quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Se eu fosse o Bernardo Silva

Se eu fosse o Bernardo Silva 
Se eu fosse o Bernardo Silva seria um futuro craque. Seria capaz de driblar dois adversários como se de cones se tratassem. Dominaria qualquer bola, com qualquer parte do corpo. Jogaria de cabeça levantada e um segundo à frente de todos os outros. Colocaria a bola onde a quisesse, deixaria o jogador contrário sem saber onde a pus e o meu companheiro cara a cara com o golo.

Se eu fosse o Bernardo Silva seria o futuro da minha seleção. O maestro da mais afinada orquestra, o professor mais competente, vestido para gala em qualquer estádio. Reclamaria um lugar na equipa do Benfica, agarraria-o e não o largava até algum tubarão cometer uma loucura.

Se eu fosse o Jorge Jesus, mudaria o lóbi estrangeiro entranhado no nosso futebol como fumo de tabaco. Confiava a batuta ao Bernardo Silva, por muito prematuro que pudesse parecer. Defendê-lo-ia se falhasse e protegê-lo-ia a cada hipotético jogo menos conseguido. Se eu fosse o Jorge Jesus, rejubilaria quando visse Bernardo Silva a levantar troféus individuais e diria a todos que eu bem os tinha avisado!

Mas não sou. Não sou eu que escolho, não sou eu que mando. Resta-me esperar que aquele talento não acabe desperdiçado e à sombra de um qualquer sérvio, argentino ou uruguaio com o agente certo. Resta-me esperar que o Futebol ganhe.

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