Hora de reunir as tropas
Jorge Jesus lançou o mote para o embate de hoje em Coimbra, quando afirmou que não vai fazer poupanças a pensar no jogo de Atenas e que só tem um jogador fora de combate (Salvio). Em vésperas de iniciar um ciclo que pode marcar o resto da temporada (Académica, Olympiacos, Sporting e Sp. Braga) é relevante verificar que os encarnados se aproximam da máxima força. Na hora de reunir as tropas, Markovic e Sulejmani juntam-se ao exército benfiquista, aumentando em larga escala as soluções para abordar confrontos de exigência máxima e que terão por certo influência decisiva no futuro.
Mesmo tendo em conta que, ao cabo de ausência tão prolongada, o contingente sérvio dificilmente estará nas melhores condições, não é difícil prever que os três futebolistas tenham em Coimbra alguns minutos de jogo para darem início ao processo de integração. Nessa perspetiva, fica a dúvida quanto à escolha dos médios de zona central e saber quem estará nas faixas laterais. De resto, o reforço das opções de Jorge Jesus configura a esperança do treinador encarnado em melhorar a produção global da equipa. Por mais de uma vez abordou a menor eficácia atacante (só 13 golos em 8 jogos) e a maior fragilidade defensiva (7 golos em 8 jogos) como elementos de uma realidade transitória, salientando que essas contas fazem-se no fim da época. O que não deixa de ser verdade, apesar de ser um indicador atual relevante.
Posto isto, é um Benfica a reencontrar-se com todo o potencial aquele que defronta uma Académica assente em bons motivos para estar emocionalmente tranquila e confiante das suas armas futebolísticas. A visita de um grande suscita a habitual exaltação, mas a vitória em Braga (para já não falar da eliminação do Belenenses para a Taça de Portugal) aliviou a tensão, permitindo assim ao conjunto de Sérgio Conceição abordar o jogo sem ansiedade nociva, com bom equilíbrio entre paixão e razão. Ultrapassada a fase mais difícil, os estudantes parecem ter estabilizado o seu jogo e encontrado os argumentos que lhes faltaram no arranque da época. E também para eles deverá ser transitório o facto de apresentarem, para já, o pior ataque da Liga.
MUITO PROVÁVEL
» Que o Benfica faça o que Jorge Jesus anunciou: jogar sem poupanças e sem pensar em Atenas
» Que a Académica se empolgue, porque defronta um grande e vem de vitória em Braga
» Que Sulejmani e Markovic possam somar alguns minutos
POUCO PROVÁVEL
» Que o Benfica não marque pelo menos um golo – só ficou em branco frente ao PSG
» Que o jogo seja de sentido único, isto é, tendo só a baliza de Ricardo como destino
» Que seja relevante o facto de a Académica ter o pior ataque da Liga
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