segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Russos estão em Lisboa para negociar o avançado

Russos estão em Lisboa para negociar o avançado
O Zenit está em Lisboa para negociar Rodrigo e, ao que O JOGO apurou, a proposta posta em cima da mesa pelos russos é de 30 milhões de euros líquidos. Os responsáveis do emblema de São Petersburgo decidiram-se por um ataque feroz, daí a viagem até à capital portuguesa, onde ainda ontem viram o hispano-brasileiro inaugurar o marcador, com um grande golo, no clássico com o FC Porto.

De resto, ontem mesmo, após o clássico, houve espaço para nova ronda negocial e os dirigentes do Zenit confiam poder anunciar a contratação do jogador proveniente da cantera do Real Madrid nas próximas horas.

A proposta salarial para o avançado é, como habitualmente nestes casos, largamente superior ao auferido na Luz, daí que Rodrigo já tenha dado o "sim" à mudança.

«Fejsa não tem a qualidade de Matic mas dá boas garantias» - Filipovic

«Fejsa não tem a qualidade de Matic mas dá boas garantias» - Filipovic
O antigo jogador do Benfica, Zoran Filipovic, salienta que o Benfica vai ficar mais fraco caso se concretize a saída de Matic para o Chelsea de José Mourinho.

«Há muito tempo que se fala de Matic, porque ele já demonstrou que é um grande futebolista e que pode jogar noutra liga mais forte, das melhores da Europa. O Chelsea não percebeu isso quando o contratou da primeira vez e agora tem de pagar muito dinheiro para o voltar a ter», constatou Filipovic.

Com o iminente regresso de Matic a Stamford Bridge, Fejsa ficará a sorrir...

«O Benfica não vai ter tanta qualidade no meio-campo. Julgo que com Matic, o Benfica tinha mais hipóteses de ganhar o título. Sem ter a mesma qualidade Fejsa, também dá boas garantias», observou, à Anetena 1, o antigo avançado. 

«Não ganhei mas foi um grande golo» - Matic

«Não ganhei mas foi um grande golo» - Matic






Nemanja Matic deu por bem empregue a deslocação a Zurique, onde esta segunda-feira participou na gala da FIFA na qualidade de candidato ao melhor golo da época 2012/2013.

O médio sérvio viu o tento que apontou ao FC Porto, em janeiro de 2013, ser superado apenas pelo pontapé de bicicleta de Zlatan Ibrahimovic, gesto que valeu ao sueco a atribuição do prémio Puskas. 

«Estou muito feliz por ter estado aqui com os melhores jogadores do Mundo. O golo foi bom, não ganhei mas foi um grande golo num clássico», salientou o número 21 dos encarnados.


Resultado da votação:

Zlatan Ibrahimovic - 48.7 por cento
Nemanja Matic - 30.8 por cento
Neymar - 20.5 por cento


«Sair? Até 31 de janeiro vamos ver»


Muito se tem especulado sobre se o Clássico de domingo foi o último jogo de Matic de águia ao peito e, esta segunda-feira, o sérvio não esclareceu se vai permanecer na Luz ou não, referindo que até 31 de janeiro logo se vê.

«Ainda não posso falar nada sobre isso. Vamos ver o que se vai passar no futuro, têm que perguntar ao clube e ao presidente», referiu Matic, em Zurique, à margem da gala da Bola de Ouro, quando questionado se vai reforçar o Chelsea ou não, sem fechar a porta de saída: «Se for bom para o clube e para mim vamos falar. Até 31 de janeiro vamos ver.»

Sobre a Bola de Ouro atribuída a ao português Cristiano Ronaldo, o médio do Benfica considerou que «todo o Portugal está feliz» com o prémio.

O melhor do mundo também chora

O melhor do mundo também chora


Cristiano Ronaldo venceu esta segunda-feira a Bola de Ouro, em Zurique, ultrapassando Messi e Ribéry na corrida ao tão desejado prémio atribuído pela France Football e pela FIFA.

Quando Pelé anunciou o nome do melhor jogador do mundo de 2013, Cristiano Ronaldo subiu ao palco da cerimónia para segurar o troféu e deixar algumas palavras de agradecimento, mas a emoção falou mais alto em alguns momentos. Apesar da máquina dentro de campo, o melhor do mundo também chora...

Messi diz que Ronaldo é um justo vencedor

«Ronaldo é justo vencedor» - Messi
Lionel Messi, que concorria com Cristiano Ronaldo para a Bola de Ouro, considera que o internacional português é justo vencedor do troféu que distingue o melhor jogador de 2013.

«Quero felicitar o Cristiano porque foi justo vencedor. Não tenho mais nada a dizer. Foi um ano bom para os três (Ronaldo, Messi e Ribéry) e, por isso, estávamos aqui. Não tenho de reclamar nem de me desculpar com nada», disse Messi após a cerimónia, justiçando as lágrimas de Ronaldo com «a emoção do momento».

Questionado se podia ter revalidado o troféu se não tivesse estado tanto tempo lesionado: «Não sei se teria sido diferente. É verdade que estive muito tempo fora. Não cheguei bem às meias-finais da Champions e esta temporada lesionei-me no início da temporada. Mas penso que não tem nada a ver. Cristiano teve mérito.»

Ronaldo já sonha com a terceira bola de ouro

«Agora quero a terceira» - Ronaldo




Conquistada a segunda Bola de Ouro da carreira, Cristiano Ronaldo não esconde o desejo de regressar a Zurique no próximo ano para lutar por mais um prémio que distingue o melhor jogador do Mundo. 

«Vou dar o meu melhor, como sempre faço, e espero regressar no próximo ano para ganhar a minha terceira Bola de Ouro da minha carreira», disse Cristiano Ronaldo no final da cerimónia. 

A relação com Messi era uma questão que não podia escapar aos jornalistas: «Tenho uma relação muito profissional com Messi. É um jogador que admiro e estou satisfeito pelas suas palavras. Estou contente por competir com os melhores. Vou tentar ganhar com o Real Madrid e com a Seleção e espero estar aqui de novo para ganhar.»

«A batalha para estar no topo é muito difícil. Este troféu vai motivar-me muito. É um troféu individual e não coletivo, por isso, não há nada a apontar por não ter conquistado título. Vou celebrar com champanhe em Madrid e depois descansar porque é preciso treinar», atirou.

Florentino Pérez: «Bola de Ouro é merecida e justificada»

RECONHECE "TALENTO E TRABALHO" DE 
RONALDO

Florentino Pérez: «Bola de Ouro é merecida e justificada»

O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, considerou esta segunda-feira que a atribuição da Bola de Ouro a Cristiano Ronaldo foi "merecida e justificada" e o reconhecimento "do trabalho, do talento e da vontade de vencer".

Perez elogiou os outros dois candidatos à conquista do troféu, Lionel Messi e Franck Ribéry, "dois jogadores maravilhosos", confessando, em relação ao francês, que "tentou contratá-lo há alguns anos", mas fez saber que o Real Madrid "está muito feliz" por contar com Cristiano Ronaldo nas suas fileiras.

Quanto vale o melhor jogador do mundo

Palmarés de Cristiano Ronaldo

Equipa do ano da UEFA.com, 2 (2004 e 2007)
Presença no Europeu, 2 (Portugal?2004, Áustria/Suíça?2008)
Vice-campeão Europeu, 1 (Portugal?2004)
Equipa ideal do Europeu, 1 (Portugal’2004)
Presença nos Jogos Olímpicos, 1 (Atenas’2004)
12º lugar na “Bola de Ouro” do France Football, 1 (2004)
4º lugar no “Onze de Ouro” da “Onze Mondial”, 1 (2004)
Troféu Bravo (melhor sub-23 da Europa), 1 (2004)
Melhor jogador jovem do Ano da FIFPro (eleição dos adeptos), 2 (2004/2005 e 2005/2006)
20º lugar no “FIFA World Player of the Year”, 1 (2005)
20º lugar na “Bola de Ouro” do France Football, 1 (2005)
Taça da Liga Inglesa, 1 (2005/2006)
Presença no Mundial, 1 (Alemanha’2006)
Quarto no Mundial, 1 (Alemanha’2006)
2º melhor jogador jovem do Mundial, 1 (Alemanha’2006)
14º lugar na “Bola de Ouro” do France Football, 1 (2006)
10º lugar no “FIFA World Player of the Year”, 1 (2006)
Melhor jogador do ano em Inglaterra (eleição da Associação Profissional de Jogadores), 2 (2006/07 e 2007/08)
Melhor jogador jovem do ano em Inglaterra (eleição da Associação Profissional de Jogadores), 1 (2006/2007)
Melhor jogador do ano em Inglaterra (eleição da Associação dos Jornalistas Ingleses de Futebol, 2 (2006/2007 e 2007/2008)
Campeão inglês, 2 (2006/2007 e 2007/2008)
Terceiro melhor marcador do campeonato inglês, 1 (2006/2007)
Supertaça inglesa, 1 (2006/2007)
“Onze ideal” da FIFPro, 2 (2006/2007 e 2007/2008)
2º lugar na “Bola de Ouro” do France Football, 1 (2007)
3º lugar no “FIFA World Player of the Year”, 1 (2007)
2º lugar no “Onze de Ouro” da revista “Onze Mondial”, 1 (2007)
Melhor marcador do campeonato inglês, 1 (2007/2008)
Liga dos Campeões, 1 (2007/2008)
Melhor marcador da Liga dos Campeões, 1 (2007/2008)
“Bota de Ouro” (melhor marcador de todos os campeonatos europeus), 1 (2007/2008)
Melhor avançado da Liga dos Campeões, 1 (2007/2008)
Melhor jogador da Liga dos Campeões, 1 (2007/2008).
Melhor jogador do ano da FIFPro, 1 (2007/2008).
“Bola de Ouro” do France Football, 1 (2008)
“Bola de Ouro” do France Football 1 (2013(

Quanto vale Cristiano Ronaldo?

Cristiano Ronaldo é o jogador de futebol mais valioso do mundo na atualidade, em termos mediáticos. Esta é a conclusão de um estudo desenvolvido pelo IPAM - The Marketing School, que atribui 40 milhões de euros/ano ao jogador português, contra os 37 milhões/ano de Lionel Messi.
O valor das marcas "Ronaldo" e "Messi" supera largamente a dos técnicos pelos quais são orientados. Ou seja, o valor potencial de mercado de José Mourinho (Real Madrid) está avaliado em 25 milhões de euros, mais cinco milhões do que Pep Guardiola (Barcelona).
Segundo a REVISTA FORBES
Cristiano Ronaldo ganha 22,5 milhões por ano
O internacional português Cristiano Ronaldo ocupa o segundo lugar do "ranking" dos futebolistas que conseguem mais dinheiro anualmente, atrás do inglês David Beckham, de acordo com a revista norte-americana Forbes.
De acordo com a publicação, Cristiano Ronaldo factura 22,5 milhões de euros/ano, somando os salários no Real Madrid e os principais patrocínios, como a Nike, Coca-Cola ou Giorgio Armani.
David Beckham, explica a Forbes, consegue 30 milhões de euros por ano, com os salários e patrocínios da Adidas, Motorola e também da Armani.
"A nossa lista combina os salários, incentivos e patrocínios. Além disso, falámos com variados agentes e especialistas na modalidade", disse Christina Settimi, jornalista da Forbes.
Beckham, de 35 anos, poderá contudo perder em breve o estatuto, já que vai estar afastado do Mundial da África do Sul devido a lesão.
Cristiano Ronaldo, melhor jogador do Mundo para a FIFA em 2008, tornou-se esta temporada o jogador com o salário mais elevado, quando trocou os ingleses do Manchester United pelo Real Madrid.

Parabéns Cristiano Ronaldo!


Cartoon JJ


Matic pode ter-se despedido da Luz

Matic pode ter-se despedido da Luz




O gesto de Nemanja Matic, minutos depois do final do clássico, não deixa grandes margens para dúvidas: braço esquerdo no ar, mão direita no peito, um gesto que todos assimilaram como sendo o da despedida do médio sérvio do Estádio da Luz. 

E de facto, assim pode ter sido. O Chelsea será, tudo aponta, o próximo destino do médio de 25 anos, regressando assim ao clube de onde se mudou para o Benfica, em 2011, inserido na transferência de David Luiz para Londres... jogador que ontem, curiosamente, esteve na Luz, assistindo à exibição do seu mais que provável futuro colega. 

Há muito que o interesse do Chelsea em Matic é do domínio público. No verão chegaram a existir contactos, mas o Benfica conseguiu convencer o internacional sérvio a permanecer, garantindo-lhe que não fecharia a porta a nova proposta num futuro próximo. E deu também a palavra ao clube londrino que teriam sempre direito de preferência.

O Chelsea, que ontem foi um dos muitos clubes que tiveram observadores na Luz, está, por isso, na frente da lista dos vários clubes que sondaram a SAD encarnada para recolher informações sobre as condições pretendidas para fechar o negócio. E tudo aponta para que uma verba a rondar os 30 milhões de euros seja suficiente para convencer Luís Filipe Vieira a deixar partir o jogador, apesar de muito abaixo da cláusula de rescisão (50 milhões de euros).

O lado certo e o errado do clássico

O lado certo do clássico

Benfica-FC Porto em dez pontos

Coisas certas no clássico. A minha lista.

1. Eusébio. Esteve presente do princípio ao fim. Nas camisolas dos jogadores do Benfica e nas bancadas. A homenagem foi bonita.

2. Paz. A operação clássico teve dois detidos. Quatro pessoas foram impedidas de assistir ao jogo por terem bebido de mais almoço, além de um número não descriminado de adeptos expulsos durante a partida. Tudo somado, não foi mau. Para o histórico recente dos jogos entre os dois clubes.
3. Jorge Jesus. Ao contrário do que tinha insinuado Paulo Fonseca, o treinador do Benfica não mexeu na estrutura. Apesar de os quatro homens na frente serem claramente artistas, eles foram os primeiros defesas da equipa. Rigorosos quando a equipa não tinha a bola, tornaram o Benfica um conjunto quase sempre equilibrado.
4. Markovic. Voltou a estar bem num jogo a sério. O talento está lá e o jovem sérvio parece motivar-se quando a tensão é máxima.
5. Matic. Sempre figura, terá assustado os benfiquistas que passaram pelos quiosques logo de manhã. Era falso alarme, o sérvio jogou e mais uma vez foi essencial. O que tornará especial dolorosa a despedida, um dia destes.
6. Rodrigo. Sem Cardozo, que continua de baixa, o Benfica tem vivido do renascimento do jovem internacional espanhol. A forma como finalizou logo aos 13 minutos sublinha a confiança que sente nesta altura. Jesus ganhou um jogador que chegou a parecer perdido.
7. Quaresma. Falta-lhe explosão, isso percebeu-se. Mas fez-se notar no clássico. Ainda é cedo para perceber o que aí virá, mas não há dúvida que num FC Porto triste e cinzento, o brilho de Quaresma é necessário. Na próxima jornada da Liga já será titular. Se não acontecer antes, na Taça da Liga. Até porque Quaresma não aceitará com facilidade ser suplente de Licá por muito tempo.
8. As bolas paradas. O Benfica voltou a fazer um golo de canto. Este foi o quarto jogo consecutivo sem sofrer qualquer golo. Alguma coisa mudou depois de Olhão. O facto de Maxi Pereira e Siqueira terem moderado as loucas corridas praticamente retirou espaço ao FC Porto.
9. Oblak. O guarda-redes esloveno ganhou mesmo o lugar a Artur. Teve pouco trabalho e ainda menos falhas.
10. À tarde. Não sou especial adeptos de jogos à tarde e sinceramente acho que a hora de um jogo destes não influencia a quantidade de pessoas que vão à bola. Prova? Estiveram apenas mais dois mil do que no ano passado. Mas pronto, se isso deixa as pessoas felizes, por que não?

O lado errado do clássico


Coisas erradas no clássico. A minha lista.

1. Silêncio. As pessoas que furaram o minuto de silêncio em homenagem a Eusébio.

2. O árbitro Artur Soares Dias. Sobretudo aquela bola ao solo, nos últimos instantes, espelho do desnorte que foi a segunda parte.
3. O pouco tempo que se jogou. O critério largo do árbitro foi um convite à falta, que os jogadores aproveitaram. Prova de que às vezes um cartão amarelo cedo não é um problema, antes uma decisão acertada. (sobre isto, ler um outro texto)
4. O FC Porto.
5. Depois do parágrafo anterior, o detalhe. O FC Porto esteve desastrado no meio campo e esse foi o maior problema. No papel tinha mais um jogador do que o adversário nessa zona. Na prática teve quase sempre menos um. Ou menos dois, se quisermos ser duro com Lucho.
6. Lucho. O capitão merece um parágrafo só para ele. O lance do primeiro golo foi muito ele. Incapaz de controlar a bola, sucumbiu à pressão. Markovic foi por ali fora. Fernando estava ao lado de Lucho e nada pôde fazer.
7. A embirração. Uma volta depois, já não há dúvidas. Paulo Fonseca está mesmo convencido de que deve jogar com dois médios lado a lado. Fernando e alguém. Isto abre menos linhas de passe e uma mais deficiente ocupação do espaço. É provável que tenha também vantagens. Lamentavelmente para o FC Porto, elas não se vislumbram.
8. Carlos Eduardo. Depois da boa influência, pouco fez com Sporting e Benfica. Tem de crescer mais depressa.
9. Licá. Ausente na frente, incapaz de estabelecer qualquer diferença. Nem a defender foi importante.
10. Otamendi. Paulo Fonseca resolveu sentar Maicon, mas o central argentino não fez por merecer a confiança do treinador. 

Análise do Centro de Estudos do Futebol da Universidade Lusófona

O clássico do tempo perdido

Análise do Centro de Estudos do Futebol da Universidade Lusófona

No final do clássico, Jorge Jesus elogiou a qualidade tática dos jogadores do Benfica. Os números, recolhidos pelo Centro de Estudos do Futebol da Universidade Lusófona, permitem perceber porquê.

Num jogo de escassa qualidade técnica e com muito tempo perdido, o golo cedo, o rigor tático do Benfica e a incapacidade do FC Porto para pegar no jogo explicam o resultado.

O Benfica começou por ser muito eficiente a pressionar o FC Porto. Das perdas de bola do campeão nacional, sete por cento sucederam na fase de construção. Um número invulgarmente elevado e que sublinha a dificuldade sentida pela equipa de Paulo Fonseca. O Benfica, do outro lado, nunca perdeu a bola nessa zona. Ou seja, a segurança imperou à frente de Oblak.

Por causa do golo de Rodrigo, o Benfica recuou um pouco as linhas. Continuou sempre a conseguir recuperar bolas mais perto da grande área portista, mas cerca de metade foram «roubadas» perto da sua própria área. Um sinal mais da eficiência da linha defensiva dos encarnados. Os laterais subiram menos do que é costume, o FC Porto raramente descobriu espaço para jogar. E muito menos para rematar.

Ao contrário do que é habitual nas equipas de Jesus, o Benfica nunca se esqueceu de que era preciso defender. Mesmo quando atacava. Por isso, o FC Porto raramente conseguiu fazer transições. Apenas duas, em noventa minutos. Uma delas deu oportunidade de golo.

O Benfica conseguiu nove transições, momentos em que apanhou o adversário desprevenido. Daí resultaram três oportunidades e o golo de Rodrigo, aos 13 minutos.

Muito intenso e marcado pela homenagem a Eusébio, o clássico foi um jogo de emoções fortes, mas sem brilhantismo técnico. Os remates e o elevado número de faltas certificam esta ideia.

O Benfica, por exemplo, conseguiu apenas três remates enquadrados com a baliza. Dois deles deram golo. Tudo somado, sete remates. Dois na primeira, os outros cinco até aos 68 minutos. Quando o FC Porto ficou reduzido a dez, Jesus aproveitou para se certificar de que não correria mais nenhum risco.

O FC Porto rematou ainda menos. Duas vezes na primeira parte e outras tantas depois do intervalo. Oblak, que mereceu a confiança de Jesus, fez duas defesas, a remates de Lucho e Carlos Eduardo.

O jogo teve 38 faltas. O Benfica cometeu onze na primeira parte e sete na segunda. O FC Porto fez menos nos primeiros 45 minutos (sete) do que após o descanso (13).

Siqueira foi o jogador mais castigado: cinco faltas. Do lado do FC Porto, Mangala sofreu quatro faltas, o que dá uma ideia do empenho defensivo dos avançados do Benfica. Nove das 18 faltas dos encarnados foram cometidas pelos quatro jogadores mais adiantados: Rodrigo, Lima, Gaitan e Markovic. 

Alex Sandro foi o jogador portista que cometeu mais faltas: quatro. 

O tempo útil de jogo foi muito baixo: só 43 minutos e 56 segundos. O tempo total de paragem foi superior a 50 minutos. O jogo teve 94 minutos.

No total, o clássico teve 135 paragens. Em média, uma paragem a cada 42 segundos. Cada paragem durou, em média, 22 segundos.

O Centro de Estudos do Futebol da Universidade Lusófona analisou os lances em que mais tempo se gastou. Os livres são os maiores consumidores de tempo: 24 minutos! A seguir, lançamentos laterais: 13 minutos. Pontapés de baliza: sete minutos. Pontapés de canto; três minutos. Uma última curiosidade: o segundo golo foi mais festejado. Os abraços a Garay demoraram 74 segundos. Rodrigo demorou 66 segundos a comemorar.

É difícil imaginar este Benfica sem o equilíbrio sérvio de Nemanj Matic

Matic: é difícil imaginar este Benfica sem o 

equilíbrio sérvio


Jogo de grande qualidade no clássico

Maisfutebol seguiu todos os lances de Nemanja Matic no jogo entre Benfica e FC Porto, através da transmissão televisiva da Benfica TV.

Nemanja Matic foi uma das figuras no Clássico entre Benfica e FC Porto (2-0). A manchete de O Jogo colocava o sérvio em dúvida para o encontro, devido a um acordo com o Chelsea. O médio entrou em campo, embora a hipótese de rumar a Stamford Bridge seja real. 

Jorge Jesus contou com o melhor Matic, um ponto de equilíbrio com influência significativa no desenrolar do encontro. Mais um Eusébio a lutar pela vitória. A chegada do jogador ao estádio, face ao fluxo noticioso, foi naturalmente saudada.

Paulo Fonseca garantiu não esperar um Benfica com dois avançados, prevendo então um congestionamento encarnado no setor intermediário. Porém, Jesus acreditou que Matic e Enzo Pérez chegariam para garantir superioridade naquela zona do terreno e o resultado comprova isso mesmo.

O médio sérvio esteve nos principais momentos de jogo, com a atitude habitual. Do outro lado, seriam Fernando e Lucho González a assumir funções idênticas (Carlos Eduardo surgiu como vértice adiantado do triângulo). Porém, o argentino do FC Porto fez um jogo modesto, sem inverter o rumo dos acontecimentos.

Ao 13º minuto de jogo, o primeiro golo do Clássico surge por ali. Nemanja Matic pressiona Lucho e este deixa a bola fugir para um adversário. Markovic recebe a bola no corredor central e vai subindo no terreno sem oposição, antes de um passe magistral que apanha Rodrigo em vantagem sobre Danilo. 1-0, Benfica na frente.

O FC Porto não encontrou respostas na primeira meia-hora. Perdia, sobretudo, a luta a meio-campo, denotando pouca capacidade para construir nesse setor. Nos últimos quinze minutos da primeira parte, a equipa da casa cedeu e os dragões cresceram sem chegar ao empate.

Com o apoio de Enzo Pérez e a missão de construção entregue aos extremos (Markovic e Gaitán), Matic foi anulando Carlos Eduardo e diminuindo o raio de ação de Lucho González, sem capacidade para duelos com tamanha dimensão física. O argentino viria a ser substituído ao minuto 70.

O Benfica entrou melhor na etapa complementar e chegou ao 2-0. Tudo começou num pontapé de canto à direita, com Nemanja Matic a saltar sem oposição e a cabecear para a baliza de Hélton. Mangala estava à sua frente, com o braço aberto no ar. Lance polémico, com os encarnados a pedirem castigo máximo. Novo canto, desta vez na esquerda, e o golo por Ezequiel Garay.
Paulo Fonseca apostou de imediato em Ricardo Quaresma, o regresso que despertou o FC Porto. O internacional português entrou em campo com entusiasmo e foi protagonista em dois momentos que despertaram a fúria azul e branca.

Depois de ver um cartão amarelo, o extremo recebeu a bola na meia direita, fugiu a um adversário e fez um passe de grande qualidade para Jackson Martínez. Matic percebeu que sairia dali um lance com perigo e arriscou o carrinho. Artur Soares Dias parou o jogo para mostrar o amarelo ao sérvio.

A Luz ia festejando a provável vitória, numa fase do Clássico em que o árbitro passava a ser o protagonista. Ao minuto 69, porém, foi Nemanja Matic a criar a sensação de golo. Na sequência de um livre, fugiu a Jackson, subiu mais alto que Hélton mas cabeceou por cima.

Lucho González sairia logo depois, assumindo a derrota no duelo individual. Carlos Eduardo tentava rumar contra a maré mas apenas Fernando demonstrava estar ao nível habitual.

A tarde era de Matic, de Rodrigo, de Markovic. O primeiro manteve o ritmo até final, esquecendo as informações que circulam à sua volta.

Nemanja Matic teve 30 intervenções durante o Benfica-FC Porto, errou apenas dois passes em vinte, fez dois remates à baliza de Hélton e cometeu quatro faltas, recuperando a bola em várias ocasiões. Deu equilíbrio à formação encarnada.

Quando Artur Soares Dias encerrou o Clássico, houve espaço para o desportivismo e a troca de camisolas entre dois dos melhores médios do campeonato nacional: Matic e Fernando. 
Foi o último jogo do sérvio pelo Benfica? Nem Jorge Jesus sabe. O Chelsea chama. «Último jogo de Matic pelo Benfica? Não sei. Sei é que amanhã há treino, mas ele tem a gala da FIFA. Estou aqui para treinar, para potencializar os jogadores do Benfica. Se houver essas questões, se calhar sou como vocês, sou o último a saber. O comportamento do Matic foi normal e fez um grande jogo», disse Jorge Jesus na conferência de imprensa.

Após o encontro, o médio festejou o triunfo ainda no balneário encarnado com os seus compatriotas
Nesta segunda-feira, Matic estará na Gala da FIFA, onde concorre ao melhor golo de 2013. Curiosamente, foi no último clássico frente ao FC Porto. Na altura, o embate saldou-se numa igualdade a dois golos (2-2). Ibrahimovic e Neymar são os adversários na corrida pelo Prémio Puskas.




O Clássico visto através das ações do Mustang

O Clássico visto através das ações do Mustang

Maisfutebol seguiu todos os lances de Ricardo Quaresma no jogo entre Benfica e FC Porto, através da transmissão televisiva da Benfica TV.
Domingo de Clássico, dia de estreia de Ricardo Quaresma no segundo ciclo de dragão ao peito. Foram 34 minutos e já com muito para contar. Ainda sem capacidade física para fazer a diferença, é verdade, mas com apontamentos de excelente qualidade técnica e um momento de grande importância e polémica na definição do Benfica-FC Porto. 

Comecemos por aí. Minuto 74: Quaresma conduz a bola até à área, sobre a direita, cai e pede falta. O árbitro nada assinala, mas faz mal. Há penálti claro de Garay sobre o Mustang

Antes e depois, apesar de muito interventivo, Quaresma não foi capaz de carregar o FC Porto às costas. Mais vítima do que réu, sim, pois os dragões perderam pelo caminho Danilo, devido a expulsão. 

Paulo Fonseca mandou Quaresma aquecer logo no início da segunda parte e lançou-o aos 56 minutos. Saiu Licá. Na primeira ação, vê logo um cartão amarelo. A entrada deslizantes não acerta em Matic, mas obriga o sérvio a saltar para evitar o choque. Ainda assim, um exagero do árbitro. 

No minuto seguinte, um excelente apontamento. Com um passe de trivela, à sua maneira,consegue isolar Jackson Martinez. O árbitro, novamente mal, interrompe para assinalar uma falta posterior de Enzo Pérez. Amarelo para o argentino. 

Fonseca pede para Quaresma ficar sobre a direita, passando Silvestre Varela para a esquerda. É por esse flanco que faz as quatro ações seguintes. Minuto 63, dribla para o meio e permite o roubo de Siqueira; minuto 65, lança Jackson em velocidade e Jan Oblak antecipa-se ao colombiano; minuto 66, segura a bola e ganha um lançamento lateral; poucos segundos depois, pede falta à entrada da área e Soares Dias nada considera. 

O FC Porto procurava reduzir a diferença no marcador, sem criar grandes problemas a Oblak. Antes de ter sido derrubado por Garay dentro da área, conforme apontámos no primeiro parágrafo, Quaresma tem mais três ações pouco influentes.

Primeiro faz uma boa receção na linha, antes de permitir o corte de Rodrigo; logo a seguir atrasa, com um passe rasteiro, para Otamendi e, finalmente, parece isolar-se, mas vê Garay a fazer o carrinho e a ainda ganhar o lançamento lateral. 

Com a expulsão de Danilo, Quaresma passa da direita para a esquerda. Varela passa a fazer todo o flanco direito. 

Até ao fim, a bola chega-lhe muitas vezes aos pés e Quaresma desaproveita a esmagadora maioria dos lances. Começa por perder um duelo com Maxi Pereira e faz falta; aos 80, arranca em velocidade e perde para Markovic. O Mustang não mostra intensidade no pique

O erro atenua o entusiasmo e Quaresma deixa de arriscar. Aos 81 faz uma tabela boa com Alex Sandro, aos 84 entrega de primeira para Carlos Eduardo e aos 85 cruza para Luisão afastar de cabeça. 

Mais dois momentos antes do fim. Embrulha-se com Markovic, mas resiste e evita o segundo cartão amarelo; mata a bola no peito, com carinho, e toca para Alex Sandro. 

Apito final. Ricardo Quaresma será sempre uma mais-valia, assim queira. Na Luz mostrou não ter ainda explosão para ganhar duelos individuais; a refinada qualidade técnica ajuda a disfarçar limitações noutros capítulos. 

Matic quer prémio Puskas

MELHOR TREINADOR PODE CONSAGRAR 
HEYNCKES

Matic quer prémio Puskas

Concorrência mais apertada na luta pelo Prémio Puskas – que consagra o melhor golo de 2013 – seria difícil para Nemanja Matic: o sérvio do Benfica concorre contra Ibrahimovic e Neymar e é o golo do sueco, num particular da Suécia frente à inglaterra no estádio em que Ronaldo brilhou a grande altura em novembro, que reúne favoritismo. O tento de Matic, ao FC Porto, a 13 de janeiro de 2013 na Luz, precisamente há um ano poderá dar mais um prémio ao futebol português.

Matic bateu no coração ao sair

FORTE ASSÉDIO DEVE REDUNDAR EM 
TRANSFERÊNCIA

Matic bateu no coração ao sair

Matic foi um dos que mais sentiu a emoção que rodeava o desafio. Por causa da memória de Eusébio, claro está!, mas também porque deve estar de saída do Benfica, devido ao forte assédio do Chelsea e Manchester United.

O pivô defensivo assinou um desempenho muito positivo e, no final, o seu nome foi gritado por muitos adeptos. Quando se aprestava para abandonar o relvado, Matic olhou para os adeptos que se amontoavam junto ao túnel e bateu com o punho no coração, como que a dizer que adora o Benfica. O sérvio deverá deslocar-se hoje a Zurique, onde decorre a cerimónia da Bola de Ouro, durante a qual é igualmente atribuído o prémio para o melhor golo do ano, sendo dele um dos três tentos nomeados.

Garay foi o único jogador que compareceu na zona mista, negando que o grupo se tenha despedido do camisola 21, dado como certo no clube de Stamford Bridge. “Não nos despedimos de Matic. Estamos todos aqui no Benfica, somos todos uma equipa”, vincou El Negro.

2014 tem sido um pesadelo para as águias

2014 tem sido um pesadelo para  as águias

Um empate e uma derrota nos primeiros dois jogos do ano 
O Benfica fechou o ano de 2013 na liderança do campeonato, com mais dois pontos que o rival Sporting e mais quatro que o SC Braga, na altura o terceiro classificado.

Duas jornadas volvidas, ambas já realizadas em 2014, os encarnados somaram apenas um ponto, na receção ao Rio Ave (2-2), perderam a liderança para o surpreendente SC Braga e, caso o Sporting vença o jogo em atraso, com o Dramático Cascais, na próxima quarta-feira, vai mesmo fechar o mês de janeiro como terceiro classificado nesta fase regular, uma vez que o campeonato só regressa a 15 de fevereiro, com Taça de Portugal - o Benfica vai defrontar o Loures, nos 16-avos-de-final, no próximo sábado - e Campeonato da Europa pelo meio.

Recorde-se que o Benfica, na primeira fase da época, tinha apenas perdido cinco pontos, dois deles precisamente com o Leões Porto Salvo, logo na 5.ª jornada (2-2) e outros três diante do SC Braga, na 8.ª ronda (3-6).

De resto, para se encontrar dois jogos sem ganhar do Benfica é preciso recuar aos jogos com... os leões (mas os de Alvalade), na final do play off da última temporada.

Em termos de jogos para o campeonato, pior ciclo que este só mesmo em abril de 2013, precisamente nas últimas três rondas da fase regular, quando o Benfica empatou com o Fundão (4-4), perdeu com o Sporting (1-3) e voltou a empatar com a Académica (1-1).

Curiosamente, o pior ciclo deste renovado Benfica acontece na ausência de João Freitas Pinto.

O treinador foi forçado a abandonar o banco no jogo com o Rio Ave e encontra-se de baixa, tendo falhado a deslocação a Porto Salvo, devido a problemas no sistema auditivo.

Mourinho vende Mata para comprar Matic

BAYERN VAI AVANÇAR COM OFERTA DE 25 
MILHÕES

Mourinho vende Mata para comprar Matic

O Bayern Munique vai avançar com uma proposta de 25 milhões de euros junto do Chelsea por Juan Mata, um valor idêntico ao que o clube inglês terá acordado com o Benfica para a compra de Nemanja Matic.

Segundo o jornal "Bild", Pep Guardiola pretende contar com Mata de imediato, pelo que os dirigentes do clube alemão decidiram contactar o Chelsea, passando a concorrer com Paris Saint-Germain e Barcelona, que também estão interessados na contratação do internacional espanhol.

José Mourinho, treinador dos blues, disse recentemente que não existiam propostas concretas por Mata, mas deixou a porta da saída aberta para o médio, que no jogo frente ao Southampton, a 1 de janeiro, reagiu mal ao ser substituído.

Por outro lado, para adquirir Matic e outros reforços, o Chelsea precisa de vender, de forma a equilibrar as finanças, depois das perdas de 49,4 milhões de libras (mais de 59,4 milhões de euros) registadas no último balanço.

Mata, tal como Matic, apresenta uma valor de mercado superior ao valor pelo qual deverá ser transferido. O espanhol, cujo contrato termina em junho de 2016, vale 45 milhões de euros - a cláusula do sérvio no Benfica é de 50 milhões.


Em agosto de 2011, o Chlesea pagou 26 milhões de euros ao Valencia para garantir a contratação de Mata.

Capas dos jornais desportivos

Capas dos jornais desportivos de segunda-feira 13/01/2014