Raramente, muito raramente, adeptos, treinadores, dirigentes ou jogadores do Benfica terão sentido que iriam entrar em campo para defrontar o FC Porto usando mais coração do que cabeça, mas domingo, a partir das 16 horas, no Estádio da Luz, será, certamente, dessa forma que os 11 de Jorge Jesus iniciarão o clássico.
A partida de Eusébio da Silva Ferreira uma semana antes do grande jogo tudo muda, dentro e fora de campo, e as emoções à flor da pele, que nos últimos dias pertenceram a toda gente, passarão, domingo que vem, a ser exclusivas dos benfiquistas, pois o king, nesse dia, voltará a ser apenas do seu Benfica.
Homenagear Eusébio no dia em que partiu, no dia em que foi a enterrar, na última volta ao estádio, nas ruas da capital, na câmara alfacinha ou junto à estátua na Praça Centenário é, pois, apenas uma pequena parte da tarefa hercúlea de lhe fazer justiça.
Por conseguinte, dia 12, dentro e fora de campo, outras formas de glorificar Eusébio terão lugar. A equipa do Benfica, sobretudo ela, terá a responsabilidade de procurar os três pontos frente ao campeão nacional e ao grande rival dos últimos anos para poder dedicar a vitória ao Pantera Negra. Esse é o fio condutor da semana de trabalho dos homens de Jesus.
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Única vitória no clássico deu título a Jorge Jesus
O clássico de domingo não é obviamente decisivo para a
atribuição do título mas, moralmente, acaba por valer sempre mais do que os
três pontos em disputa. A cumprir a sua quinta época ao serviço do Benfica,
Jorge Jesus já orientou a equipa em quatro clássicos relativos ao campeonato no
Estádio da Luz e só venceu um, em 2009/10. Curiosamente, no final dessa época o
Benfica conquistou o título.
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