ADVOGADO DE JESUS DESTACA CELERIDADE DO PROCESSO
Carlos de Paulo: «É um caso peculiar pois os factos foram transmitidos em direto»
Carlos de Paulo, advogado que acompanhou Jorge Jesus nesta segunda-feira na deslocação ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, para depor no âmbito doinquérito aos incidentes no final do jogo do Benfica com o V. Guimarães, alerta para a especificidade de um processo que resulta de um episódio que foi mediatizado até à exaustão.
"Entendo que o processo é célere porque foram convocados os intervenientes em menos de dois meses e a prática não é essa. Mas os prazos estão previstos na lei", começou por dizer o advogado à saída do DIAP.
"No meu entender é um caso diferente porque já é do domínio público, uma vez que os factos foram transmitidos em direto. Por outro lado, estavam presentes muitos órgãos de comunicação social e foi produzida prova documental enormíssima. Estamos na fase de inquérito criminal, que obriga a segredo de justiça, mas entendo que este é um caso peculiar, uma vez que os factos foram transmitidos em direto e não há memória de um caso que tenha tido milhões de pessoas a assistir", justificou Carlos de Paulo, reforçando:
"Está a ser investigada a eventualidade de ter sido crime, mas todo o país já sabe e já se está a pronunciar sobre isso. Juristas, como o dr. Rui Pereira, e outros, já se pronunciaram também. Isto significa que é processo diferente dos outros nessa medida."
"O futebol congemina paixões e tudo isso tem um impacto diferente. Factos tem várias exoplicações, mas qualquer observador que viu já emitiu um juízo", encerrou o advogado que representou o treinador do Benfica.
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