a defender perante Quaresma. Saiu esgotado e com actuação positiva.

Steven Vitória – De volta ao Dragão, onde tinha sido injustamente expulso na Taça de Portugal, não comprometeu nas acções defensivas.

Jardel – Atento às movimentações do adversário, cortou tudo e comandou o sector mais recuado do Benfica na ausência de Luisão e Garay. Boa actuação.

André Almeida – Bela exibição no lado esquerdo da defesa e que a grande penalidade inexistente mancha. Não deu espaços a Ricardo e Quaresma e ainda tentou subir pelo corredor.

André Gomes – Tentou pegar no jogo e sair com a bola dominada apesar da pressão do rival. O seu forte remate também foi testado. Tentou romper através do futebol curto e rendilhado.

Salvio – Irrequieto como sempre, o argentino ganhou a grande penalidade que resultou no empate na partida. Deu muito trabalho a quem lhe apareceu pela frente. A sua técnica “sentou” alguns adversários.

Enzo Perez – Uma vez mais marcou ao FC Porto numa grande penalidade. Frio e competente enganou Fabiano. Importante nos equilíbrios e nas recuperações de bola, tentou esticar o jogo das “águias”.

Ivan Cavaleiro – Mostrou a sua técnica e velocidade no Dragão. Esteve no lance que dá a grande penalidade ao Benfica. Tentou mexer com o jogo, mas nem sempre tomou a melhor decisão.

Djuricic – O sérvio esteve muito perto de ser feliz quando atirou à barra no reinício. Foi acutilante com as diagonais que baralharam a defensiva portista. Esteve muito em jogo na segunda parte.

Funes Mori – Combativo na frente de ataque, não virou a cara à luta e deu trabalho ao sector mais recuado dos “azuis-e-brancos”. Muito utilizado nas combinações com os colegas a jogar de costas para a baliza.

Markovic – Mal entrou testou logo a mira, mas o disparo saiu torto. Utilizou a velocidade para vir de trás para a frente com perigo.

Victor Lindelöf – No lado direito da defesa defendeu bem e tentou subir pelo flanco.

Bernardo Silva – Foi para a posição de dez e também se sagrou Campeão. Apareceu para ter jogo no pé.

Crónica do FC Porto-Benfica, 2-1



FC Porto – SL Benfica, 2-1: Liga termina e consagra Campeão!

Já com tudo decidido, Sport Lisboa e Benfica e FC Porto defrontaram-se nesta tarde de sábado, no estádio do Dragão. Num clássico atípico, e sem a habitual emoção, apesar de estar em jogo o orgulho e prestígio, os anfitriões venceram, por 2-1.

18 horas, Estádio do Dragão, e Rui Costa apitava para o início de mais um clássico. A jogar em casa, pelo orgulho, os azuis e brancos entraram de rompante e cedo inauguraram o marcador perante um Benfica repleto de juventude.

Aos 4’, remate cruzado de Ricardo, já no interior da área, sem hipóteses de defesa para Paulo Lopes. Estava feito o 1-0.

A partir dos 20 minutos o Benfica finalmente começou a soltar-se. Os frutos não tardariam… Aos 24’, penálti cometido sobre Salvio, depois de excelente recuperação de bola de Ivan Cavaleiro. Na conversão, Enzo Perez repõe a igualdade e fica na história ao apontar o golo 50 mil nas 80 edições do Campeonato Nacional.

Com a igualdade reposta, uma igualdade que se justificava pela postura das duas equipas, Rui Costa inventa uma grande penalidade inexistente aos 37’, numa suposta carga de André Almeida sobre Jackson... que só ele viu! Na conversão, o colombiano acerta e faz o 2-1.

Agora, é Final a Final!
Reatar da partida e o empate dos “encarnados” só foi parado pela trave à guarda de Fabiano, depois de um chapéu espectacular de Djuricic… faltou aquela pontinha de sorte!

Sinal mais do Benfica na segunda metade, mais pressionante, intenso e criativo, portanto, a obrigar o FC Porto, em sua casa, a jogar no erro do adversário.

Até ao apito final, mais Benfica é certo, num desafio mais mastigado a meio-campo e, por isso também, com poucas oportunidades flagrantes de golo. Para o resultado final, valeu a invenção de Rui Costa... é que os nossos miúdos deram bem conta da empreitada!

Nota para Alex Sandro, que deveria ter sido expulso (74’), na sequência de uma entrada/agressão com os pitons a deixar Salvio muito mal tratado.

Com este resultado, o Campeão Nacional despede-se da Liga 2013/14 e focaliza agora todas as suas atenções em Turim. É que já na próxima quarta-feira, frente ao Sevilha, o Sport Lisboa e Benfica disputa a Final da Liga Europa, a 10.º Final do Velhinho Continente da sua História. Um momento marcante e aguardado com enorme expectativa.

Dia 18 joga-se a última Final, desta feita no Jamor, com o Glorioso a defrontar o Rio Ave, em busca da 28.ª Taça de Portugal do seu palmarés.

O Sport Lisboa e Benfica alinhou com o seguinte onze inicial: Paulo Lopes; João Cancelo (Lindelof, 65’), Steven Vitória, Jardel e André Almeida; André Gomes, Salvio, Enzo Perez e Ivan Cavaleiro (Markovic, 60’); Djuricic (Bernardo Silva, 81’) e Funes Mori.

FC Porto-Benfica, 2-1 (destaques das águias)



FC Porto-Benfica, 2-1 (destaques das águias)
Enzo, o comandante argentino de uma nau inexperiente
FIGURA

Enzo Pérez
A intensidade de Enzo fará muita falta ao Benfica em Turim. É um jogador adulto, compenetrado, mas também explosivo e temperamental. Completo, pois. Além da grande penalidade marcada com categoria, impôs os ritmos do meio-campo, entendeu-se bem com André Gomes e não aliviou a carga emocional até ao apito final. É, acima de tudo, um bom executante e um executante extremamente competitivo. Importante, essencial até, num Clássico recheado de caras novas. Fecha o campeonato com a certeza de ter sido uma peça fundamental no título.
POSITIVO

Paulo Lopes
O momento mais vistoso de uma atuação segura ocorreu aos 62 minutos: Quintero, em boa posição, puxou o pé esquerdo atrás e a bola saiu a prometer mundos e fundos; Paulo Lopes voou para a esquerda e sacudiu para longe. Nos golos sofridos, nada a fazer. O pontapé de Ricardo sofreu um desvio e chegou juntinho ao poste direito; o penálti de Jackson foi, desta vez, muito bem colocado. A chamada a este Clássico premeia uma carreira já longa e um elemento importante para o grupo, apesar de poucas vezes jogar. A resposta do transmontano foi boa.
NEGATIVO

Djuricic
Não fosse o desvio à barra, após desentendimento entre Maicon e Fabiano, e do ponto de vista ofensivo nada de relevante teria conseguido. Lutou, quis a bola, tudo verdade, mas jamais foi o número dez de ligação entre os dois médios mais recuados e o trio da frente. Quando teve a bola decidiu mal, foi lento e complicativo. Não é fácil perceber o futebol de Djuricic, aliás. Tanto quer participar e decidir, como baixa os braços e aguarda ansiosamente que o tempo passe. Tem de fazer muito mais para ser um elemento importante no Benfica. Época dececionante.
OUTROS DESTAQUES

Funes Mori
A forma absolutamente incorreta como executou um remate em boa posição, aos 30 minutos, levanta uma questão séria: o defeito é de ordem técnica ou emocional? Não é fácil responder, até porque as aparições do ex-River Plate têm sido raras e discretas. O argentino movimenta-se, tem cabedal, não tem medo do choque, mas depois é precipitado e incapaz a definir na zona de tiro. A falta de minutos na equipa A é uma atenuante importante e por isso a crítica fica por aqui. Deixamos só uma derradeira impressão: corre mais do que pensa e isso dificilmente é um bom princípio.

Salvio
A lesão no braço já lá vai e Salvio está pronto para mais lutas. Conquistou bem a grande penalidade [mais uma a Reyes] e na segunda parte teve um par de arrancadas interessantes. Um jogo com intermitências, sim, mas com bons pedaços de futebol.

Jardel
Evolução óbvia e natural de um atleta com condições para se afirmar na equipa titular. Poderoso no ar, como sempre foi, e muito mais concentrado e confortável pelo chão. Uns bons furos acima de Steven Vitória, a confirmar os bons sintomas do passado recente.

Steven Vitória, João Cancelo, Lindelof e Bernardo Silva
Fizeram os primeiros minutos na Liga e ganharam o direito de figurar na galeria de campeões. Destes quatro, nota muito positiva para o lateral Cancelo pela forma como segurou Quaresma até ser substituído por Victor Lindelof. E, já agora, um lamento: Bernardo Silva talvez justificasse mais minutos.