quarta-feira, 14 de maio de 2014

Conheça o benfiquista que inventou a herdeira da vuvuzela



Conheça o benfiquista que inventou a herdeira da vuvuzela

Há uma corneta especial com as cores do Benfica a fazer-se ouvir no centro de Turim

No centro de Turim, por entre os cânticos dos adeptos do Benfica, o Maisfutebol encontrou um som peculiar. O responsável é David dos Santos, um emigrante português na Bélgica, e a sua «Diabólica», um espécie de pequena corneta, que está já a fazer sucesso em todo o mundo.

Inspirada nas gaitas espanholas, a diabólica tem a particularidade de ser pequena e desmontável, para ser mais fácil de transportar. Quando montada, produz dois sons distintos: um contínuo e outro intercalado, ambos a cerca de 98 decibéis. David dos Santos e o sócio compraram a patente e produzem agora diabólica com as cores de várias seleções e clubes.

«Queremos que a diabólica seja no Mundial de 2014, o que a vuvuzela foi em 2010», conta à nossa reportagem este adepto do Benfica, que trouxe para Turim uma corneta com as cores do clube encarnado.

Desde novembro, altura em que começaram a ser vendidas, já foram distribuídas 400 mil diabólicas e David dos Santos prevê que o número chegue a um milhão até ao final do Mundial. «Depois fazemos uma diabólica de ouro», garante.

As primeiras foram vendidas na Bélgica, com as cores da seleção local, cuja alcunha foi usada para dar o nome à diabólica, com o preço de cerca de 9 euros. Depois vieram outras cores e outros mercados. Em Portugal, comprar uma diabólica custa 13,5 euros.

David dos Santos conta que esta corneta especial já chegou à Austrália, Colômbia e Brasil. Através de um protocolo, por intermédio de Paulo Sousa, uma das caras da Diabólica, já há cornetas com as cores do Maccabi Tel Aviv. E foram distribuídas diabólicas a um clube que os criadores patrocinam no Quénia, e outras, com as cores da Unicef, a crianças de todo o mundo.

Mas David dos Santos garante que a Diabólica não é para ser usada como a vuvuzela. «Não é para estar a fazer barulho durante o jogo todo. É para usar como as antigas buzinas a gás, que agora são proíbidas, só quando se faz um golo ou quando há algo a celebrar».

Apesar de percorrer o mundo a promover a Diabólica, este é um dia diferente para o emigrante português. «Estou aqui para curtir. Trouxe cem diabólicas, mas é para oferecer, para o pessoal fazer barulho durante o jogo», conta.
Diabólica na festa do Benfica Campeão em Bruxelas

O entusiasmo e intensidade com que promove o produto é o mesmo com que fala do clube. «Sigo o Benfica para todo o lado. Uma vez furei a mão num arame farpado para conseguir uma camisola do Petit, quando o Benfica foi jogar a Charleroi», recorda.


E de Diabólica em punho, lá segue David dos Santos a fazer a festa no centro de Turim, antes que chegue a hora da final de mais logo, frente ao Sevilha.

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