FC Porto
Perda de seis pontos em comparação com a primeira volta de 2012/13. Um registo modesto para Paulo Fonseca, sucessor de Vítor Pereira. A derrota no clássico motivou o descontentamento dos adeptos, considerando que o terceiro lugar não é compatível com a ambição do FC Porto. Há um ano, os dragões tinham mais pontos (39 contra 33), mais golos marcados (35 contra 29) e menos golos sofridos (8 contra 12). A diferença poderia residir no clássico, já que os dragões visitaram a Luz na 14ª jornada da época passada, garantindo nessa altura um empate. Porém, o FC Porto averbou outro desaire, já em novembro, no terreno da Académica (1-0). Os seis pontos justificam a diferença entre o primeiro lugar de 2012/13, com o Benfica em igualdade pontual, e o terceiro lugar da presente época.
Estoril
O Estoril terminou a primeira volta no quarto lugar da Liga e o leitor não estranha. Porém, a formação da Linha deu um salto considerável a partir de janeiro de 2013. Este dado é sintomático: há um ano, a equipa de Marco Silva tinha apenas 18 pontos e ainda não era vista como um caso sério. Agora, contabiliza 25 e apresenta-se como uma certeza. O Estoril resistiu ao desgaste europeu e continua a demonstrar a sua qualidade. Nesta jornada, empatou com o Sporting (0-0). O balanço é claramente positivo, com mais golos marcados (23 contra 21) e sobretudo menos golos sofridos (16 contra 22).
Nacional
Mais um caso de melhoria considerável, comprovada pelo quinto lugar no final da primeira volta. Há um ano, o Nacional da Madeira tinha apenas 15 pontos, bem menos que os 24 atuais. O ataque continua a apresentar números interessantes (21 contra 20, não era esse certamente o problema na época passada) mas Manuel Machado conseguiu melhorar o processo defensivo. Nesta altura, a formação insular conta apenas com 15 golos sofridos, em contraste com os 28 na primeira volta de 2012/13. O número de derrotas também baixou consideravelmente: 3 contra 8.
Vitória de Guimarães
O Vitória ocupa a mesma posição que no final da primeira volta de 2012/13. Porém, a formação minhota deve ficar satisfeita com o seu desempenho até ao momento, embora a derrota no dérbi da região frente ao Sp. Braga (3-0) possa ter afetado o entusiasmo dos seus adeptos. Os números, de qualquer forma, não deixam margem para dúvidas. Ligeira melhoria no Vitória de Guimarães, com mais pontos (23 contra 20) e um goal average positivo (16 golos marcados, 13 positivos), ao contrário do que acontecia na época passada (17-22).
Sp. Braga
O último resultado, um triunfo convincente frente ao rival V. Guimarães, não disfarça a quebra do Sp. Braga em comparação com o ano transato. Com José Peseiro, a formação arsenalista chegou ao final da primeira volta com 29 pontos, ocupando o terceiro lugar na tabela classificativa. Nesta altura, com Jesualdo Ferreira, está na sétima posição com 22 pontos. O atual Sp. Braga sofre menos golos (17 contra 19) mas também marca menos. Aliás, nesse capítulo a diferença é clara: 34 na época passada, 20 nesta altura.
Gil Vicente
A equipa de João de Deus chegou a ser uma sensação da Liga mas, nesta altura, não tem um registo consideravelmente melhor em comparação com a época passada. 18 pontos garantem alguma tranquilidade para o Gil Vicente na luta pela manutenção, mas há um ano a formação gilista, com Paulo Alves, chegava a esta fase com 15. Balanço positivo mas não tanto como seria de esperar há um par de meses. Curiosamente, o Gil Vicente do ano passado tinha os mesmos golos sofridos (20) e mais um golo marcado que o atual (14 contra 13).
Rio Ave
Ligeira quebra da formação vila-condense em comparação com a época passada. A diferença reside apenas em mais uma derrota, ainda assim. No final da primeira volta de 2012/13, o Rio Ave tinha 21 pontos e ocupava o quinto lugar. Agora, soma apenas 18 e está a meio da tabela. Nesta altura, os homens de Nuno Espírito Santo sofrem menos golos (16 contra 20) mas também marcam menos (12 contra 18).
Académica
Dois pontos a separar Sérgio Conceição de Pedro Emanuel. A Académica está na décima posição, tal como se verificava há um ano, apresentando um registo pontual ligeiramente superior (18 pontos contra 16). Com Pedro Emanuel, a Briosa terminou a primeira volta com impressionantes sete empates em quinze jogos, 21 golos marcados e 24 golos sofridos. A Académica de Sérgio Conceição fica-se pelos três empates, ganha e perde mais. Sofre menos golos (20) mas marca bem menos que na época passada (11 golos marcados em 15 jogos),
Marítimo
Tal como há um ano, o registo do Marítimo não se adequa às expectáveis pretensões europeias. No final da primeira volta de 2012/13, a equipa de Pedro Martins tinha 18 pontos, 13 golos marcados e 22 golos sofridos. Este ano, a formação madeirense tem 17 pontos (menos um), 24 golos marcados (mais onze!) e 28 golos sofridos (mais seis).
Vitória de Setúbal
José Couceiro entrou num Vitória em crise de resultados e a equipa apresentou melhorias. Ainda assim, num percurso partilhado com José Mota, a equipa sadina chega a esta altura com 16 pontos, apenas mais dois que na época passada (14). Este Vitória de Setúbal marca um pouco menos (17 contra 19) mas apresenta maior coesão defensiva (25 golos sofridos contra 31).
Arouca
Faltará logicamente o ponto de comparação mas aqui fica o balanço no final da primeira volta. A equipa de Pedro Emanuel, após um arranque terrível, ganhou algum fôlego e soma nesta altura 15 pontos, com 13 golos marcados e 19 sofridos. O Arouca está três pontos acima da linha de água. Chega, por agora.
Belenenses
A equipa orientada por Mitchell Van der Gaag e Marco Paulo não pode estar satisfeita com o seu rendimento ao longo da primeira volta da Liga. 12 pontos acumulados em 15 jornadas e, sobretudo, o pior ataque da competição. Apenas 9 golos marcados, contra 18 golos sofridos.
Olhanense
Giuseppe Galderisi, o terceiro treinador da época, estreou-se com um triunfo frente ao V. Setúbal. Esse jogo foi ainda marcado pelo regresso ao Estádio José Arcanjo, porventura fundamental para o rendimento da equipa. Na época passada, por esta altura, o Olhanense tinha mais dois pontos (14 contra 12), mais seis golos marcados (16 contra 10) e menos um golo sofrido (23 contra os 24 atuais).
Paços de Ferreira
A equipa de Henrique Calisto, sucessor de Costinha, ocupa nesta altura um inesperado último lugar na Liga. Apenas nove pontos em quinze jogos, numa época iniciada com uma histórica participação na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, seguindo-se a fase de grupos da Liga Europa. Há um ano, o Paços de Paulo Fonseca ocupava o quarto lugar, com 25 pontos (mais 14), 17 golos marcados (mais 7) e apenas 12 sofridos (contra os 24 atuais). Diferenças notórias, para pior.