terça-feira, 6 de maio de 2014

Prazos de recurso por Markovic são apertados

PEDRO MIGUEL BRANCO
Prazos de recurso por Markovic são apertados
Jurista Pedro Miguel Branco fala em "insuficiência de provas" na fundamentação apresentada pelos encarnados em relação ao castigo que afasta o avançado sérvio da final da Liga Europa.

O Benfica ainda poderá recorrer da decisão do Comité de Disciplina da UEFA para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), mas a utilização de Lazar Markovic na final de Turim estará definitivamente comprometida.
Em declarações a Bola Branca, o jurista Pedro Miguel Branco considera que a proximidade da data da final da Liga Europa – 14 de Maio – condiciona fortemente um eventual recurso do Benfica, ainda que com carácter de urgência.
"Poderá recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto. Uma alternativa que o Benfica pode eventualmente explorar é pedir a urgência nesse procedimento, mas ainda assim não há efeito suspensivo. A final está marcada e não serria adiada, a não ser que se tratasse de um motivo gravíssimo. Aqui, nem a UEFA nem o tribunal abrem excepções" avisa Pedro Miguel Branco, recomendando ao Benfica que, para ter alguma possibilidade na despenalização de Markovic, tente que a Juventus se junte ao processo.
"Se fosse feito um recurso conjunto com a Juventus, em nome da justiça desportiva, podia ser que o tribunal tomasse essa decisão. Mas não acredito muito nisso. Estamos a falar meramente de um jogador. Em termos processuais o que conta é o relatório do árbitro e para se conseguir reverter uma decisão que consta de um relatório é muito complicado", sustenta.
Por outro lado, Pedro Miguel Branco entende que a decisão do organismo que tutela o futebol europeu muito dificilmente será revertida a favor do Benfica. O jurista enquadra a decisão do comité disciplinar da UEFA, num contexto de insuficiência de provas apresentadas pelos encarnados.
"Seria diferente se Markovic nem sequer tivesse estado perto da confusão", explica. "Tendo estado perto", prossegue, "o árbitro pode sempre entender que ele teve algum tipo de conduta anti-desportiva, mesmo que não tenha sido com o tal jogador da Juventus (Vucinic)".

"Aqui, a palavra do árbitro é que prevalece. Tinham que ser apresentadas provas esclarecedoras de que o árbitro errou, não propositadamente, mas que errou. Se efectivamente a UEFA considerou que não havia essas provas esclarecedoras, também não estou em crer que o tribunal vá tomar uma decisão diferente", conclui.

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