quinta-feira, 21 de novembro de 2013

«Não sei se vou à gala da Bola de Ouro»

CRISTIANO RONALDO NÃO ABRE O JOGO E AFIRMA QUE A DECISÃO NÃO

ESTÁ APENAS NAS SUAS MÃOS

«Não sei se vou à gala da Bola de Ouro»

Já passava da meia noite em Espanha, mas Cristiano Ronaldo não negou a possibilidade de ajudar quatro crianças que padecem de leucemia. Guillermo, Miguel, Victor e Jorge foram jornalistas por uma noite, fazendo as perguntas no programa "El Partido de las 12", da Cadena Cope, numa ação que serviu também promover as doações de medúla, uma luta que CR7 conheceu aquando do problema enfrentado por Gustavo Martins, filho de Carlos Martins. Os quatro miúdos que, conforme o próprio Ronaldo afirmou, está desde já convidados para uma possível festa, caso CR7 vença o prémio de melhor do Mundo.

Questionado por um dos miúdos sobre se iria ou não à Gala da Bola de Ouro, uma informação avançada em primeira mão por Record, CR7 foi enigmático: "Não estou a pensar na Bola de Ouro. Sei que a entrega é em janeiro, mas não posso dizer se vou ou não. Prefiro não dizer nada, porque as coisas não dependem de mim. O que mais quero é continuar a jogar assim, depois veremos o que se passa. Não estou obcecado com isso".

Não vive obcecado com o prémio de melhor do Mundo e também não se autointitula como tal... "Penso que não é só deste ano, mas tenho sempre mostrado um nível muito alto. Desde que estou em Madrid demonstro-o. Mas dizer que sou o melhor ou o pior, são gostos. Não posso agradar a todos. Há quem gosta de mim e quem não gosta. Se Deus não agradou a todos, vou eu agradar?", questionou.

O apoio dos adeptos

Depois de algumas dúvidas quanto à relação com os adeptos madrilenos, CR7 assegura que se sente plenamente feliz no clube espanhol: "Sinto-me muito acarinhado... Já vou na quinta temporada no Real, mas confesso que a princípio não sabia lidar bem, porque são pessoas especiais, com uma cultura diferente. Joguei em Portugal e em Ingalterra e sei o que é. Mas, depois, quando conquistas as pessoas, até nas ruas, as pessoas passam a gostar de ti, a apreciar o teu trabalho e a tua forma de jogar, a tua dedicação. Nos primeiros anos podia não me sentir triste, mas não me sentia identificado em campo. Mas depois comecei a pensar que podia estar enganado. As pessoas são assim e não mudam. É essa a sua mentalidade. Ao terceiro ano comecei a aprender a lidar e agora sinto-me uma pessoa 100% feliz. Gosto muito das pessoa de Madrid, assim como os adeptos do Real Madrid. Vivo um sonho ao entrar neste estádio. Gostam muito de mim e quero permanecer muitos mais anos aqui. Quero terminar o meu contrato, até porque depois de Madrid não encontrei um clube assim. Sinto uma grande alegria dos adeptos, principalmente fora do estádio. Pode parecer estranho, é certo que me sinto bem em campo, mas na rua é diferente. As pessoas, as crianças, todas gostam muito de mim. Falam-me de forma normal, mesmo quem não segue muito."

Questionado sobre as diferenças de mentalidade em comparação com os outros ambientes em que viveu, CR7 admite que já está habituado: "Em Espanha há uma mentalidade diferente, temos de nos acostumar e temos de os conquistar, dando tudo em campo. Mas, depois de conquistar, temos de manter o nível. Vejo pelos meus companheiros, que têm uma boa relação com os adeptos. Quero é que me vejam como um grande profissional, que dá tudo em campo, a fazer o que mais gosta."

Acabar em Madrid

"É possível. Não penso muito no futuro, gosto mais de pensar no presente. Quando é bom, quando te sentes bem e motivado para estar bem, o futuro preocupa-te menos. Na verdade sinto que quero terminar a carreira aqui. Gosto muito de jogar aqui, no melhor clube do Mundo."

A ajuda aos "verdadeiros heróis"

"Todos os jogadores mostraram solidariedade com ele [Carlos Martins], em ajudar o filho dele. Sabemos que é uma situação delicada. As pessoas podem pensar qeu é mutio difícil, mas é só tirar sangue e já está. Se tivesse de o fazer, faria-o. Não causa problemas, não dói e podemos ajudar muita gente, incluíndo crianças. Se podemos ajudar, não custa nada. Apelo para a participação das pessoas, principalmente em Espanha, que é um país com uma grande população. Sou dador de medúla há dois anos".

"É uma situação muito complicada, vi isso pelo filho do Carlos Martins, pelas histórias que contava. É óbvio que não gostaria de ter, nem queria que alguém da minha família tivesse. É um tema delicado, uma doença complicada, mas entendo as posições em que vocês estão agora. Vocês são os verdadeiros heróis. Para lutar contra esta doença é preciso muita força, seja física ou anímica. Pessoas que têm a doença e têm de viver e sorrir"

"Ser-me diagnosticado leucemia seria muito mau, espero nunca ter. Que Deus seja generoso comigo e com a minha família, assim como foi com vocês, que encontraram solução para a doença".

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