sexta-feira, 28 de março de 2014

Jobey Thomas: “O Benfica é um Clube muito profissional”

Entrevista ao Jornal "O Benfica"

Jobey Thomas: “O Benfica é um Clube muito profissional”

Jobey Thomas: O triplista que quer ser pastor da igreja

É o jogador com mais triplos convertidos na Liga e também um dos melhores marcadores da prova. Após dez anos a jogar em Itália, o norte-americano Jobey Thomas, que completou 34 anos no início desta semana, fala da experiência enriquecedora que está a ter naquele que é um regresso a Portugal. O norte-americano, Jobey Thomas, joga Basquetebol no SL Benfica, mas há mais vida para além do Desporto. Na entrevista concedida ao Jornal “O Benfica” e à Benfica TV, o base dá a conhecer aos adeptos o lado mais intimista.

Como surgiu a hipótese de representar o Benfica?
Eu planeava reformar-me do Basquetebol e estava à procura de emprego no meu país. Levei o Verão a pensar o que seria melhor para a família e estava a um dia de aceitar um emprego de professor numa escola particular. Foi aí que recebi o telefonema do Benfica. Fiquei surpreendido, mas ao mesmo tempo muito honrado. Eu e a minha mulher começámos a pensar no assunto, como seria divertido terminar a carreira no País onde comecei a carreira. Tínhamos boas recordações da cidade e do País, e decidimos arriscar.

E como está a ser esta aventura?
Estamos a adorar, tem sido uma óptima experiência. Já joguei em alguns grandes clubes do Basquetebol europeu e o Benfica é, honestamente, um dos mais profissionais que conheci. É um Clube muito profissional e os adeptos são óptimos, os colegas de equipa também e tenho adorado tudo até agora.

Já venceu a Taça Hugo dos Santos, a Supertaça e recentemente a Taça de Portugal pelo Benfica. Quais são os seus objectivos para o resto da época?
É ganhar o Campeonato. Nunca ganhei um na minha carreira profissional, estive perto, mas nunca aconteceu e sempre sonhei acabar a carreira ao mais alto nível.

É um dos jogadores mais queridos dos adeptos, mas também um dos mais discretos…
A relação com os adeptos tem sido muito positiva, mas tento não prestar muita atenção na reacção dos outros comigo. Tento apenas fazer o meu trabalho da melhor forma e deixar os resultados falarem por si.

O que recorda da sua infância?
O Desporto sempre fez parte da minha vida. Era só eu e o meu irmão e como temos idades muito próximas lembro-me de jogarmos não só Basquetebol, mas também Basebol que era a modalidade preferida durante grande parte da minha infância, bem como o Ténis. Era muito competitivo em todos!

Como foi crescer em Charlotte na Carolina do Norte?
É uma óptima cidade! Eu gosto porque não é tão grande como Nova Iorque, mas também não é muito pequena. Tem cerca de um milhão de habitantes e tem muito espaço verde e é um sítio muito confortável para se viver. Estamos a duas horas das montanhas, a três da praia e, por isso, é um óptimo sítio para viver.

A sua família apoiou a decisão de se tornar jogador profissional?
Sim. No liceu houve um momento de viragem na minha carreira desportiva. Era um bom jogador de basebol e o meu pai imaginava que nunca teria sucesso como basquetebolista, porque é mais difícil, mesmo ao nível dos estudos, mas acabei por desistir do Basebol para me dedicar a 100% ao Basquetebol. Ele não ficou contente, o que só me motivou ainda mais! Depois houve uma vez que comecei a ser chamado pelas universidades, ele soube que já não teria de pagar pela minha educação e ficou muito contente!

Qual e o verdadeiro significado de ser pai e marido?
É uma responsabilidade enorme, cheia de desafios. Os meus colegas de equipa brincam porque saem dos treinos e vão descansar e eu não posso, mantenho-me sempre ocupado! Mas não trocava essa situação por nada, é muito reconfortante. Poder estar com eles e vê-los crescer é uma alegria.

O que pensa fazer quando colocar um ponto final na carreira?
Ainda não tenho a certeza. Tenho algumas ideias que passam por ser treinador ou também penso ser pastor da minha igreja, voltando a estudar no seminário para conseguir ampliar o estudo da bíblia. São as duas ideias que tenho, para já, mas também pode haver a oportunidade de trabalhar com basquetebolistas e ajudá-los a encontrar as melhores universidades para eles.

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