Guarda-redes defendeu três grandes penalidades
O futebol é divertido também por causa de noites assim: Artur, o mal-amado, ficará para sempre ligado a esta Supertaça. Pelas boas razões. Depois de 120 minutos, o guarda-redes defendeu três grandes penalidades de jogadores do Rio Ave e foi decisivo. Herói, numa palavra.
Pelo menos por uma noite, o guarda-redes do Benfica conseguiu regressar a casa tranquilo, com aquela doce sensação de ser uma peça importante.
Importante, sim, mas não a mais importante. Aliás, isso foi visível durante a partida. Os lances de perigo do Rio Ave foram originados por falhas de Artur, que não desapareceram como por magia. Jorge Jesus, de resto, não escondeu que apesar da vitória continuam a ser necessários reforços.
Os mais importantes foram, sem surpresa, Enzo Pérez e Luisão. Já tinha escrito sobre isso. É evidente que o Benfica melhoraria no momento em que tivesse de volta o capitão e o médio argentino. E até Jardel. Isso foi evidente frente ao Rio Ave. Todos os jogadores se sentiram mais tranquilos e confiantes. A equipa atacou, veloz, um adversário mais frágil do que se esperava e provavelmente cansado da batalha da Liga Europa, na quinta-feira.
A excelência do trabalho de Enzo Pérez só sublinhou, aliás, o que já se sabia: se o argentino acabar por sair haverá ali um desafio enorme para o treinador.
A verdade é que para já Jorge Jesus conseguiu o essencial: entrar a ganhar, no primeiro jogo a sério. Fê-lo com sofrimento, mas também com uma boa exibição e um futebol intenso e que em alguns momentos empolgou. Matou a pré-temporada, mas não acabou com o principal adversário: o mercado.
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