segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Benfica e Sporting sector a sector

Benfica e Sporting sector a sector

Ausencias de William Carvalho, por castigo, e de Matic, vendido ao Chelsea, enfraquecem o meio-campo dos rivais lisboetas.

Tanto Benfica como Sporting enfrentam o derby de hoje com um grande buraco no meio-campo, mas se a ausência de William Carvalho, castigado, é temporária, Jorge Jesus terá de aprender a viver sem Matic, transferido para o Chelsea. Jefferson é o outro indisponível do lado dos “leões”, enquanto o benfiquista Salvio ainda não terminou a sua longa recuperação. Entre os dois treinadores, é Jardim quem parece ter o “onze” mais estabelecido, tendo utilizado 20 jogadores no campeonato, enquanto Jesus, também por ter um plantel maior e o Benfica estar em mais competições que o rival, promove maior rotação, tendo já usado 26 jogadores diferentes em jogos da Liga.

Guarda-redes
Rui Patrício é o jogador mais antigo do Sporting e aquele que mais derbies disputou, mas nunca ganhou na Luz. Depois de um início de carreira irregular, o guarda-redes natural de Marrazes é, neste momento, um dos jogadores mais importantes dos “leões”, como capitão de equipa e um dos totalistas. Na baliza “encarnada”, Jan Oblak parece ter o lugar seguro, apesar de ter tido algumas culpas no golo sofrido contra o Gil Vicente, o primeiro em jogos oficiais com a camisola do Benfica. Depois de ter estado com os dois pés fora da Luz, o jovem esloveno aproveitou da melhor forma os erros de Artur para se afirmar como titular, mas ainda lhe falta experiência e, como tal, será mais propenso a erros. O derby será um bom teste.

Defesa
O Sporting tem a melhor defesa do campeonato (dez golos sofridos), com apenas um sofrido nas últimas oito jornadas. Tal como nos outros sectores, Jardim só mexe por motivos de força maior e é o que vai acontecer hoje na Luz devido à lesão de Jefferson. O paraguaio Piris deverá ocupar o lado esquerdo da defesa — a alternativa é Rojo, que é lateral-esquerdo na defesa argentina. Maurício, o central brasileiro, tem sido uma boa surpresa e Cedric é o dono indiscutível do lado direito da defesa. O Benfica, por seu lado, tem uma defesa um pouco mais vulnerável (13 golos sofridos) e tem mostrado alguma debilidade nas bolas aéreas. Jesus não abdica dos seus dois centrais (Luisão e Garay) e tem feito alguma rotação nos flancos, um dos crónicos pontos fracos da equipa. A aposta deverá recair, desta vez, na experiência de Maxi Pereira e Siqueira.

Meio-campo
Nem Sporting nem Benfica terão no derby aqueles que foram os seus maiores destaques da temporada. Matic foi vendido ao Chelsea por 25 milhões e Fejsa tem feito o que pode para substituir o seu compatriota, mas não é um jogador com as mesmas características. Enzo Pérez terá se se assumir como o líder do sector. Os “leões” não terão William Carvalho, um médio de raras qualidades, com uma capacidade de desarme e colocação em campo invulgares, por causa de um cartão amarelo tardio no jogo frente à Académica. Jardim manteve o mistério sobre o seu substituto, mas a opção deverá ser Eric Dier, que não é estranho à posição. Adrien Silva e André Martins vão manter-se no “onze”.

Ataque
Cardozo esteve muito tempo de fora e tem vindo a ser reintegrado aos poucos mas não está suficientemente em forma para roubar o lugar a Lima ou Rodrigo, os dois melhores marcadores da equipa que têm mostrado excelente entendimento. Mas o paraguaio é sempre uma opção a ter em conta, dada a sua tendência para marcar muitos golos aos “leões” — já vai em 13. Gaitán é o principal alimentador do ataque benfiquista, enquanto Markovic, que marcou no jogo da primeira volta, ainda sofre com alguma inconsistência. O Sporting tem o estatuto de melhor ataque do campeonato, mas está a sofrer com o jejum de golos de Fredy Montero — já não marca desde 8 de Dezembro — e Jardim tem recorrido cada vez mais cedo ao seu plano B, Slimani. É no ataque que o técnico do Sporting faz a maior rotação, com Capel, Carrillo, Wilson Eduardo e Carlos Mané a alternarem nas alas. E agora há mais uma opção, o ex-Marítimo Héldon, que não deverá ser titular mas pode bem ser lançado durante o jogo.

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