terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Benfica focado nos avançados enquanto no Sporting e no Porto os golos são mais divididos

Benfica focado nos avançados enquanto no Sporting e no Porto os golos são mais divididos

Benfica, Sporting e FC Porto venceram os seus compromissos deste fim-de-semana com maiores ou menores dificuldades. Tudo como dantes no pódio da Liga. Rodrigo foi o único jogador a bisar na 16ª jornada e manteve a formação encarnada na liderança.

O avançado hispano-brasileiro está de volta à sua melhor forma e tem compensado a ausência de Óscar Cardozo. Um alívio para Jorge Jesus, já que os resultados positivos dependem em larga escala da eficácia das unidades mais ofensivas.


Analisando os autores dos golos de Benfica, Sporting e FC Porto na Liga, percebe-se que leões e dragões têm mais caminhos para chegar à baliza adversária. Ou seja, há mais jogadores a balançar as redes ao longo da competição.

Em 16 jornadas, as águias dependeram de 9 jogadores para marcar, contra 11 de Sporting e outros tantos de FC Porto. Entre as unidades encarnadas, uma foi o lesionado Óscar Cardozo e outra Nemanja Matic, entretanto transferido para o Chelsea. 

Fredy Montero e Jackson Martínez têm enorme peso no rendimento ofensivo de Sporting e FC Porto, respetivamente, mas as duas equipas apresentam outras soluções com números interessantes para chegar ao golo. 

De qualquer forma, este é apenas um dado para a análise. Até agora, Jorge Jesus não lamenta este facto. Lima e Rodrigo chegam para as encomendas e o Benfica tem marcado em todos os encontros, enquanto os concorrentes diretos já ficaram em branco por duas vezes cada. 

O Benfica lidera a competição e tem 31 golos marcados (menos um que o FC Porto e quatro que o Sporting) em 16 jogos. O número não é tão empolgante como nas outras épocas sob o comando de Jorge Jesus. Há um ano, a formação encarnada tinha por esta altura mais uma dezena de golos na sua contabilidade.

Óscar Cardozo foi a referência nos primeiros meses, respondendo com cinco golos na Liga (16, 1 por cento do total de golos). Lima apresentou-se como a segunda unidade do ataque encarnado, mesmo com alguma irregularidade na eficácia ofensiva: cinco tentos em dezembro, dois nos meses anteriores e nenhum entretanto. O homem do momento é Rodrigo, substituto natural de Cardozo, com sete golos, seis deles nas últimas seis jornadas.

No total, os três avançados do Benfica marcaram 61, 3 por cento dos golos na Liga. Quando a solução natural falha, quem resta? Lazar Markovic tem sido o principal opositor a esse monopólio. 

O reforço sérvio marcou três golos no campeonato, dois com caráter decisivo para o resultado final, sempre na condição de suplente utilizado. Garay também festejou por três vezes, apresentando-se como uma unidade influente nos lances aéreos. Bisou frente ao P. Ferreira e confirmou o triunfo frente ao FC Porto.

Nemanja Matic era uma alternativa válida (2 golos), enquanto Enzo Pérez, Siqueira e Sulejmani (1 golos cada) completam a lista sem apresentarem um caminho fidedigno para a baliza contrária. 

Quem falta? Sobretudo, Nico Gaitán. Dono e senhor do flanco esquerdo do ataque, o argentino continua à procura do primeiro golo na Liga 2013/14. Para já, bastam os cruzamentos.


O Sporting tem o melhor ataque do campeonato e nem tudo se explica pelo rendimento de Fredy Montero. Aliás, o avançado colombiano não marca desde 8 de dezembro e, de qualquer forma, os leões continuam a dispor de argumentos para lutar pelo título nacional.

Em Arouca, Marcos Rojo e Islam Slimani operaram a reviravolta suada (1-2). Foi o segundo golo para o central argentino e o terceiro para o avançado, a melhor alternativa para fases de menor inspiração de Montero.

Slimani teve influência direta em três vitórias leoninas, sempre como suplente utilizado. Ainda assim, Leonardo Jardim tem mais soluções para chegar às balizas adversárias. Os dois pontas-de-lança do plantel marcaram, em conjunto, 45,7 por cento dos golos na Liga (37,1 por cento para Montero).

Adrien Silva é o segundo melhor marcador do Sporting na prova mas os quatro pontapés certeiros foram motivados por castigos máximos. Wilson Eduardo e André Martins, por outro lado, fizeram golos (3) de bola corrida e são alternativas interessantes.

Os leões dividem a confiança entre elementos de todos os setores. Para além do defesa Rojo, o médio William Carvalho e o extremo André Carrillo (dois golos cada) também aparecem pontualmente para agitar o marcador.

Diego Capel, Maurício e Cédric marcaram um golo cada nesta edição da Liga. O espanhol pode ser o único elemento a quem se exigiria festejos com maior regularidade, face à posição que ocupa no terreno de jogo.
O FC Porto ocupa a terceira posição na Liga e procura recuperar terreno após o desaire no clássico. Frente ao Vitória de Setúbal, os dragões chegaram à vantagem pelo suspeito do costume, Jackson Martínez, mas apresentaram outros nomes em comunhão com a baliza.

Paulo Fonseca procura melhorar o rendimento ofensivo, já que os dragões têm nesta altura 32 golos marcados e, há um ano, estavam no patamar dos quarenta.

Jackson Martínez é o avançado mais influente da Liga, com 40,6 por cento dos golos do FC Porto a passarem pelos pés ou pela cabeça do colombiano. Segue-se Josué com quatro remates certeiros, embora o seu registo esteja limitado a castigos máximos.

Neste domingo, Silvestre Varela e Carlos Eduardo voltaram a demonstrar apetite pelas balizas contrárias. Dois golos para cada um na prova. O brasileiro chegou mais tarde ao onze mas o português tem obrigação de marcar mais e parece sentir esse desejo em 2014. Dos seis golos marcados em todas as competições, quatro surgiram desde o início deste ano. Será para manter?

Os dragões esperam que sim, já que Ghilas continua em branco na Liga e o outro avançado com mais de um golo (2) é Licá, uma unidade que perdeu espaço com a chegada de Ricardo Quaresma. Juan Quintero também festejou por duas vezes no campeonato, embora não seja uma presença habitual no onze.

Danilo e Mangala estão no lote de alternativas para balançar as redes adversárias, com dois golos cada. Maicon picou o ponto por uma vez, tal como Herrera e Lucho González. O capitão marca pouco, Fernando ainda menos (0). O duplo pivôt fica a uma distância considerável da baliza contrária.

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