domingo, 31 de agosto de 2014

Destaques individuais: Arte de Gaitán não chega para vencer

Benfica – Sporting, 1-1

Destaques individuais: Arte de Gaitán não chega para vencer

O dérbi deste domingo terminou empatado a uma bola e Gaitán esteve em destaque com o golo que marcou e com a exibição rubricada.

Artur – Figura pela negativa, inevitavelmente, por força de uma exibição que terá entregue a titularidade a Júlio César (ainda que Jorge Jesus seja imprevisível nestas coisas). Ofereceu o golo do empate ao Sporting, ao tentar um passe para o pior lado, aquele que estava tapado, fazendo com que a bola batesse em Carrillo e depois sobrasse para a finalização de Slimani. Foi aos vinte minutos, mas nessa altura já tinha acumulado três ou quatro erros. Sobretudo em saídas a lances de bola parada, mas também a jogar com os pés, ou mesmo a sair ao limite da área para «dobrar» os colegas. Na segunda parte ainda faz duas belas intervenções (um livre direto de Jefferson e um remate de Slimani bem perto do fim), mas globalmente a exibição deixou muito a desejar, com o brasileiro a revelar desde início uma intranquilidade anormal para os anos de carreira que tem e até para aquilo que tinha sido as exibições anteriores. A presença de Júlio César no banco terá causado assim tanto impacto? 

Maxi Pereira – Apanhou Nani pela frente mas saiu por cima mais vezes do que o contrário. Atacou muito e quase sempre bem, é dele a assistência para o golo de Gaitán.

Luisão – Intransponível no seu posto de comando. Limpou todas as bolas seja pelo chão, seja no ar.mandou no sector mais recuado e foi a voz nos momentos de maior aperto.

Jardel – Slimani deu-lhe muito trabalho, mas o defesa central esteve quase sempre bem. O golo marcado pelo argelino não é culpa sua e foi sempre lesto a tirar a bola da área benfiquista.

Eliseu – Tal como no Bessa fez uso do seu forte pontapé para tentar surpreender. Teve muito trabalho com Carrillo, mas bateu-se bem.

André Almeida – Tentou estancar o ataque do Sporting pelo “miolo” e conseguiu obrigando-o a procurar os flancos. Não se aventurou muito na frente, mas quase marcava e foi importante a dobrar as subidas dos laterais.

Enzo Perez – De regresso à titularidade fez valer a sua presença no meio-campo, uma vez mais, embora a exibição tivesse muitos altos e baixos. Mostrou a dinâmica e garra habituais, e está envolvido no lance do golo de Gaitán, mas «apagou-se» algumas vezes, porventura por não estar nas condições físicas ideais. Pode não ter estado ao nível a que já nos habituou, mas teve pormenores muito interessantes. Recuperou muitas bolas, lutou e ainda foi a tempo de fazer lançamentos mortíferos para o ataque.  

Gaitán – Um golo de pé direito, imaginem só, a lançar o Benfica para a vantagem, mas depois uma exibição intermitente, como tantas outras. No início da segunda parte tentou o chapéu a Rui Patrício, mas a bola saiu muito larga. Poucas vezes conseguiu aparecer ao meio, entre linhas, a criar desequilíbrios, e na esquerda foi bem controlado por Esgaio. Pinceladas de pura arte na Luz. Joga com o mesmo prazer daquele miúdo que joga na rua e deixou Esgaio muitas vezes para trás. Marcou um golo e voltou a estar perto no primeiro minuto da segunda metade. Ainda foi a tempo de assistir várias vezes os colegas.

Salvio – O Benfica mostrou-se bastante perdulário na finalização, e com Salvio como maior exemplo, sobretudo na segunda parte. Destaque sobretudo pata o lance aos 62 minutos, em que aparece completamente sozinho na marca de penálti mas atira à figura de Rui Patrício. Teve ainda um disparo ao lado, do exterior da área (48m), um pontapé acrobático à malha lateral (66m) e um lance em que tenta picar a bola sobre Patricio, mas este defende (85m). Batalhou como é seu timbre e esteve no lance do golo ao arrancar uma jogada inolvidável na direita. Nem sempre bem-sucedido, a verdade é que esteve perto do golo em várias ocasiões.

Talisca – Saiu do primeiro grande duelo do futebol português com nota positiva. O problema do médio contratado ao Bahia não é a vertente técnica. Tem qualidade no pé esquerdo, e na maior parte das vezes decide bem. O problema é tático, mas terá sobretudo a ver com a perceção daquilo que pode ser o seu papel neste Benfica. Ao longo do jogo parece sempre mais útil quando aparece ao jeito de um terceiro médio do que como segundo avançado. Ameaçou com um livre que obrigou Rui Patrício a defesa apertada. Sofreu muitas faltas, nomeadamente quando tentava receber o esférico entrelinhas. Forte nas bolas paradas.

Lima – Esteve perto do golo minutos depois do golo de Gaitán. Quando não tinha espaço para alvejar a baliza tentou distribuir para os colegas.


Derley - Entrou na parte final do jogo e já não foi a tempo de mudar o rumo dos acontecimentos.

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