Meia-final
da prova
FC
Porto – Benfica, 0-0 (3-4, gp): Final da Taça da Liga garantida
O estádio do Dragão recebeu, este domingo, a meia-final da
Taça da Liga. Depois de um nulo ao fim dos 90 minutos regulamentares, a partida
seguiu para a marca das grandes penalidades, o Benfica foi mais forte e venceu
por 3-4.
Mesmo a entrar de início com vários futebolistas que
habitualmente não são titulares, o Benfica entrou personalizado no estádio do
Dragão, a jogar no campo todo, a trocar a bola e a pressionar alto. Não
obstante, os primeiros dez minutos viu os remates de Lima e de Jackson Martínez
passarem perto das balizas.
Após excelentes indicações do Benfica nos primeiros minutos,
o FC Porto subiu as linhas, pressionou mais e esteve perto de marcar por
intermédio de Jackson Martínez aos 21’ e aos 25 minutos, sendo que no último
remate Oblak fez uma excelente mancha.
Aos 32 minutos, o árbitro Marco Ferreira decidiu ser
protagonista. Jackson Martínez passou por Steven Vitória e foi derrubado à
entrada da área. Aceitava-se o cartão amarelo, dado que havia vários jogadores
no enfiamento da jogada, mas o jiuz mostrou o cartão vermelho. Contudo, três
minutos depois, Alex Sandro colocou a mão à bola, mas, aí, Marco Ferreira nem
cartão mostrou.
Curiosamente, com dez jogadores, o Benfica subiu no terreno,
ganhou mais segundas bolas e equilibrou a contenda que chegou aos 45 minutos
com um nulo. Na segunda parte, e apesar de jogar com menos um na casa de um
rival, o Benfica esteve muito maduro no relvado, sem dar espaços ao adversário
que tornou o seu futebol previsível.
Os da Luz não deixaram, contudo, de tentar sair a jogar em
transições rápidas que colocavam a defesa dos “azuis-e-brancos” em sentido. Com
uma exibição inteligente a vários níveis e sem mácula, o Benfica aguentou o
nulo até ao fim dos 90 minutos, levando o jogo para a marca das grandes
penalidades.
Grandes penalidades SL Benfica: Siqueira – golo, Garay –
falhou, Jardel – golo, André Gomes – falhou, Enzo Perez – golo, Ivan Cavaleiro
– golo.
Grandes penalidades FC Porto: Quintero – golo, Jackson
Martínez – falhou, Ghilas – golo, Maicon – falhou, Varela – golo, Fernando –
falhou.
Desta forma, o Benfica garantiu a presença na final que será
disputada em Leiria no dia 7 de Maio.
O Sport Lisboa e Benfica alinhou com o seguinte onze: Oblak;
André Almeida, Jardel, Steven Vitória, Siqueira; Ruben Amorim (Enzo Perez,
78’), André Gomes, Ivan Cavaleiro, Sulejmani; Lima (Garay, 36’) e Cardozo
(Markovic, 63’).
Destaques: Oblak segurou a final da Taça da Liga nas luvas
A equipa do Benfica garantiu, este domingo, a presença na
final da Taça da Liga após ter ganho através da marca de grandes penalidades
por 3-4. Jan Oblak foi o melhor ao defender tudo o que havia para defender.
Oblak – O esloveno esteve em evidência na baliza. Fez uma
série importante de defesas e elevada concentração nas saídas e a fazer as
manchas. Também nas alturas foi dono e senhor. Sempre seguro deu confiança à
equipa. Nas grandes penalidades foi um herói.
André Almeida – Varela deu-lhe muito que fazer com as suas
diagonais. Fez vários cortes. Subiu de rendimento na segunda metade e foi
anulando quem lhe aparecia pela frente.
Jardel – O defesa central esteve sóbrio na posição. Ganhou
uma série de lances aos adversários, seja pelo ar ou à flor da relva e não
sentiu a pressão de substituir o capitão.
Steven Vitória – Sem rotinas de equipa principal, o português
fez uso da sua estampa física para ganhar alguns duelos. Saiu por expulsão de
forma injusta.
Siqueira – Defende quase sempre bem e subir no terreno é
condição sinequanone no seu futebol. Combinou bem com Sulejmani e deu poucos
espaços a Quaresma ou Varela.
Ruben Amorim – Na posição 6, o benfiquista esteve intratável
na recuperação de bola. Correu quilómetros, nem parece que vem de uma ausência
longa por lesão e tentou fazer a ligação da defesa com o ataque. Saiu esgotado.
André Gomes – Os seus pés tratam a bola com elevada
delicadeza e elegância. Joga de cabeça levantada e sabe sempre o que quer
fazer. Preocupou-se muito com Fernando e segurou a bola nos momentos de maior
aperto.
Ivan Cavaleiro – Sempre que solicitado, o jovem deu
velocidade e dinamismo ao jogo “encarnado”. Tentou combinar com os seus
companheiros para abrir espaços na defensiva portista e seguir em velocidade
para o espaço guardado por Fabiano.
Sulejmani – Foi dos que entrou melhor no jogo. Rápido sobre
a bola, venceu vários duelos e serpenteou para furar o sector mais recuado.
Sacrificou-se pela equipa na ajuda defensiva.
Lima – Com a expulsão de Steven Vitória acabou por ser
sacrificado, mas até lá esteve muito em jogo a segurar o esférico e na luta
física. É dele o primeiro disparo à baliza e que não passou longe.
Cardozo – A sua presença intimida mesmo que não tenha muita
bola. Impôs a sua estampa para tentar ganhar segundas bolas e trazer a equipa
para a frente.
Garay – Entrou devido à expulsão de Steven Vitória. Com a
segurança e elegância habituais, o argentino não perdeu um único lance para um
jogador oponente.
Markovic – A jogar como falso 9, o sérvio tinha ordens para
arrancar em velocidade sempre que detinha a bola. Não é posicional, logo os
defesas sentiram dificuldades em marcá-lo. Recuperou algumas bolas.
Enzo Perez – A sua entrada deu maior equilíbrio ao “miolo”
benfiquista e o jogo até ganhou verticalidade.
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