terça-feira, 19 de novembro de 2013

A 8.ª vez de Portugal numa grande competição internacional

RONALDO FOI A GRANDE FIGURA DO PLAYOFF

A 8.ª vez de Portugal numa grande competição internacional

Portugal apura-se pela oitava vez consecutiva para uma fase final de uma grande competição internacional depois de ganhar por 3-2 na Suécia com 3 golos de Cristiano Ronaldo. Na 1.ª mão, na Luz, CR7 marcara o único golo da partida.

O percurso de sucesso da última década correspondeu a uma mudança de paradigma desde que a designada "geração de ouro" atingiu a maioridade futebolística, pois antes disso, em 70 anos, limitou-se a quatro presenças nos grandes palcos do futebol mundial.

Desde o Mundial de 1930, para o qual não se inscreveu, e o Europeu de 1964, a equipa lusa viveu um prolongado "jejum", mas a estreia em fases finais fez-se em grande estilo, no Campeonato do Mundo de 1966, em que, liderados pelo génio de Eusébio, os "Magriços" conquistaram a medalha de bronze. Com nove golos, o "pantera negra" foi o melhor marcador e a grande revelação da prova, enquanto Portugal só não resistiu à anfitriã Inglaterra (que venceu na final a República Federal da Alemanha), impondo-se à Rússia no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares.

O brilharete de Inglaterra não teve continuidade e foi necessário esperar mais 20 anos para que Portugal se apurasse para outra fase final, do Europeu de 1984, e, mais uma vez, o percurso foi meritório e só voltou a terminar nas meias-finais e de novo perante a equipa anfitriã, neste caso a França, que também se sagrou campeã.

Pela primeira vez, a equipa lusa conquistou dois apuramentos consecutivos, ao marcar presença no Mundial de 1986,depois do célebre golo de Carlos Manuel em Estugarda na vitória por 1-0 sobre a RFA, mas a presença no México limitou-se à primeira fase e ficou marcada pelo "caso Saltillo".

Após mais 10 anos de interregno, Portugal qualificou-se para o Europeu de 1996, onde atingiu os quartos de final, numa equipa que já tinha como base os campeões mundiais de juniores em 1989 e 1991, dos quais se destacavam o central Fernando Couto, os médios Luís Figo e Rui Costa e o avançado João Vieira Pinto.

Depois de ter falhado para o Campeonato do Mundo de 1998, a seleção portuguesa iniciou uma série de sete presenças ininterruptas em fases finais, a começar pelo Europeu de 2000, no qual, tal como aconteceu em 1984, voltou a ser batida nas meias-finais pela França.

O Mundial de 2002 não deixou muitas saudades, com a equipa lusa a ficar-se pela fase de grupos, mas o Euro2004, organizado em Portugal, reconciliou o país com a seleção, que sofreu uma das mais amargas derrotas da sua história, ao perder na final com a Grécia, por 1-0, num Estádio da Luz a rebentar pelas costuras.

A equipa das "quinas" obteve o seu segundo melhor resultado de sempre no Campeonato do Mundo de 2006, no qual foi, mais uma vez, afastada pela França nas meias-finais e perdeu depois com a anfitriã Alemanha na luta pela medalha de bronze. Portugal voltou a marcar presença no Campeonato da Europa de 2008, no qual foi afastado nos quartos de final, e no Mundial de 2010, em que se ficou pelos "oitavos", mas voltou a ficar muito perto da final no Europeu de 2012.

A equipa nacional apenas foi eliminada no desempate por grandes penalidades nas meias-finais por uma aparentemente imbatível seleção espanhola, campeã mundial em exercício e que estava a caminho de revalidar o título europeu, com uma goleada na final à Itália, por 4-0.

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