domingo, 19 de janeiro de 2014

Destaques do jogo Benfica-Marítimo

Destaquesdo jogo Benfica-Marítimo

Dos pés de Rodrigo aos rins de Oblak

A figura: Rodrigo

O Rodrigo pré-Zénit está de volta. Já não há modo de o esconder. Voltou a marcar ao Marítimo, agora na Luz, e em dose dupla, para não acontecer o mesmo que aconteceu nos Barreiros na primeira jornada. No 1-0, enfiou outro pontapé cheio de força, mais ou menos de onde tinha marcado ao FC Porto, uma semana antes. Um remate de confiança, diga-se, uma confiança que tem ganho com minutos proporcionados pela longa ausência de Cardozo da equipa. Depois do 1-0, viu-se Rodrigo a correr para trás também, em saídas rápidos do Marítimo, para proteger a baliza de Oblak. Ora, se tinha marcado aos 19, o número que usa na camisola, voltou a fazê-lo aos 35. Certo, partiu em posição irregular. O assistente pode não ter feito o que lhe competia, mas o hispano-brasileiro foi competentíssimo, calmo e certeiro. De pé direito, resolveu o jogo e de pé direito falhou o hat-trick. Aquele Rodrigo que se viu após a lesão em Sã oPetersburgo parece que já é passado.

O momento: miunto 35
O Benfica vence por 1-0, mas o Marítimo já ameaçou por duas vezes a baliza de Oblak. João Diogo é o último do Marítimo e fica com a bola, com Rodrigo e Markovic demasiado perto. O lateral não despacha serviço e fica sem bola. Um erro madeirense, seguido de outro do assistente deram azo a que Rodrigo partisse para a baliza e assinasse o 2-0. A partir daí...

Outros destaques


OblakSe tem ponta de nervosismo por ter a responsabilidade de defender uma das balizas mais cobiçadas do país, Oblak não o demonstra. Pelo contrário, parece que tem uma calma olímpica, fruto de uma estratégia clara: risco mínimo. Oblak joga sempre pelo seguro o que é meio caminho para não errar. Por exemplo, teve um lance no primeiro tempo em que jogou com os pés, dentro da área, quando a bola até podia ser agarrada. Minimizou o risco e atirou a bola para fora, numa jogada deprevenção. Depois, ainda no primeiro tempo, demonstrou atenção e reflexos. Num primeiro remate de Derley foi surpreendido pelo ressalto da bola no relvado, mas como teve boa colocação dali não veio mal. No canto consequente, teve um golpe de rins invejável e evitou o empate madeirense. Na segunda parte, voltou a mostrar o mesmo, inclusive a remate de Danilo Dias, aos 57 minutos. Maior intervenção teve ainda aos 84, ao desviar para o poste uma bola de Heldon. Quando foi preciso estava lá para evitar males maiores.

GaitánUm artista da bola. A jogada do 1-0 começa nele, numa daquelas maldades que ele por vezes faz aos adversários. Bola entre as pernas de um madeirense, bola no pé esquerdo e passe para Lima. Não chegou ao destino, é verdade, mas originou o erro de Igor Rossi. Mas Gaitán foi mais do que uma simples jogada, ainda que a noite não tenha sido suprema, como outras anteriores, em que marcou golos ou fez assistências. Mas esteve perto de o conseguir, num lançamento lateral! Até quando a bola estava fora de campo, esteve sempre a pensar no que vinha a seguir na jogada.

FejsaO mais provável aconteceu e Fejsa foi mesmo o substituto de Matic no meio-campo do Benfica. Por outras palavras, foi o «Manel» de que o treinador falou após a vitória sobre o Penafiel. E como foi Fejsa? Igual ao que já se tinha visto e observado sobre o sérvio. Esteve sempre bem na recuperação, ajudou imenso a filtrar jogo a meio-campo. Mas é obviamente diferente de Matic como já se tinhapercebido. Não transporta a bola, não faz a equipa ganhar metros como acontecia com o compatriotam, sobretudo na parte final dos jogos, em que metade dos que andam em campo já jogam com as últimas forças. Falta ver ainda como se comporta a equipa em jogos em que tenha de pressionar mais à frente, porque neste não houve necessidade para tal. Esta última resume-se a isto: no jogo com o FC Porto, Enzo Pérez andou entre Fernando e Lucho, com Matic a agarrar Carlos Eduardo e ainda a ir às dobras, a varrer de um lado ao outro do relvado. Fejsa conseguirá fazê-lo? 

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