terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A formação e os jogadores que chegam de fora

A formação e os jogadores que chegam de fora

Opinião de Pedro Barbosa

Começou a segunda volta da Liga Portuguesa. Terminada a 16ª jornada o que podemos verificar?

Tudo na mesma nos lugares da frente. A disputa pelos lugares europeus. A luta para fugir dos lugares de descida. Grandes golos. Grandes defesas

Começando por quem lidera. 
O Benfica fez a sua obrigação. Resolveu cedo e geriu o jogo, com Rodrigo em destaque. A ser uma mais-valia em virtude do seu rendimento. Está a aproveitar a ausência de Cardozo e a marcar golos. Confiante e com sentido de baliza, está a fazer a diferença.

Mas a dúvida prendia-se sobre quem seria o substituto de Matic. Jesus escolheu um jogador mais posicional e Fejsa foi o eleito. Com Enzo indiscutível, Ruben Amorim e André Gomes podem também ser opções e tudo farão para complicarem as opções de Jesus.

Na baliza mantém-se Oblak. Seguro, a dar confiança à equipa e aquela defesa a remate de Heldon diz muito da sua capacidade. O seu posicionamento e os bons reflexos evitaram o golo. 

Uma nota final sobre o Benfica. 


Esta semana muito se falou da sua Formação e da possibilidade dos jovens chegarem à primeira equipa. Não tenho um grande conhecimento sobre a realidade da Formação do Benfica mas pelo menos André Gomes, Ivan Cavaleiro e Bernardo Silva têm potencial e qualidade e o André já o demonstrou na equipa principal. 

Jesus não tem sido um treinador que aposte nos jovens valores da Formação. Os factos falam por si. 

Não sei se é falta de qualidade ou se os jogadores que estão a ser formados não têm aquilo que ele entende para a sua ideia de jogo, mas a verdade é que são vários os jogadores (alguns jovens) comprados lá fora. Luís Filipe Vieira tem feito a vontade ao treinador. LFV tem também investido na Formação e o seu discurso passa por isso mas a realidade é outra. No jogo de domingo fizeram-se três substituições, todas de jogadores portugueses, entre eles dois jovens. Jesus fez entrar Ivan Cavaleiro aos 88 minutos e André Gomes aos 90 minutos!

O que diz, o que pede um treinador, seja ele qual for, a um jogador que entra num jogo praticamente à espera do apito final em que a sua equipa ganha tranquilamente por 2-0 desde os 36 minutos. Era para passar tempo? Não.

Não o podia ter feito mais cedo? No meu entender sim. Estes ou outros jovens na mesma situação precisam de tempo e é em jogos como estes que as oportunidades são dadas. Ganham rotinas, ligação com os colegas e uma natural integração com a equipa em jogo. Não é 1, 2 ou 3 minutos. Para quê?

Vejo jovens com qualidade a serem porventura mal aproveitados ou pelo menos não terem tempo de jogo que permita perceber se eles têm ou não capacidade para singrar.

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