domingo, 24 de agosto de 2014

Dar passos certos em pisos estranhos


Dar passos certos em pisos estranhos
O regresso das grandes noites de futebol no Estádio do Bessa vai acontecer esta noite e nada melhor do que o atual campeão nacional para apadrinhar este retorno de um dos históricos do futebol nacional. O jogo terá a particularidade de ser jogado num piso sintético, algo que não é habitual no principal escalão do futebol português, mas que será regra sempre que uma equipa se deslocar à casa do Boavista.

Fizeram história muitos confrontos entre boavisteiros e encarnados, sobretudo nos anos 90, altura em que os axadrezados se aproximaram a olhos vistos dos tradicionais 'grandes', tanto que chegaram mesmo ao título nacional, em 2000/2001, com Jaime Pacheco no banco e Petit no campo.

Nesse ano, por exemplo, o Benfica saiu vergado do Bessa, graças a um golo madrugador de Duda que fez o 1x0 final e que ajudou à caminhada triunfal.

Mas não foi só em jogos do campeonato que as duas equipas elevaram os seus confrontos a verdadeiros clássicos de 'comer a relva'. Quer na meia-final da Taça de Portugal em 91/92, quando os portuenses foram à Luz ganhar por 1x2, quer na final do ano seguinte, na qual o Benfica goleou no Jamor por 5x2, quer ainda em 96/97, quando houve vingança para os homens então comandados por Mário Reis.

Em Braga, o arranque foi negro
 Muitas são as histórias entre as duas equipas, também envolvendo presidentes, treinadores e jogadores, estes últimos por mudanças de uma para a outra equipa (como foram os casos de João Vieira Pinto, Nuno Gomes, Erwin Sánchez ou Petit).

Contudo, esses registos podem agora continuar a ser complementados com novas páginas. Depois de uma fase conturbada, o Boavista está de volta!

(In)experiências e incógnitas
A tarefa de Petit para esta temporada não se afigura nada fácil. Com a tarefa de construir um plantel praticamente novo e sem grandes recursos para tal, o jovem técnico vê-se obrigado a muitos testes para saber com o que pode contar.

E, além disso, tem a difícil tarefa de conseguir gerir a inexperiência que quase todo o plantel tem de Primeira Liga, bem como construir um grupo de trabalho coeso e pronto para as adversidades.

Nico Gaitán está em grande forma 
Dúvidas também no Benfica
Jorge Jesus continua desejoso que o mercado de transferências feche para poder saber ao certo com o que contar. Esta semana já teve Júlio César e Samaris, o que tranquiliza um pouco mais o treinador, só que ainda está longe de saber como terminará o capítulo das saídas.

E, se Enzo Pérez é o rosto principal nesse particular, a dúvida sobre a utilização do médio argentino nesta partida nem é por questões de mercado. O 35 saiu lesionado na vitória contra o Paços de Ferreira e, mesmo figurando na lista de convocados (que conta com Pizzi, provavelmente por precaução), não é certo que jogue.

Certo é, isso sim, que o Benfica é favorito para um jogo num estádio que tem significado momentos especiais, mas também várias amarguras. Desta vez, o principal rival parece até ser o relvado, ficando a dúvida de como irá a equipa de Jesus conseguir adaptar-se a essa condicionante.

Relvado não é inédito para Benfica de Jesus
O assunto relacionado com o piso do desafio, oportunamente introduzido pelo zerozero.pt no início da semana, tem suscitado alguns cuidados e pode significar uma ligeira vantagem para os boavisteiros.

Contudo, esta não é a primeira vez que Jorge Jesus se vê na necessidade de preparar uma partida a ser realizada num sintético. Em 2012/2013, as águias tiveram que jogar em Luzhniki contra o Spartak Moskva, para a Liga dos Campeões, e o resultado não foi favorável: derrota por 2x1.

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