quarta-feira, 19 de março de 2014

Menos minutos, mais ingredientes: o rodízio de Jesus melhorou

Menos minutos, mais ingredientes: o rodízio de Jesus melhorou

Benfica chega a esta fase da época com menos desgaste do que há um ano

No início da temporada Luís Filipe Vieira não hesitou em afirmar que o grupo de jogadores à disposição do técnico era «o melhor dos últimos 30 anos». E, mesmo depois da saída de Matic, em janeiro, a convicção quase generalizada de que o Benfica tem um plantel com mais alternativas do que a concorrência continua a manter-se. Com o fantasma do último final da época ainda a assombrar os adeptos encarnados, uma das questões do momento tem a ver com a forma como Jorge Jesus vai gerir os últimos dois meses, procurando o equilíbrio entre o repouso de elementos mais desgastados e a obrigação de apresentar onzes competitivos numa reta final com poucas pausas. Por isso, fomos fazer contas. E chegámos à conclusão de que o Benfica chega a esta fase da temporada menos desgastado do que há um ano: menos jogos nas pernas, mais jogadores utilizados, e menos carga de minutos entre os habituais titulares.

Primeiro, os jogos: há um ano, a 20 de março de 2013, o Benfica já tinha cumprido 42 partidas oficiais, contra as 39 que soma este ano, antes da segunda mão com o Tottenham. A diferença de três jogos explica-se com o adiamento da meia-final da Taça da Liga e o facto de as meias-finais da Taça de Portugal e os oitavos de final da Liga Europa se realizarem mais tarde do que em 2013.
A isto, acresce uma situação na Liga mais favorável do que há um ano: após a 23ª jornada da época passada, o Benfica tinha quatro pontos de avanço sobre o segundo (FC Porto), que ainda teria de visitar. Desta vez, os pontos são cinco, a que se junta a vantagem no confronto direto com o Sporting, que obriga os leões a recuperar seis.

Isto não é sinónimo de facilidade, claro: mesmo considerando que ainda há pela frente duas meias-finais com o FC Porto (Taça e Taça da Liga) se, por hipótese, os encarnados chegassem à final de todas as competições, terminariam a temporada com 57 jogos oficiais, mais um do que na época passada – onde ficaram fora da decisão da Taça da Liga. Com 39 jogos já realizados, seria necessário cumprir 18 em dois meses, à média quase invariável de dois jogos por semana até final de maio.

Ora é neste cenário que as opções do técnico podem desempenhar papel importante. E os números mostram que Jorge Jesus parece ter tirado, até agora, mais partido da profundidade do plantel do que há um ano. Considerando as cinco provas oficiais (Liga, Champions, Liga Europa, Taça e Taça da Liga) o Benfica recorreu a 31 jogadores para os 39 jogos da temporada. Há um ano, por esta altura, tinha utilizado menos dois (29) em mais três encontros.

Este não é o único indicador, nem o mais importante, a sugerir que o rodízio de Jorge Jesus tem mais ingredientes do que há um ano. Em 2012/13, por exemplo, sempre contando todas as competições, onze jogadores do plantel tinham jogado mais de metade do total de minutos da temporada (Artur, Maxi Pereira, Jardel, Garay, Melgarejo, Matic, Enzo Perez, Salvio, Ola John, Lima e Cardozo). E cinco destes (Artur, Garay, Salvio, Melgarejo e Matic) tinham mais de 75% do tempo de jogo do Benfica nas pernas.

Este ano, por contraste, apenas oito elementos de entre os que permanecem no plantel atingiram o patamar de 50% de desgaste (Artur, Maxi, Luisão, Garay, Fejsa, Enzo Pérez, Lima e Gaitán jogaram mais de metade dos 3540 minutos de competição). E só três (Luisão, Garay e Enzo Pérez) estão acima dos 75% de carga.

Ponto de situação a 20 de março

2012/13: 29 jogadores em 42 jogos (32 v-8 e-2 d)

Acima de 75% de minutos: Artur, Garay, Salvio, Melgarejo, Matic
Entre os 50%-75%: Lima, Maxi Pereira, Enzo Perez, Jardel, Cardozo e Ola John
Entre os 25%-50%: Luisão, Gaitán, Rodrigo, André Almeida
Menos de 25%: Luisinho, André Gomes, Carlos Martins, Bruno César, Nolito, Paulo Lopes, Aimar, Roderick, Witsel, Urreta, Sidnei, Javi García, Alan Kardec e Miguel Vítor.

2013/14: 31 jogadores em 39 jogos (31 v -5 e -3 d)

Acima de 75% de minutos: Luisão, Garay, Enzo Perez
Entre os 50%-75%: Lima, Maxi Pereira, Gaitán, Artur, Matic e Fejsa
Entre os 25%-50%: Siqueira, Rodrigo, Sílvio, Oblak, Rúben Amorim e Cardozo
Menos de 25%: André Almeida, Djuricic, Sulejmani, Ivan Cavaleiro, Jardel, Bruno Cortez, André Gomes, Ola John, Salvio, Funes Mori, Steven Vitória, Paulo Lopes, Lindelof, Bernardo Silva, Hélder Costa, João Cancelo.

«O Benfica atravessa uma nova euforia atacante»

«O Benfica atravessa uma nova euforia atacante»

Nuno Gomes fala das expetativas do Benfica na Liga Europa antes do segundo jogo com o Tottenham e encontra muitas semelhanças entre a atual equipa com a que foi campeã em 2009/10. Uma conversa que passa ainda pela Fiorentina e pela forma como a equipa «viola» pode vir a ajudar a equipa da Luz e ainda das dificuldades que o FC Porto vai ter de enfrentar  esta quinta-feira no «ambiente escaldante» do San Paolo.

A sua última época foi em Inglaterra. Conhece bem a Premier League, ficou surpreendido pela forma como o Benfica venceu em White Hart Lane?
- Não me surpreendeu porque sei que o Benfica tem equipa para discutir jogos com qualquer outra equipa. Tem uma equipa muito forte e está a atravessar um grande momento. Era um jogo difícil, em casa do Tottenham que, apesar de ter alguns problemas em termos de resultados, não deixa de ser uma grande equipa inglesa. Jogar com o suporte do seu público é sempre um factor extra, até para intimidar o adversário, mas o Benfica deu uma grande resposta, correspondeu àquilo que é o verdadeiro valor da equipa. Apanhou-se a ganhar 1-0, depois soube gerir muito bem as coisas e aumentar a vantagem. Deu um grande passo para os quartos de final, apesar de ainda faltar um jogo e nada estar ainda ganho. Nunca se sabe o que se pode esperar de uma equipa inglesa. Os ingleses lutam até ao apito final do árbitro, é isso que espero esta quinta-feira, apesar das baixas que têm, vão com certeza com a intenção e com a esperança de dar a volta ao resultado.

Uma vitória com dois golos de Luisão que foi seu companheiro no Benfica. Esperava ver Luisão a este nível, nesta altura?
- Sim, o Luisão está a atravessar um dos seus melhores momentos de forma, estou feliz por ele, merece, é um excelente profissional, está no clube há muitos anos. Fico muito feliz pelo momento que está a atravessar. Está a juntar a qualidade que tem em ser um dos grandes esteios da defesa do Benfica com, neste momento, uma veia goleadora apuradíssima.

Jogou dois anos com Jorge Jesus no Benfica, foi campeão na primeira época com uma equipa que já era de tração à frente. Encontra muitas semelhanças com o Benfica atual?
- Sim. Lembro-me que nesse ano, apesar de só termos ganho o título na última jornada, em casa, com o Rio Ave (2-1) e tivemos a discutir com o Braga até ao fim, também tínhamos uma excelente equipa com o Javi Garcia, David Luiz, Ramires, Di María. Uma equipa que em muitos jogos cilindrou muitos adversários com um futebol bonito de se ver, com um futebol de ataque, que é sempre um apanágio do mister Jorge Jesus. Neste momento o Benfica atravessa uma dessas fases, uma euforia atacante que se alarga também para fora do estádio e cativa também os adeptos. Cria-se uma onda não só de golos, mas também uma onda de apoio em torno da equipa, o que é fantástico, mas que por vezes pode levar a excessos. Neste momento a grande diferença em relação à época passada é que, apesar dessas vitórias, os jogadores continuam a ter os pés bem assentes na terra, sabendo que nada está ainda ganho.

Acha que o que aconteceu na última época tornou o Benfica mais forte?
Acho que sim, aprende-se sempre com os erros e o Benfica não foge à regra. O campeonato perdeu-se quando já ninguém estava à espera. A Liga Europa perdeu-se, depois de um excelente jogo do Benfica, numa bola parada. Uma distração defensiva no último minuto quando já toda a gente estava à espera do prolongamento. São erros, são derrotas que servem para que a equipa cresça. Este ano a equipa tem sabido gerir não só o esforço dos jogadores, mas também a euforia que muitas vezes as vitórias proporcionam.

E esta quinta-feira? Espera um Benfica a gerir a vantagem que trouxe de Londres ou um Benfica a tentar resolver a eliminatória de início?
- Acho que o Benfica vai querer matar a eliminatória, apesar do Tottenham também querer tentar um golo cedo que lhe dê a esperança de poder dar a volta. O Benfica poderá tirar partido desse pendor atacante que o Tottenham terá que ter para virar o jogo. O Benfica vai poder por em prática aquilo que mais gosta de fazer, e com os jogadores que tem para o fazer, que é partir para o contra-ataque rápido, com jogadores com bola ou sem bola. O Benfica irá com certeza querer marcar o quanto antes para arrumar com a eliminatória.

São uns oitavos de final com outra equipa que também lhe diz muito. A Fiorentina empatou com a Juventus em Turim (1-1). Tem boas hipóteses de seguir para os quartos agora em Florença?
- Acho que sim, a Fiorentina tem uma ligeira vantagem, mas é um jogo em que é muito difícil prever quem irá passar porque são duas equipas rivais em Itália, com acontecimentos ao longo da história dos dois clubes que levaram a que os adeptos, quer de um lado, quer do outro, não gostem uns dos outros. Espero que a Fiorentina possa passar por tudo o que significa para os adeptos da Fiorentina poderem eliminar a Juventus. Será com certeza um dia de festa fantástico para eles. Sabendo que, se eliminarem a Juventus, serão uns dos candidatos à vitória na final que se realiza em Turim. Por isso até podem dar uma ajuda ao Benfica ao impedir que a Juventus jogue a final em casa.

É bom voltar a ver a Fiorentina nos grandes palcos depois dos momentos difíceis nos últimos anos?
- É bom voltar a ver a Fiorentina na Europa. Com a história que tem, está neste momento no lugar que merece. Está também a fazer um excelente campeonato este ano, está a lutar pelo acesso à Liga dos Campeões, portanto, depois dos tempos perturbados e difíceis que os adeptos passaram, é bom que estejam neste momento a ter muitas alegrias.

Já que estamos em Itália, o FC Porto vai defrontar o Nápoles no San Paolo que tem fama de ter um ambiente terrível para os visitantes. É mesmo assim?
- É- O FC Porto tem um osso duro de roer, apesar de ter a vantagem de 1-0 conseguida na primeira mão. Essa parte [do ambiente] vai ser quanto a mim a mais complicada do que propriamente o jogo em si porque o Nápoles nem está a jogar um futebol assim tão atrativo que se possa temer dentro do campo. A parte exterior ao jogo, o que os adeptos vão fazer na bancada, o próprio ambiente do estádio, muitas vezes pode intimidar os jogadores. Muitas vezes esses ambientes ganham jogos. É sempre difícil jogar em Nápoles, o ambiente é complicado e estão a tentar voltar a ter o Nápoles de antigamente. Têm uma excelente equipa, se formos ver individualmente a constituição do plantel. E tem esse grande ponto a favor que é jogar em casa com um ambiente escaldante. Mas acho que o FC Porto também tem equipa para marcar golos lá, por isso prevejo um jogo equilibrado e se calhar uma eliminatória com uma indefinição muito imprevisível até ao final do jogo.  

 Nuno Gomes: «Devo tudo o que sou ao futebol

Nuno Gomes: «Devo tudo o que sou ao futebol»
Nuno Gomes diz que agora sim, está preparado para terminar a carreira e iniciar uma nova atividade. Mas ainda não fecha totalmente a porta ao futebol. Para já diz que está «parado por opção» depois de ter recusado «dois ou três convites» para continuar a jogar.
 
Há uns meses disse que não era fácil para um jogador assumir o final da carreira. Ainda mantém esse estado de espírito?

- A não ser que seja um jogador que nos últimos anos de carreira tenha tido lesões atrás de lesões e a própria ausência dos relvados o comece a preparar para essa transição, acho que todos os jogadores não gostam de acabar a carreira porque é aquilo que fazemos toda a vida. Os melhores anos das nossas vidas são aqueles em que sonhamos em ser jogadores de futebol e, quando estamos no fim, não gostamos de acabar de fazer aquilo que gostamos mesmo de fazer. Foi por isso que disse que ninguém está preparado. Eu, pelo menos, sinto isso. Por muito que me prepare antes, acho que quando chega ao dia, sentimos que afinal a preparação não serviu para nada. É sempre aquele terminar daquilo que sempre fizemos na vida, do que sempre gostámos de fazer e do que sempre trabalhámos para isso. Neste momento estou mais do que preparado para terminar a carreira e mais do que preparado para iniciar outra atividade.

Um convite obrigava-o a repensar?
- Para jogar à bola? Não sei. Recusei duas ou três coisas porque não era aquilo que procurava para seguir a minha carreira. Não estou parado porque não tive oportunidades para continuar a jogar, estou parado porque foi essa a decisão que tomei e porque recusei dois ou três convites de duas ou três equipas. Estou parado por opção.

Tem noção que deixou uma imagem positiva no futebol? Que é uma figura consensual, toda a gente gosta de si? Sente isso no dia a dia?

- Sinto, felizmente sinto o carinho das pessoas e não só dos benfiquistas, também de outros clubes. Sinto esse carinho. Sou grato, como sou grato a todos os adeptos, sou grato ao futebol, acho que todos os jogadores devem ser gratos ao futebol porque o futebol é a minha vida, devo tudo aquilo que sou ao futebol e aos meus pais. Se acham que as pessoas têm uma boa imagem de mim, agradeço a Amarante e aos pais a educação que me deram

«Benfica não pode tirar o pé do acelerador»

 

Nuno Gomes: «Benfica não pode tirar o pé do acelerador»
Nuno Gomes fala de um Benfica mais forte do que o que escorregou na ponta final da temporada passada. Faz uma análise ao atual plantel de Jorge Jesus e da facilidade em que o treinador tem em «formatar» os jogadores para as posições que precisa. Fala também de um Boavista que faz falta ao futebol português.
O Benfica tem sete pontos de vantagem sobre o segundo classificado. Desta vez chega para ser campeão?
- Teoricamente deveria chegar, mas enquanto matematicamente não tiver alcançado os pontos suficientes para ser campeão, acho que o Benfica não pode tirar o pé do acelerador, até porque tem a experiência do ano passado. O Benfica tem de continuar a gerir e a jogar da mesma forma que o tem feito.

O que é que este Benfica tem de especial. Destaca algum jogador em particular?- O Benfica tem um plantel rico em todas as zonas, em todos os setores. Tem neste momento o Luisão e o Garay em grande forma. Normalmente a defesa é o melhor ataque. Neste momento o Luisão e o Garay ajudam não só a equipa a não sofrer golos, como também têm ajudado a marcá-los. O Matic saiu e não se nota a sua ausência. Tanto o Rúben Amorim como o Fejsa têm cumprido muito bem, com jogos feitos ao lado de Enzo, muitas vezes os três, acho que têm correspondido muito bem àquilo que lhes é pedido. Notam-se que estavam suficientemente preparados para quando fosse preciso utilizá-los eles darem uma resposta positiva. Depois tem jogadores na frente que desequilibram a qualquer momento. Têm o Lima, o Rodrigo e o Cardozo que têm feito golos. O Cardozo esteve algum tempo parado, juntamente com o Salvio. São, quanto a mim, dois jogadores que ainda não estão a cem por cento, mas que poderão vir a estar e são duas grandes armas para a reta final das provas. O Rodrigo e o Lima estão a concretizar. O Rodrigo, depois de algum tempo em que esteve no banco, começou a ser mais utilizado e a ganhar mais confiança e agora desatou a marcar golos a torto e a direito. E tem a magia do Gaitan que, para mim, é fundamental para o pendor ofensivo que o Benfica precisa.

Como é que vê essa capacidade de Jorge Jesus de formatar os jogadores para as posições que precisa? No seu tempo foi o Fábio Coentrão, depois da saída de Javi Garcia lançou Matic, depois saiu Matic e apareceu Fejsa. O mister Jorge Jesus gosta muito de trabalhar individualmente com os jogadores, quando está no próprio treino, mas fora dele também. Isso é fruto do trabalho da equipa técnica, do muito tempo gasto em fazer com que o jogador melhore na posição que é escolhida. Há que realçar esse factor. Quando algum jogador sai, nota-se que há sempre alguém preparado para poder render aquele que saiu.
Outra marca forte de Jorge Jesus são as persistentes indicações que dá aos jogadores durante o jogo. É um aspeto importante do jogo? Vocês ouviam o treinador?- São importantes. Muitas vezes há situações que passam despercebidas aos jogadores dentro de campo e quem está de fora vê muitas vezes coisas que lá dentro o jogador, no seu raio de visão, não consegue ver. É importante que haja alguém do lado de fora a dar essas indicações.

Já falámos do Benfica e da Fiorentina. E o Boavista? Espera voltar a ver o Boavista no principal escalão a breve prazo?- Era muito bom, não só para os boavisteiros e para o clube em si, mas também para o nosso futebol, para o nosso campeonato. O Boavista é um clube de primeira divisão, é um clube histórico do nosso futebol que, infelizmente, caiu nos últimos anos onde se calhar não deveria ter caído. Espero que se possa erguer o mais rápido possível porque tenho amigos lá, tenho pessoas que continuam a trabalhar no clube e que sentem o clube como mais ninguém. Foi onde me formei, portanto tenho um carinho especial pelo Boavista, espero que possa voltar à I Liga o mais rápido possível, porque o futebol português precisa.
A conversa prosseguiu depois da Liga para a Seleção nacional e para as expetativas da equipa de Paulo Bento para o Mundial do Brasil.
Este Cristiano Ronaldo permite à Seleção Nacional sonhar alto? - Felizmente temos o Cristiano em grande forma, espero que consiga chegar ao Brasil neste pique de forma porque é, sem dúvida, a nossa grande arma, a juntar a vários jogadores que também têm grande qualidade que fazem parte da nossa seleção. Temos um grupo mais ou menos equilibrado em que Portugal e Alemanha serão os favoritos a passar o grupo.

Como é que vê esta dificuldade em encontrar um ponta de lança? O Hugo Almeida está lesionado, o Postiga voltou agora a treinar e no último jogo Paulo Bento chamou Edinho.

- Temos o Hélder [Postiga], o Hugo Almeida, agora temos o Edinho que está a atravessar um bom momento, temos o Éder e o Nélson Oliveira. Já falei em cinco e, neste momento só jogamos com um.

Ainda dava jeito um Nuno Gomes?
- Não sei. Se calhar dava mais jeito um Pauleta ou mesmo um Eusébio, por exemplo.

Jorge Jesus já divulgou os convocados para quinta-feira

Benfica-Tottenham

Jorge Jesus já divulgou os convocados para quinta-feira

Já é conhecida a lista de convocados para o desafio entre Benfica e Tottenham, a ter lugar amanhã, quinta-feira, no Estádio da Luz.

Convocados:

Guarda-redes: Oblak e Paulo Lopes

Defesas: Maxi Pereira, Luisão, Garay, Siqueira e Jardel

Médios: Djuricic, Salvio, Fejsa, André Gomes, Ruben Amorim, Enzo Perez e André Almeida

Avançados: Sulejmani, Cardozo, Lima, Markovic e Rodrigo

O Benfica-Tottenham, relativo à 2.ª mão dos oitavos-de-final da Liga Europa está agendado para as 18 horas.

Estudiantes tenta Jara a título definitivo

Estudiantes tenta Jara a título definitivo
Jogador está cedido até junho
O Estudiantes quer Franco Jara a título definitivo. O jogador está emprestado pelo Benfica ao clube argentino, mas os responsáveis sul-americanos já terão entrado em contacto com os encarnados no sentido de garantirem o passe do avançado.

Segundo o "Diario Hoy", os 50 por cento do passe de Jara podem custar quase um milhão e meio de euros, sendo que o clube tem até 30 de maio - um mês antes do fim do empréstimo - para acionar a opção de compra sobre o jogador.

O mesmo jornal escreve que o Estudiantes vai usar alguns argumentos para baixar o preço, como as três lesões que o jogador já sofreu desde a chegada ao clube. O primeiro contacto telefónico já terá sido efetuado por um vice-presidente do clube argentino.
 

«Tim Sherwood em conferência de imprenssa»



Tim Sherwood: «Recebi emails de adeptos do Benfica a pedir desculpa»
Comportamento de jesus em londres em análise
  Tim Sherwood recordou o episódio em White Hart Lane, em que foi figura juntamente com Jorge Jesus, numa altercação levada a cabo entre os dois técnicos durante a partida da Liga Europa entre Tottenham e Benfica. O treinador do Tottenham assume que será muito difícil dar a volta na eliminatória com o Benfica, depois do desaire (3-1) na primeira mão. No entanto, Tim Sherwood diz que a sua equipa vai lutar e que, no final, também gostaria de levantar dedos na direção de Jorge Jesus.

«Não me importava de mostrar cinco dedos», disse Tim Sherwood enquanto fazia o gesto de adeus. «Ou até um», atirou, de imediato, em jeito de brincadeira na conferência de imprensa de antevisão do encontro desta quinta-feira no Estádio da Luz.

Apesar da resposta, o treinador dos spurs garantiu que o assunto está encerrado: «Tenho respeito pelo Benfica e pelo grande clube que é. Para mim, é um caso encerrado. Apenas acho que Jesus, por ser treinador de um grande clube como o Benfica, deveria ter mais bom senso.» Sherwood, de resto, referiu que será muito difícil inverter a eliminatória, depois da derrota por 1-3 na primeira mão.


"Sei exatamente de onde ele veio e aquilo que vi. Não tenho respeito pelo homem. Tenho respeito pelo clube e pelos seus jogadores. O Benfica é um clube enorme e recebi emails de adeptos do Benfica a pedirem desculpa pelo comportamento do treinador", revelou em declarações prestadas na conferência de imprensa de antevisão da partida dos oitavos-de-final da Liga Europa, no Estádio da Luz. "Não foi fugir à questão. Foi algo que aconteceu. É normal pelo facto dos bancos estarem próximos. Há muitos problemas similares em Inglaterra.", acrescentou.

"Outros treinadores tiveram problemas do mesmo tipo como Ferguson, Mancini ou Pellegrini. É normal pela proximidade dos bancos. Aqui o que é importante é que não vamos tentar arranjar mais problemas. A água continua a correr debaixo da ponte. Tivemos um bom jogo em Londres e queremos realizar outro aqui", referiu nas declarações proferidas em Lisboa.

Paulinho e Adebayor não defrontam Benfica
Engrossam lista de lesionados Do Tottenham
 Paulinho e Adebayor são baixas de últimas hora pelo Tottenham para o encontro que irá opôr o Benfica aos spurs, na segunda mão dos oitavos-de-final da Liga Europa, que se disputa no Estádio da Luz. Os dois jogadores estão lesionados e não viajaram para Lisboa.

Tim Sherwood terá de ser criativo na hora de montar a equipa. Erik Lamela, Etienne Capoue e Mousa Dembele são lesões de longa data e já defrontaram os encarnados em White Hart Lane. Jan Vertonghen viu um amarelo na primeira mão e não poderá alinhar na Luz, ao passo que Kaboul contraiu uma lesão muscular com o Arsenal, para a Premier League, e também não poderá alinhar, juntando-se a Chiriches, Michael Dawson e Kyle Walker nos indisponíveis na defesa. Danny Rose está em dúvida.

O Benfica venceu o jogo da primeira mão em Inglaterra, por 3-1, com golos de Luisão (2) e Rodrigo. Eriksen reduziu para os londrinos.

 «Vamos tentar sobreviver» - Chadli

Apesar da derrota por 1-3 no encontro da primeira mão deixar o Tottenham em situação complicada, o extremo belga Nacer Chadli garante que os spurs vão apresentar-se esta quinta-feira no Estádio da Luz para vencer.

«Claro que o resultado não foi bom, mas vamos tentar sobreviver. Seria muito bom ganhar, mesmo que não nos dê a passagem à próxima eliminatória», afirmou o jogador na conferência de Imprensa de antevisão ao jogo.


 Fryers e a estratégia para superar o Benfica: «Não sofrer e marcar cedo»
 Ezekiel Fryers, defesa do Tottenham, garante que o grupo mantém a confiança no apuramento para os quartos de final da Liga Europa, apesar da derrota (1-3) com o Benfica em casa, na primeira “mão”.

«Na realidade, sabemos que vai ser um jogo muito difícil, especialmente porque vai ser no estádio deles. O Benfica é um grande clube mas temos de estar confiantes e concentrados para fazer o que é preciso podermos entrar no jogo. Tem de haver sempre esperança em qualquer jogo, não interessa o resultado da primeira “mão”», referiu em declarações ao site do clube, onde deixou a estratégia para anular o Benfica:

«O objetivo da defesa é impedir o Benfica de marcar qualquer golo. No ataque, temos de marcar cedo. Depois, continuar a pressionar», atirou.

Nuno Gomes: «Equipa é uma das fortes candidatas a chegar à final»

Nuno Gomes: «Equipa é uma das fortes candidatas a chegar à final»
Benfica chegar longe na liga europa
 O ex-internacional Nuno Gomes defendeu esta quarta-feira que "o Benfica é dos fortes candidatos a chegar à final" da Liga Europa, se ultrapassar o Tottenham na partida de quinta-feira. "O Benfica tem tudo para eliminar o Tottenham e seguir para os quartos de final da Liga Europa, mas tenho a certeza de que os jogadores ingleses não se vão dar por vencidos ainda, vão fazer tudo para dar a volta" à desvantagem de Londres (3-1), alertou o antigo avançado do Benfica, em declarações à Agência Lusa.

Nuno Gomes anteviu uma partida em que os jogadores da equipa inglesa vão "tentar ao máximo fazer golos", o que será, aliás, o "principal risco" para o Benfica, que terá de ter cuidado com as situações de bola parada. O ex-avançado recordou, contudo, que o Benfica encontra-se num "excelente momento de forma" e, se fizer um golo cedo, poderá "matar de vez a eliminatória". Nuno Gomes concordou com o técnico Jorge Jesus de que "a eliminatória não está ganha", até porque o Tottenham "não é um adversário qualquer".

Pelo contrário, era antes do jogo de Londres "uma das equipas mais fortes para poder vencer" a competição. O ex-futebolista previu que o Tottenham vai tentar adiantar-se no terreno para tentar marcar, o que permitirá ao Benfica "sair para o contrataque com transições rápidas" para tentar supreender o adversário.

JJ dá descanso a Gaitán

JJ dá descanso a Gaitán
à beira do castigo, tal como Amorim, Enzo e Maxi

Jorge Jesus deverá deixar Gaitán de fora do encontro com o Tottenham, de forma a permitir algum descanso ao extremo argentino, uma das peças mais influentes da equipa na presente temporada.

O camisola 20 das águias, de 26 anos, já somou 2.444 minutos esta temporada, e, além disso, está em risco para a 1.ª mão dos quartos-final – se a equipa conseguir o apuramento –, pelo que, ao que o nosso jornal apurou, o técnico benfiquista prefere resguardar Gaitán para compromissos mais decisivos.

Refira-se que, além de El Zurdo, também Maxi Pereira, Enzo Pérez e Rúben Amorim estão à beira de cumprir castigo, pois já viram dois cartões amarelos na competição. Sílvio, castigado, é ausência certa no jogo de amanhã.

Jesus entre a elite

Jesus entre a elite
A prestigiada revista francesa "France Football" divulgou ontem o top 20 dos futebolistas e treinadores mais bem pagos do planeta e o benfiquista Jorge Jesus é o único representante do campeonato nacional nessa lista, assumindo-se precisamente como vigésimo treinador mais bem pago, entre ordenados e contratos publicitários, com um rendimento anual de quatro milhões de euros.

Neste top 20 de treinadores, destaque ainda para a presença de mais dois técnicos portugueses, nomeadamente José Mourinho (Chelsea), que lidera a lista com um rendimento anual de 17 milhões de euros, e André Villas-Boas (que vai agora para o Zenit), com um ganhos anuais no valor de 6,9 milhões.

Quanto ao top 20 de jogadores, Cristiano Ronaldo (2.º), do Real Madrid, é o único português a figurar na lista da "France Football" e com um rendimento anual de 39,5 milhões de euros, o que o coloca apenas a 1,5 milhões do líder Lionel Messi (Barcelona), que tem ganhos de 41 milhões de euros.

Só Mourinho o supera na UEFA

Entre os 32 técnicos que disputaram ou estão a disputar os oitavos de final da Liga dos Campeões e da Liga Europa, Jorge Jesus e José Mourinho são os únicos dois técnicos que estiveram presentes sempre nos quartos de final desde 2009/10, sendo que, tal como sucedeu ontem com o "Special One", também o técnico do Benfica deverá confirmar amanhã a chegada a esse patamar pela quinta vez consecutiva.

Afinal, como lembra o jornal "O Jogo", o treinador do Benfica, nas últimas quatro temporadas, esteve presente numa final da Liga Europa (2012/13), assim como numa meia-final (2010/11) e quartos de final (2009/10), isto para além dos quartos de final da "Champions" de 2011/12.

Neste contexto, José Mourinho apenas o superou na performance, uma vez que venceu a única final europeia que disputou nesse período (2-0 ao Bayern, para a "Champions, ao serviço do Inter de Milão) e, nas três temporadas seguintes, esteve sempre presente nas meias-finais da Liga dos Campeões com o Real Madrid.

Jornal “O Benfica” chega ao Android

Presença alargada ao Google play

Jornal “O Benfica” chega ao Android

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Jorge Jesus: “A equipa está confiante, numa fase crucial”

Liga Europa em análise

Jorge Jesus: “A equipa está confiante, numa fase crucial” 

Sport Lisboa e Benfica e Tottenham de Inglaterra têm encontro agendado para as 18 horas de amanhã, no Estádio da Luz. Em antevisão à partida da 2.ª mão dos oitavos-final da Liga Europa, Jorge Jesus confessa que a equipa está a atravessar um bom período e que os objectivos para 2013/14 são claros.

 A partida da última segunda-feira, na Madeira, em que o Benfica derrotou o Nacional (2-4), fruto de uma reviravolta no marcador com estofo e alma de líder foi a ponte para uma análise do técnico ao momento vivido no grupo de trabalho.  

“No passado também virámos muitos resultados. No futebol nada é igual, pode ser parecido, mas nunca é igual. A equipa está confiante, a atravessar um bom período, isto numa fase crucial de todas as competições em que estamos envolvidos”, analisou Jorge Jesus.

Quais as diferenças da época transacta para a actual? “Neste momento o grupo tem mais opções niveladas que o ano passado, mas isso só acontece fruto do trabalho que realizamos diariamente e face à qualidade dos jogadores”, argumentou Jorge Jesus, acrescentando de forma taxativa que ”dos 11 jogadores que jogaram em Londres, nove eram novos no Benfica. Fizemos um grande jogo em Londres!”

Olhando em frente, e apesar da importância do desafio de quinta-feira, o técnico reafirma a linha condutora da época. “O objectivo de todos os benfiquistas, a grande prioridade, desde toda a estrutura do Clube aos adeptos, é voltar a ser Campeão Nacional”, afirmou taxativamente.

Questionado relativamente a assuntos que extravasavam o âmbito da conferência, bem ao seu jeito, Jorge Jesus não deixou de dar resposta: “Cada um defende os seus interesses. O meu campo é dentro das quatro linhas, não fora dele. O meu foco é o Sport Lisboa e Benfica”, concluiu.

“Só ganhámos a primeira parte da eliminatória”

O Sport Lisboa e Benfica recebe amanhã, quinta-feira, o Tottenham, em desafio relativo à 2.ª mão dos oitavos-final da Liga Europa. Em antevisão à partida, Jorge Jesus mostrou-se focado, cauteloso… mas não faltou ambição ao seu discurso!

Tem sido ciclo infernal, atrás de ciclo infernal. O Benfica está na corrida por todas as competições o que significa, neste momento, uma carga de jogos intensa, logo, Jorge Jesus tem optado por uma inteligente rotatividade no plantel.

”É um desafio. Mas, no fundo, estamos a trabalhar em cima de uma questão a que estamos habituados, pois no ano passado sucedeu a mesma coisa. Temos tido jogos de dois em dias, jogam os melhores jogadores para cada jogo e é isso que vamos fazer amanhã”, analisou o técnico benfiquista.

No que toca à partida da próxima quinta-feira, Jorge Jesus mostra-se prudente, pois ainda nada está ganho e faltam noventa minutos de jogo. “Só ganhámos a primeira parte da eliminatória, ainda não ganhámos nada. O Tottenham é uma equipa com muita qualidade, e o que o Benfica fez em Londres o nosso adversário também pode fazer na Luz amanhã”, alertou.

Referir que esta partida tem apito inicial agendado para as 18 horas, na Catedral, e o Benfica parte com vantagem na eliminatória:1-3.

Sandro confiante para o jogo na Luz

Sandro confiante para o jogo na Luz
Médio do Tottenham acredita na passagem
O Tottenham viajou esta quarta-feira para Portugal e, à chegada a Lisboa, o brasileiro Sandro mostrou-se confiante na qualificação para os quartos-de-final da Liga Europa, apesar da derrota por 3-1 em White Hart Lane.

"Acreditamos que ainda é possível vira a eliminatória", referiu o jogador à chegada a Lisboa, numa curta declaração.

Benfica e Tottenham têm encontro agendado para quinta-feira, às 18 horas.