Conheça o
benfiquista que inventou a herdeira da vuvuzela
Há uma corneta
especial com as cores do Benfica a fazer-se ouvir no centro de Turim
No centro de
Turim, por entre os cânticos dos adeptos do Benfica, o Maisfutebol encontrou um
som peculiar. O responsável é David dos Santos, um emigrante português na
Bélgica, e a sua «Diabólica», um espécie de pequena corneta, que está já a
fazer sucesso em todo o mundo.
Inspirada nas
gaitas espanholas, a diabólica tem a particularidade de ser pequena e
desmontável, para ser mais fácil de transportar. Quando montada, produz dois
sons distintos: um contínuo e outro intercalado, ambos a cerca de 98 decibéis.
David dos Santos e o sócio compraram a patente e produzem agora diabólica com
as cores de várias seleções e clubes.
«Queremos que a
diabólica seja no Mundial de 2014, o que a vuvuzela foi em 2010», conta à nossa
reportagem este adepto do Benfica, que trouxe para Turim uma corneta com as
cores do clube encarnado.
Desde novembro,
altura em que começaram a ser vendidas, já foram distribuídas 400 mil
diabólicas e David dos Santos prevê que o número chegue a um milhão até ao
final do Mundial. «Depois fazemos uma diabólica de ouro», garante.
As primeiras foram
vendidas na Bélgica, com as cores da seleção local, cuja alcunha foi usada para
dar o nome à diabólica, com o preço de cerca de 9 euros. Depois vieram outras
cores e outros mercados. Em Portugal, comprar uma diabólica custa 13,5 euros.
David dos Santos
conta que esta corneta especial já chegou à Austrália, Colômbia e Brasil.
Através de um protocolo, por intermédio de Paulo Sousa, uma das caras da
Diabólica, já há cornetas com as cores do Maccabi Tel Aviv. E foram
distribuídas diabólicas a um clube que os criadores patrocinam no Quénia, e
outras, com as cores da Unicef, a crianças de todo o mundo.
Mas David dos
Santos garante que a Diabólica não é para ser usada como a vuvuzela. «Não é
para estar a fazer barulho durante o jogo todo. É para usar como as antigas
buzinas a gás, que agora são proíbidas, só quando se faz um golo ou quando há
algo a celebrar».
Apesar de
percorrer o mundo a promover a Diabólica, este é um dia diferente para o
emigrante português. «Estou aqui para curtir. Trouxe cem diabólicas, mas é para
oferecer, para o pessoal fazer barulho durante o jogo», conta.
Diabólica na
festa do Benfica Campeão em Bruxelas
O entusiasmo e
intensidade com que promove o produto é o mesmo com que fala do clube. «Sigo o
Benfica para todo o lado. Uma vez furei a mão num arame farpado para conseguir
uma camisola do Petit, quando o Benfica foi jogar a Charleroi», recorda.
E de Diabólica
em punho, lá segue David dos Santos a fazer a festa no centro de Turim, antes
que chegue a hora da final de mais logo, frente ao Sevilha.
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