terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Ganhar sem marcar
Ganhar sem marcar
Na segunda deslocação da temporada à Madeira – e ao contrário do que sucedeu no confronto com o Marítimo, na abertura do campeonato, quando sofreu a única derrota interna da época –, o Benfica conseguiu vencer. Mas se isso, naturalmente, foi o mais importante na estreia encarnada na Taça da Liga, convém salientar desde logo que a prestação da equipa de Jorge Jesus esteve longe de ser brilhante.
Matic entra nos planos até final da época
Matic entra nos planos até final da época
Matic não viajou para a Madeira, mas, descansem os benfiquistas, apenas por precaução física. Pelo menos por agora. O internacional sérvio é o jogador com mais mercado no plantel da Luz e janeiro até pode trazer novidades, mas, para já, Jorge Jesus recusa idealizar o futuro mais próximo sem o camisola 21. Sondagens não faltam na mesa de negociações da SAD encarnada, comManchester United e Chelsea a liderarem a corrida, mas o médio vai entrar em 2014 de águia ao peito.
De qualquer forma, o treinador fez questão de dizer que a ausência de Matic no meio-campo benfiquista nada teve a ver com poupanças, a pensar no Gil Vicente ou até no clássico de dia 12, com o FC Porto.
“Não fizemos poupanças. Gostávamos que estivessem aqui todos, e não houve jogadores poupados.
Matic se debate com um ligeiro problema num dos joelhos. Porém, a situação clínica do internacional sérvio não inspira grandes cuidados e até pode ser opção para o embate com o Gil Vicente.
Exaltação
Jorge Jesus voltou a mostrar-se imparável no banco e não poupou críticas (gestuais) a alguns jogadores. Markovic foi um dos alvos preferidos do treinador e até Oblak, que fez uma grande defesa, evitando o empate do Nacional, viu Jesus reclamar por uma reação lenta num lance em que Lucas João podia ter causado perigo.
Os casos do Nacional-Benfica
Os casos do Nacional-Benfica
Sem ter tido muitos casos bicudos para resolver, Carlos Xistra soube segurar a partida. O facto de cedo ter recorrido ao cartão, de forma a não deixar passar uma imagem de facilitismo, terá contribuído para que o encontro, mesmo muito lutado, não resvalasse para ações demasiado duras. Tecnicamente, deixou escapar uma ou outra falta e errou em pelo menos dois foras-de-jogo, mas tal não chegou para manchar um trabalho aceitável.
Oblak ajuda nos regulamentos
Oblak ajuda nos regulamentos
Jan Oblak ajudou Jorge Jesus a cumprir o que está regulamentado para a Taça da Liga. Os clubes são obrigados a incluir no onze inicial de cada jogo dois jogadores formados localmente, considerando-se para o efeito qualquer futebolista que, entre os 15 e os 21 anos inclusive, tenha sido inscrito em três épocas desportivas na FPF. Numa primeira análise, Sílvio parecia ser o único a reunir os requisitos, mas o camisola 41 também está neste lote.
O guarda-redes que nasceu há 20 anos em ?kofja Loka, na Eslovénia, chegou ao Benfica, oriundo do Olimpija Lujbjiana em 2010, pelo que já está a cumprir a quarta época no futebol português. Assim, Oblak, que foi chamado à baliza desde a lesão de Artur, é formado localmente.
Benfica-FC Porto às 16 horas
Benfica-FC Porto às 16 horas
O clássico entre Benfica e FC Porto, referente à 15.ª jornada da 1.ª Liga, vai ser jogado às 16 horas do dia 12 de janeiro. O anúncio foi feito esta segunda-feira pela Liga de Clubes, que confirmou a marcação do encontro para a tarde.
Trata-se de um cenário pouco habitual no futebol português, mas que já é oficial, pelo que vai haver clássico numa tarde de domingo, ao passo que o Sporting defronta o Estoril no sábado, dia 11, a partir das 20H15.
A 15.ª jornada, última da 1.ª volta, começa, como é hábito, na sexta-feira, dia 10, com o dérbi do Minho, entre Sp. Braga e Vitória de Guimarães, agendado para as 20 horas.
«Matic e Luisão não estavam em condições» - Jorge Jesus
Jorge Jesus nega ter feito poupanças na convocatória do Benfica para o jogo da Taça da Liga com o Nacional.
«Não fizemos poupanças. Gostávamos de ter tido a maioria dos jogadores que, devido a lesão, ficou em Lisboa. Ninguém foi poupado. Matic e Luisão não vieram porque não estavam em condições», frisou o treinador dos encarnados, em conferência de Imprensa.
A par da vitória que abre boas perspetivas às águias na Taça da Liga, Jorge Jesus enalteceu o regresso de Siqueira à competição.
«Tinha pensado substituí-lo, mas o Sílvio queixou-se e já não o pude tirar. Mas foi importante para ele ter jogado os 90 minutos», enfatizou.
«Foi uma vitória bem conseguida»
O treinador do Benfica ficou satisfeito com a vitória frente ao Nacional (1-0), destacando o valor do adversário e a capacidade da equipa na resposta às exigências da partida.
- Que avaliação faz à exibição do Benfica e à vitória obtida num terreno tradicionalmente difícil?
-Fiquei satisfeito com o rendimento da equipa, demonstrámos que, independentemente de quem jogue, temos soluções e ideias. Defrontámos aquela que na minha opinião é talvez a melhor equipa da Liga a seguir aos três grandes e ao SC Braga. Já o tinha demonstrado, por exemplo, na Luz, no Dragão e em Alvalade. É um adversário de qualidade, por isso sabíamos que seria um jogo difícil, sem perder de vista que em caso de vitória quase ficávamos apurados. Embora ainda nos faltem dois jogos em casa, este resultado deixa-nos perto da qualificação, é meio caminho andado. Não concedemos grandes ocasiões de golo ao Nacional, estivemos muito bem defensivamente, e na primeira parte também apresentámos muita qualidade ofensiva. Depois do intervalo, com apenas dois treinos realizados após a pausa competitiva, é normal que tenha faltado a mesma intensidade. No geral, porém, foi um jogo bem conseguido por duas excelentes equipas.
- O jogo decidiu-se num pormenor, atendendo à forma como o Benfica marcou, num autogolo de Mexer?
- Sabíamos que é difícil marcar golos ao Nacional, sobretudo quando defrontam os grandes, pois defendem bem, pelo que tínhamos de anular o poder ofensivo do Nacional, sobretudo nos corredores, e matar o jogo com as poucas oportunidades que íamos ter. A vitória aceita-se.
- Olhando para os 90 minutos, gostou mais do resultado ou da exibição?
- Das duas coisas. Aqui é difícil ganhar. Fizemos uma boa primeira parte, com muita criatividade ofensiva, um golo e mais algumas oportunidades, e sabíamos que na segunda parte não íamos conseguir manter a intensidade, pois as equipas tiveram só dois treinos antes do jogo e houve alguma quebra física. Face à vantagem no marcador, na segunda parte não era preciso arriscarmos tanto e fomos gerindo o jogo e as substituições. Portanto, estou satisfeito porque ganhámos a uma excelente equipa, foi uma vitória bem conseguida.
- Começou com um meio-campo, terminou com outro. Qual a versão para o futuro?
- Começámos com o Fejsa, o Enzo e o Nico [Gaitán] e acabámos com o Fejsa, o Enzo e o Rúben [Amorim]. São situações ditadas taticamente pelo jogo, mas os nossos princípios enquanto equipa são outros, embora tenhamos vários sistemas e estratégias em função de cada jogo e adversário.
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