Chegou ao Benfica em 2006, com 18 anos, sem nunca ter passado pelo escalão principal do futebol Brasil. David Luiz fala da carreira e da evolução que lhe permitiu ser, hoje, um dos jogadores mais adorados da seleção.
David Luiz está rendido a Markovic. O central da seleção brasileira elege o sérvio como o jogador que mais interesse lhe tem suscitado.
«Sinto-me privilegiado. Fui para Europa com 18 anos, saltei etapas. Comecei no Vitória da Bahia, na terceira divisão, e de repente estava num dos maiores clubes da Europa (Benfica), o maior clube de Portugal, com o maior número de associados no Mundo inteiro. Comecei a construir minha carreira fora do Brasil mas sempre com essa vontade de que povo brasileiro reconhecesse meu trabalho, a pessoa que eu sou, e isso veio depois com a oportunidade na Seleção. Hoje sinto esse carinho, sinto que as pessoas me conhecem não só como jogador, mas também como pessoa, e isso é o mais importante para mim», disse em entrevista aoGlobosporte.
Questionado se gosta de ver futebol nas férias, David Luiz revelou que continua a acompanhar de perto os jogos do Benfica: «Gosto de ver os jogadores jovens que estão a aparecer. Um que provou e que vi muito este ano foi o Markovic (Benfica). A dinâmica de jogo, a sequência com que ele toca na bola. Muito bom. Tenho canais portugueses em casa e vejo.»
Numa extensa conversa, o ex-jogador do Benfica abordou vários temas, entre elas a aparente calma que mantém durante todo o jogo. "Muitas vezes quando parece que estou explosivo, estou totalmente a controlar a minha ação. É para se impor. Uma das coisas que aprendi é controlar a minha mente, as minhas ações. Quando a gente perde a cabeça, é quando faz alguma asneira, referiu, apontando o trabalho que teve enquanto jogou no futebol português.
"Eu falo com os psicólogos. Sempre gostei. A pessoa inteligente é aquela que quer aprender com todos. Sempre fui aberto pra aprender. Muitas vezes quando falam de psicólogo, alguém diz: 'Não sou maluco'. Calma, gente, é só conversar. Fiz trabalhos assim no Benfica. Fiz trabalho para me concentrar nas faltas. Para me fechar no meu mundo, esquecer tudo, concentrar-me nas faltas e penáltis, por exemplo", apontou.
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