terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Águia menos rematadora mas mais eficaz

Águia menos rematadora mas mais eficaz

Benfica  2013/14 está diferente de temporadas recentes, somando menos remates do que o habitual, mas assumindo-se como muito mais eficaz, num registo que é provado pela estatística, uma vez que a média de golos em função dos remates à baliza é de 36,4 por cento na actual campanha, superiorizando-se claramente aos 32,2 por cento de 2012/13 e, até, aos 32,4 por cento de 2009/10, primeira época de Jorge Jesus  no comando das águias e a do último título.

Ainda assim, apesar da eficácia, é notório que este Benfica está muito menos goleador, uma vez que os 36 golos que soma neste momento deixam o clube da águia muito longe dos 47 de 2012/13 e 2011/12; 40 de 2010/11; e 49 de 2009/10, tudo épocas já sob o comando de Jorge Jesus.

Aliás, em todas estas temporadas, tanto à 19ª jornada como no total do campeonato, o Benfica apresentou sempre uma média superior a dois golos por jogo, algo que, pela primeira vez, não acontece, com os encarnados a apresentarem actualmente uma média de 1,83 tentos/encontro.

Henrique Calisto fala de uma menor nota artística
O último técnico que defrontou o Benfica, o pacense Henrique Calisto, reconhece um Benfica diferente e fala, inclusivamente, de um termo celebrizado por Jorge Jesus. "Utilizando uma expressão de Jesus, a nota artística agora não é prioritária. Antes havia grande frenesim pelo golo. O Benfica é agora mais realista e tem um grande pragmatismo, virado para a conquista dos pontos", sublinhou, ao jornal "O Jogo".

Sublinhando que "ao contrário de outros anos, o Benfica já não é tão ansioso por marcar golos", o técnico pacense disse também que o clube da Luz:  "quando está à procura da vitória, continua com uma grande dinâmica ofensiva e a colocar muitos jogadores na frente", com a diferença a surgir no momento da vantagem, uma vez que aí o Benfica "passa mais tempo na gestão do jogo, algo que faz com maior eficácia, e ataca mais pela certa".

Na verdade, esse novo paradigma mencionado por Henrique Calisto nota-se na média de remates dos encarnados, uma vez que estes apresentam uma média de apenas 11,5 por jogo, num registo que é o mais baixo da era Jesus, uma vez que, nas três temporadas seguintes, o Benfica chegou aos 16 remates/jogo e, em 2009/10, atingiu mesmo uma média de 17.

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