domingo, 10 de agosto de 2014

Supertaça: Vamos lá ao que realmente importa!


Vamos lá ao que realmente importa!
A 18 de maio, no Jamor, Benfica e Rio Ave fechavam a época 2013/2014 a nível nacional. 84 dias depois, os dois clubes abrem a de 2014/2015. Na Veneza de Portugal, os dois emblemas vão procurar embarcar para nova época de sucesso, numa altura em que os sonhos e objetivos são muitos, bem como as normais desconfianças ou descrenças.
oram quase três meses de espera. Passaram as férias, para alguns, o Mundial, para outros, o defeso, as especulações, as contratações, as dispensas, as chicotadas, as euforias, as depressões. Houve de tudo neste intervalo de tempo, coisas que mudaram e coisas que permaneceram.
Uma dessas que se mantém intacta é, sem dúvida, a paixão pelo futebol, o gosto pelos clubes, o frenesim pelo defeso, a ânsia que a bola role, a vontade de gritar mais alto que os rivais. O futebol nacional fez uma pausa, refletiu, mexeu e agora está de volta. Bem-vindo de volta!

Exemplo de que nada mudou nos parâmetros do entusiasmo é que, esta noite, as bancadas do Municipal de Aveiro vão encher para apoiar Benfica e Rio Ave. 30 mil a testemunharem o regresso do futebol nacional de alto nível.



 Um chega à 'Veneza de Portugal' banhado numa espécie de trauma pós-sucesso. O Benfica, depois da estupenda época passada, viu sair uma boa parte da equipa que conquistou o triplete, motivo de desagrado para os adeptos, processo inevitável pela rotação de mercado.

O outro desagua na Ria de Aveiro após mágica página alcançada na estreia nas competições europeias, onde se superiorizou aos suecos do IFK Goteborg. Pedro Martins comanda uma equipa que tem muito de Nuno Espírito Santo e que procura finalmente ganhar um troféu frente às águias.

Toque a reunir

A pré-época do Benfica esteve bastante longe de entusiasmar. Pelo contrário, os adeptos do campeão nacional deram por si a contar espingardas apresentáveis para a nova temporada, numa debandada que apanhou quase todos de forma desprevenida.

O ambiente na Luz já foi bem melhor do que aquele que se vive após as seis derrotas em oito jogos de preparação da águia, incluindo uma participação desastrosa na Emirates Cup e que em nada elevou o nome do clube.

Além de todas as saídas, dúvidas ou entradas esfumadas, o Benfica tem também demonstrado défice comunicacional para com os seus seguidores. Jorge Jesus, que parecia ter melhorado nesse capítulo na época passada (e também por aí passou o sucesso da águia), não tem tido a mesma assertividade por agora. Luís Filipe Vieira, depois de tantas movimentações, ainda não prestou qualquer esclarecimento.

Ainda assim, tudo isso poderá ser amenizado em caso de vitória numa competição onde as águias têm pecado bastante. Os encarnados registam apenas quatro conquistas na Supertaça Cândido de Oliveira, contra as sete do Sporting e as 20 do FC Porto - os dragões conquistaram mais de metade das edições até agora.



À terceira será de vez?

Por seu turno, o Rio Ave não soma qualquer conquista nesta competição, tal como não há tal registo na Taça de Portugal ou na Taça da Liga. Tal esteve muito próximo de acontecer na época passada, só que o Benfica foi a besta negra dos vilacondenses e arrecadou tudo.

Esta será, portanto, a terceira tentativa de superiorização a um Benfica que apenas tem assustado pelo nome. É que os vilacondenses até podem ter perdido as duas provas anteriores, mas tal não se deveu a falta de coragem ou determinação.

Agora, a moral está mais alta do que nunca no seio de um grupo apostado em concretizar com êxitos o crescimento que tem registado nos últimos anos e que fazem desta uma equipa com muito mais estofo do que a que, há uns anos, lutava apenas para se manter no principal escalão português.

Benfica favorito, dizem os números

As finais estão longe de serem ganhas na teoria, mas os números servem para espelhar alguma coisa. Neste caso, o Benfica é esmagador quando defronta o Rio Ave. Em 47 jogos, as águias ganharam 35 partidas (75%), contra apenas três dos vilacondenses (6%).

Homens para decidir

Serão várias as estrelas que vão pisar o relvado aveirense. No Benfica, os regressos de Enzo Pérez e Luisão são as principais atrações de uma equipa que tem outros nomes para decidir, como são os casos de Salvio, Gaitán ou Lima, além de Derley, um velho conhecido de Pedro Martins.

Em sentido oposto, as águias enfrentam também um problema psicológico na baliza, visto que Artur Moraes chega a esta partida 'de rastos' e sem alternativa à altura - ainda que existam dúvidas até ao apito inicial sobre quem será o titular (Paulo Lopes está na calha).

No Rio Ave, o egípcio Hassan, herói de Gotemburgo, é quem tem a cotação mais elevada, se bem que existam outros nomes, como o de Ukra, capazes de decidir. Interessante também é o facto de Filipe Augusto poder estar a fazer o seu último jogo pela equipa, ele que pode muito bem vir a ser colega de... Enzo Pérez, se ambos rumarem a Valencia.


Prováveis onzes titulares:

Benfica
Rio Ave


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