domingo, 17 de agosto de 2014

Benfica-P. Ferreira, 2-0 (destaques)

Destaques individuais: Gaitán orquestrou Campeão Nacional

Gaitán, o talento que suporta a 10

A figura: Gaitán 

De menos a mais, até sair como figura. Nico Gaitán tem tanta classe nos pés que até abusa. Na maioria das vezes, bem. Em raras ocasiões, mal. Mas ninguém fica indiferente ao que pensa e executa o argentino da camisola 10. Quando aos 25 minutos Maxi Pereira saiu da lateral para o meio, apenas Nico Gaitán percebeu que o uruguaio precisava de um apoio. Inteligente, saiu do meio da defesa e, num toque simples, deixou o colega na cara do golo. Menos simples, mas igualmente visionário três minutos depois: um passe tremendo para Salvio, que do outro lado, já na área, desperdiçou. A jogada repetir-se-ia no segundo tempo com resultado diferente. O pé esquerdo de Gaitán voltou a levar a bola à cabeça de Salvio, noutro momento brilhante do 10. O compatriota encarregou-se de marcar e dar a segunda assistência a Gaitán. O 10 da Luz acrescentou qualidade individual ao jogo do Benfica e é, provavelmente, um dos dois jogadores do plantel cujo talento consegue suportar o peso da camisola 10. P.S- quando se fala que por vezes abusa mal da classe, refere-se às vezes em que Gaitán deve utilizar a força para definir, como num contra-ataque na primeira parte, ou o último lance do jogo. 

O momento: minuto 10 

Numa dezena de minutos, o Paços era mais equipa que o Benfica. A estratégia dos visitantes sobrepunha-se e só não teve resultados no marcador porque Manuel José não fez golo no penálti de que dispôs. Artur defendeu e, pouco depois, aquela ideia de o paços estar melhor iria inverter-se. 

O Sport Lisboa e Benfica, Campeão Nacional, começou a defesa do título da melhor maneira ao vencer em casa o Paços de Ferreira, por 2-0. Nico Gaitán foi a figura do jogo. O 10 do Benfica foi decisivo ao realizar duas assistências para golo.

Artur Moraes:
 Numa altura em que se fala de um imperador para a baliza da Luz, Artur continua rei. Pelo menos, nos penáltis. O guardião brasileiro voltou a demonstrar algumas dificuldades a jogar com os pés, mas hora da decisão defendeu a grande penalidade de Manuel José. Saíra da Supertaça de Aveiro como último herói do Benfica. Neste domingo, começou por ser o primeiro. Uma defesa fundamental e o primeiro ato a afastar a maldição da primeira jornada. 

Maxi Pereira: Um coração ao serviço do Benfica. O uruguaio foi incansável no jogo, a bombar pelo lado direito, fosse em ação defensiva, fosse na outra vertente. Ora, ao contrário de Eliseu, o outro lateral, Maxi Pereira conseguiu afastar todos os problemas que lhe colocaram. Depois, com Salvio, dinamizou o flanco direito. É verdade que o argentino começou por dar o mote, mas Maxi acompanhou-o de imediato. Tanto assim foi que o lateral marcou mesmo o primeiro na Luz. Numa jogada em que teve de vir para o meio, por falta de espaço para a linha de fundo. Depois, foi só receber do génio da Luz e bater Defendi. 

Luisão: O capitão do Sport Lisboa e Benfica realizou um jogo muito seguro e esteve sempre no sítio certo para cortar os lances de perigo do Paços de Ferreira.

Jardel: O central justificou mais uma vez a aposta de Jorge Jesus, formou juntamente com Luisão uma muralha intransponível na defesa “encarnada”.

Eliseu: O lateral, ex-Málaga, ainda está a tentar entrosar-se na equipa, mas na segunda parte esteve muito bem no capítulo ofensivo, tendo estado perto do golo ao minuto 77.

Ruben Amorim: O internacional português desempenhou um papel fundamental no meio campo, recuperando muitas bolas.

Enzo Perez: O vice-campeão do Mundo foi o motor do meio campo encarnado até ser substituído por Franco Jara aos 42’.

Talisca: Começou o jogo na frente de ataque a dar apoio directo a Lima, mas foi com a saída de Enzo Perez que deu nas vistas, jogou e fez jogar a equipa do Benfica.

Salvio: Marcou o segundo da noite na Luz e mereceu-o. Toto Salvio foi o primeiro entre encarnados a conseguir desequilibrar. Com a equipa em menor produção, puxou da qualidade individual para chegar à linha de fundo e abrir a defesa pacense. Ou seja, foi ele que transportou o Benfica para um nível superior aos minutos iniciais. No segundo tempo, fez o que muitas vezes faz. Entrou na área e finalizou. É o melhor extremo do Benfica nesse aspeto: tem muito golo e, com o primeiro da temporada, serenou a Luz. 

Lima: O avançado fez uma boa exibição, estando várias vezes perto do golo até sair aos 87’.

Jara: Entrou para o lugar de Enzo Perez aos 42 minutos. Durante todo o encontro o atacante argentino esteve sempre muito inconformado e deixou tudo em campo.

André Almeida: Entrou para o lugar de Talisca aos 74’ e deixou boas indicações. O médio promete lutar por um lugar no vértice mais recuado do meio campo benfiquista.


Ola John: Entrou no final da partida para o lugar do avançado Lima aos 87’.

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