Samaris, o voluntário grego

Samaris, o voluntário grego

As pequenas ruas do Centro histórico de Patras, à volta de um imponente museu arqueológico, costumam estar cheias de turistas que querem visitar a terceira maior cidade da Grécia. Situada a cerca de 215 quilómetros de Atenas, Patras é porta de entrada para o Ocidente, graças à sua posição geográfica e, principalmente, por causa do seu porto, que liga o país com muitos portos de Itália, por exemplo.

Estreia de Samaris pode acontecer frente ao Sporting

Além de um cenário natural de rara beleza, Patras é conhecida no mundo pelo seu carnaval mas também pela excelência das suas praias onde, curiosamente, Andreas Samaris começou a dar os primeiros pontapés na bola, quando ainda sonhava ser um jogador de futebol.

De seguida, caro leitor, como já deve ter percebido, vamos falar de Andreas Samaris. Jorge Jesus garantiu, esta sexta-feira, que o médio grego vai ser chamado para o dérbi e o zerozero.pt foi conhecer melhor este helénico que chegou ao Benfica esta temporada para reforçar o leque de opções de Jesus no 'ataque' ao título e em outros objetivos que têm os rapazes da Luz. 

Sempre pronto a ajudar o próximo, Samaris nunca nega o seu apoio aos mais desfavorecidos. Por isso, quando alinhava na Grécia, participava com frequência em ações de voluntariado e solidariedade.

Samaris durante uma ação de voluntariado na Grécia 

Podendo jogar em qualquer posição do meio-campo, o próprio assumiu isso mesmo na sua apresentação perante as câmeras da Benfica TV, Samaris é também um voluntário em campo.

«É um bom companheiro, muito profissional e muito influente dentro de campo. Taticamente é muito forte e destacou-se na marcação de livres diretos na época passada», explicou Paulo Machado, seu antigo companheiro no balneário do Olympiacos na última época, em entrevista ao zerozero.pt.

Com uma fácil condução de bola, não é difícil encontrar Samaris em zonas mais avançadas do terreno no apoio ao setor mais adiantado. Mas este médio, que tem 25 anos, segura também o jogo com a capacidade e técnica de um médio box-to-box. Opinião rubricada por Paulo Machado.

«Eu pessoalmente gostava de jogar com ele ao meu lado, a 8 e com o Maniatis nas nossas costas, porque é um jogador que percebe bem os momentos do jogo, as compensações que é preciso fazer e troca muito bem a bola. Mas quando jogava mais recuado dava perfeitamente conta do recado e ajudava muito na primeira fase de construção. Pode fazer ambas as posições, de acordo com o que o mister Jorge Jesus quiser em cada jogo.»

O internacional grego tem ao serviço dos campeões de Portugal a sua primeira experiência fora da Grécia, depois de passagens pelo PAO Varda, Panionios e Olympiacos, onde se sagrou campeão. 

Estreia de Samaris pode acontecer na Luz frente ao Sporting 

Samaris esteve presente no último Mundial no Brasil, tendo marcado um golo na partida com a Costa do Marfim e o Campeonato do Mundo abriu-lhe as portas do Estádio da Luz.

Paulo Machado entende que Samaris vai ser «trabalhado» por Jorge Jesus que o fará «evoluir» ao ponto do internacional português não ter muitas dúvidas de que o jogador grego «entrará de caras» no onze.

O seu último ano no Olympiacos foi de todos o mais proveitoso. Samaris alinhou em 38 jogos (seis na Liga dos Campeões) e quatro golos assinados, todos na Liga grega.

Calmo e tranquilo, Samaris procura sempre «fazer bem o que lhe é pedido». 

«É um rapaz calmo e pacato. Às vezes picávamo-nos nos treinos para ver quem batia melhores bolas paradas, mas sempre com boa disposição», explicou Paulo Machado ao nosso jornal, não escondendo que Samaris nunca vira a cara à luta.

«É reservado mas quando é para ajudar diz sempre "presente". É um bom companheiro e desejo-lhe muita felicidade em Portugal.»