sábado, 2 de agosto de 2014

Emirates Cup / Arsenal - Benfica (5/1): Ai Jesus!

Ai Jesus!
Sem um trinco a travar as investidas do Arsenal, uma defesa completamente desorganizada e um guarda-redes a mostrar pouca segurança, o Arsenal construiu com facilidade o triunfo na partida da Emirates Cup. Dentro de uma semana há jogo oficial e os benfiquistas esperam um milagre de Jesus.

A defesa do Benfica treme por tudo quanto é lado

Num jogo que serviu para Arsène Wenger testar soluções tendo em vista a nova temporada, Jorge Jesus e os benfiquistas “arrancaram os cabelos”, sobretudo com o seu setor defensivo.
Descontrolo emocional? Falta de rotinas? Pouca qualidade? As questões são muitas, nesta altura, entre a família benfiquista, quando o primeiro jogo oficial está “à porta”.

Jesus com muitos problemas para resolver, sobretudo na defesa 
Esqueça tudo o que sabe/viu na última época dos encarnados. Tudo. Estratégia, golos, jogadas magistrais, sistema e esquema tático, tudo. Caro leitor, por favor, limpe todos esses conceitos da memória.
O futebol é emoção mas também é tática e racionalidade em campo. Estes dois últimos conceitos apenas se viram, no que ao Benfica diz respeito, em Nico Gaitán. Ele foi o que de melhor se viu entre os campeões nacionais.
Depois de quatro derrotas (Sporting, Marseille, Ajax e Athletic Bilbao) e duas vitórias (Estoril e Sion), os encarnados tinham, esta tarde, o teste mais exigente da pré-época, até este momento.
Diante do quarto classificado da última Premier League, Jesus apostou em Eliseu no lado esquerdo da defesa, enquanto que Talisca voltou a ocupar uma vaga no meio-campo ao lado de Ruben Amorim.
No ataque, sem Cardozo que está a ser negociado para a Turquia, Jorge Jesus apostou em Toto Salvio e Ola John no apoio a Nico Gaitán e Lima. A baliza foi defendida por Artur Moraes e a dupla de centrais teve César e Sidnei.
Quanto ao Arsenal, por seu lado, alinhou com Chambers, que chegou esta semana proveniente do Southampton, e Joel Campbell, jogador que esteve emprestado na última época e brilhou no Mundial ao serviço da Costa Rica.
E foi Campbell o primeiro a entrar na história do jogo. O atacante da Costa Rica caiu na área do Benfica, mandou seguir o árbitro, quando o relógio apenas marcava dois minutos.

Gaitán foi o que mais lutou no lado encarnado 
A resposta por parte do Benfica chegaria aos 10 minutos e por Nico Gaitán. Maxi cruzou atrasado e o camisola 10 da Luz rematou de primeira à barra. Passou o perigo para a baliza dos gunners.
O Arsenal estava por cima na partida e ia ameaçando. Héctor Bellerín, por exemplo, teve uma jogada individual, passando por vários adversários, mas perdeu para Eliseu depois de ter chegado à área. Campbell, isolado, falhou o remate na cara de Artur.
Ainda a primeira parte decorria e Jorge Jesus já se via obrigado a uma alteração. Eliseu saiu de campo com queixas físicas e entrou Loris Benito para o lugar do internacional português.
Mas era Nico Gaitán o atleta mais castigado pelos adversários. O argentino, inteligente e muitos furos acima dos companheiros, ia deixando a equipa do Arsenal às voltas. Não admira, por isso, que os pupilos de Arsène Wenger tivessem que recorrer constantemente à falta para travar El Zurdo.
Das ameaças à concretização o Arsenal precisou apenas de uma “soneca” da defesa do Benfica. Aos 26 minutos, Yaya Sanogo aproveitou um momento de desatenção do eixo defensivo das águias para abrir o marcador. Sanogo, na pequena-área, meteu a bola no fundo das redes de Artur com um toque de calcanhar, depois de um cruzamento permitido por Loris Benito e ao qual César e Sidnei nem se fizeram. Fácil para o ataque do Arsenal chegar à vantagem.
Com Rosicky a pautar o jogo do Arsenal, a equipa londrina chegaria ao 2x0 ainda antes do intervalo em mais um momento em que a defesa encarnada abriu buraco e Rúben Amorim estava por fora de campo devido a problemas físicos. Cruzamento por alto da direita para o limite da área, onde Joel Campbell teve todo o tempo e espaço para preparar o remate de primeira, colocado fora do alcance de Artur. Falha coletiva (mais) da defesa encarnada.
E o terceiro chegou logo depois por Yaya Sanogo. Mais uma falha coletiva da defesa benfiquista, com o Arsenal a trocar a bola nas imediações da área adversária como queria.
Ainda antes do intervalo os gunners chegaram ao quarto pelo mesmo Sanogo. A defesa voltou a dormir em campo, Sanogo esticou-se e desviou para o quarto golo.
Foi um Benfica perdido em campo e em desvantagem no marcador aquele que recolheu aos balneários para alívio dos benfiquistas.

Arsenal a gerir

Para o segundo tempo, o Arsenal trouxe a mesma vontade de ampliar a vantagem. Sanogo assinou o poker, aos 49 minutos! Artur defendeu o primeiro remate para frente, Sanogo encostou para o quinto golo.
O jogo viveu depois um momento de menor ritmo - da parte do Arsenal, que fique entendido, pois o Benfica jogava muito devagar -.
Com o avançar dos minutos, os gunners foram gerindo e o Benfica ainda reduziu. Aos 62 minutos, Nico Gaitán marcou. Lançamento lateral de Maxi, toque de cabeça de Bebé ao primeiro poste e o argentino - em posição central na pequena área - a emendar também de cabeça, livre de marcação.
O apito final foi sentido, por certo, como um alívio por parte da família  benfiquista que viu o seu clube ser "atropelado" em Londres pelo 
Arsenal.

Onze Inicial






Sem comentários:

Enviar um comentário