Belenenses-Benfica,
0-1 (crónica)
Um grande golo de
Nico Gaitán e um golo mal anulado ao Belenenses
O Benfica quase que se deixou surpreender pelo Belenenses.
Apesar de ter controlado a partida e ter criado (muito) mais ocasiões para
marcar, também teve alguma «sorte». Na segunda parte os azuis do Restelo
marcaram, mas o golo foi anulado – uma má decisão do árbitro. Valeu aos
encarnados um grande golo de Nico Gaitán (0-1).
A História jogava a favor dos encarnados e os azuis do
Restelo não conseguiram contrariá-la – contando com este jogo, o Benfica leva
86 vitórias em 146 confrontos para a Liga e temos de recuar até 15 de dezembro
de 2007 para encontrar a última vitória do Belenenses. Nessa altura, Jorge
Jesus estava do outro lado da barricada, era treinador dos azuis do Restelo.
Ruben Amorim, agora jogador dos encarnados, foi titular pela formação da casa.
Weldon, que viria a representar as águias, marcou o único golo da partida. Mas
deixemos o passado para trás.
Na partida de hoje, Jorge Jesus fez as alterações esperadas
no onze, fazendo regressar Oblak, Siqueira, Fejsa, Enzo Pérez, Markovic,
Rodrigo e Lima, que não fizeram parte da equipa inicial frente ao PAOK. Nesse
jogo a aposta foi para Artur, Sílvio, Ruben Amorim, André Gomes, Salvio,
Djuricic e Cardozo.
Já Marco Paulo surpreendeu ao deixar de fora Miguel Rosa,
melhor marcador do Belenenses e um dos melhores elementos da equipa anfitriã. O
médio foi convocado e, aparentemente, não apresentava qualquer problema físico,
mas não esteve sequer no banco. O técnico dos azuis do Restelo teve de fazer
uma alteração forçada na defesa, já que Duarte Machado estava castigado.
Jorge Jesus pediu à sua equipa para ser humilde, porque o
adversário poderia surpreender, mas a verdade é que, durante a primeira parte,
o Belenenses esteve longe de fazê-lo. A equipa da casa mostrou, desde logo, que
queria jogar em bloco para tapar os caminhos para sua baliza.
Aos 7 minutos, a estratégia foi «desmontada», com a linha
recuada do Belenenses a não mostrar velocidade para travar Nico Gaitán. Um
grande golo do argentino, que fez tudo. Adiantou a bola, isolou-se e chutou por
cima de Matt Jones. Um lance executado com uma calma e precisão
impressionantes.
Após o golo encarnado, o Belenenses tentou reagir. Mas não
passou de uma tentativa, com os azuis do Restelo a terem grandes dificuldades
para chegar à área encarnada. Não havia dinâmica nem objetividade na equipa da
casa. Já o Benfica geriu a vantagem, sem acelerar.
A primeira parte valeu, sobretudo, pelo golo de Gaitán. De
resto, a partida foi pobre e jogou-se a ritmo lento.
Na segunda parte o jogo ganhou velocidade. Marco Paulo fez
uma alteração ao intervalo, tirando Danielsson para colocar Fredy. O camisola
11 mexeu um pouco com o jogo do Belenenses, que, ainda assim, continuou a ter
dificuldades na saída para o ataque.
O Benfica continuou a mandar no jogo e a pressionar mais,
mas estava a vencer apenas por 1-0. Por isso, «o mais» dos encarnados tinha de
tornar-se em «muito mais», para conseguir garantir uma vantagem que desse
tranquilidade. O futebol não é uma ciência exata e os encarnados corriam o
risco de ser surpreendidos, como Jesus tinha alertado.
E o pior quase aconteceu. Aos 71 minutos, Tiago Caeiro
colocou a bola dentro da baliza de Oblak. Foi assinalado fora de jogo, mas
ficam dúvidas sobre quem estaria em posição irregular. Fredy estava adiantado,
mas não intervém diretamente na jogada. Portanto, o golo do Belenenses terá
sido mal anulado. Ficou o aviso para o Benfica.
No entanto, o lance parece ter enervado mais o Belenenses,
do que o Benfica. O jogo tornou-se muito faltoso e, aos 79 minutos, Fredy
acabou por ser expulso, ao ver dois cartões amarelos consecutivos, por protestos.
Se o Belenenses já tinha uma tarefa difícil pela frente, ao
ficar reduzido a dez elementos, tudo ficou mais complicado. A equipa da casa
deixou de ter capacidade para, pelo menos, igualar.
A partida terminou com uma vitória do Benfica, que, no final
da jornada, manterá uma vantagem de cinco pontos para o Sporting e, pelo menos,
sete para F.C. Porto, que joga em Guimarães.
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