segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O lado certo e o errado do clássico

O lado certo do clássico

Benfica-FC Porto em dez pontos

Coisas certas no clássico. A minha lista.

1. Eusébio. Esteve presente do princípio ao fim. Nas camisolas dos jogadores do Benfica e nas bancadas. A homenagem foi bonita.

2. Paz. A operação clássico teve dois detidos. Quatro pessoas foram impedidas de assistir ao jogo por terem bebido de mais almoço, além de um número não descriminado de adeptos expulsos durante a partida. Tudo somado, não foi mau. Para o histórico recente dos jogos entre os dois clubes.
3. Jorge Jesus. Ao contrário do que tinha insinuado Paulo Fonseca, o treinador do Benfica não mexeu na estrutura. Apesar de os quatro homens na frente serem claramente artistas, eles foram os primeiros defesas da equipa. Rigorosos quando a equipa não tinha a bola, tornaram o Benfica um conjunto quase sempre equilibrado.
4. Markovic. Voltou a estar bem num jogo a sério. O talento está lá e o jovem sérvio parece motivar-se quando a tensão é máxima.
5. Matic. Sempre figura, terá assustado os benfiquistas que passaram pelos quiosques logo de manhã. Era falso alarme, o sérvio jogou e mais uma vez foi essencial. O que tornará especial dolorosa a despedida, um dia destes.
6. Rodrigo. Sem Cardozo, que continua de baixa, o Benfica tem vivido do renascimento do jovem internacional espanhol. A forma como finalizou logo aos 13 minutos sublinha a confiança que sente nesta altura. Jesus ganhou um jogador que chegou a parecer perdido.
7. Quaresma. Falta-lhe explosão, isso percebeu-se. Mas fez-se notar no clássico. Ainda é cedo para perceber o que aí virá, mas não há dúvida que num FC Porto triste e cinzento, o brilho de Quaresma é necessário. Na próxima jornada da Liga já será titular. Se não acontecer antes, na Taça da Liga. Até porque Quaresma não aceitará com facilidade ser suplente de Licá por muito tempo.
8. As bolas paradas. O Benfica voltou a fazer um golo de canto. Este foi o quarto jogo consecutivo sem sofrer qualquer golo. Alguma coisa mudou depois de Olhão. O facto de Maxi Pereira e Siqueira terem moderado as loucas corridas praticamente retirou espaço ao FC Porto.
9. Oblak. O guarda-redes esloveno ganhou mesmo o lugar a Artur. Teve pouco trabalho e ainda menos falhas.
10. À tarde. Não sou especial adeptos de jogos à tarde e sinceramente acho que a hora de um jogo destes não influencia a quantidade de pessoas que vão à bola. Prova? Estiveram apenas mais dois mil do que no ano passado. Mas pronto, se isso deixa as pessoas felizes, por que não?

O lado errado do clássico


Coisas erradas no clássico. A minha lista.

1. Silêncio. As pessoas que furaram o minuto de silêncio em homenagem a Eusébio.

2. O árbitro Artur Soares Dias. Sobretudo aquela bola ao solo, nos últimos instantes, espelho do desnorte que foi a segunda parte.
3. O pouco tempo que se jogou. O critério largo do árbitro foi um convite à falta, que os jogadores aproveitaram. Prova de que às vezes um cartão amarelo cedo não é um problema, antes uma decisão acertada. (sobre isto, ler um outro texto)
4. O FC Porto.
5. Depois do parágrafo anterior, o detalhe. O FC Porto esteve desastrado no meio campo e esse foi o maior problema. No papel tinha mais um jogador do que o adversário nessa zona. Na prática teve quase sempre menos um. Ou menos dois, se quisermos ser duro com Lucho.
6. Lucho. O capitão merece um parágrafo só para ele. O lance do primeiro golo foi muito ele. Incapaz de controlar a bola, sucumbiu à pressão. Markovic foi por ali fora. Fernando estava ao lado de Lucho e nada pôde fazer.
7. A embirração. Uma volta depois, já não há dúvidas. Paulo Fonseca está mesmo convencido de que deve jogar com dois médios lado a lado. Fernando e alguém. Isto abre menos linhas de passe e uma mais deficiente ocupação do espaço. É provável que tenha também vantagens. Lamentavelmente para o FC Porto, elas não se vislumbram.
8. Carlos Eduardo. Depois da boa influência, pouco fez com Sporting e Benfica. Tem de crescer mais depressa.
9. Licá. Ausente na frente, incapaz de estabelecer qualquer diferença. Nem a defender foi importante.
10. Otamendi. Paulo Fonseca resolveu sentar Maicon, mas o central argentino não fez por merecer a confiança do treinador. 

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