sexta-feira, 9 de maio de 2014

Jorge Jesus: «Temos todas as possibilidades de vencer a Liga Europa»




«Tenho sempre a mala feita»



Treinador não acredita em estados de graça mas sim na qualidade do trabalho

Apesar de já ter garantido o título de campeão nacional e Taça da Liga, Jorge Jesus prefere não falar em estados de graça.

"As dinâmicas são de vitória e essas dão confiança, moral para abordarmos o jogo de uma maneira que não nos deixe dúvidas. Já conquistámos dois troféus e temos mais duas finais pela frente. Independentemente do que acontecer, estamos a fazer história este ano. Os objetivos do trabalho estão a ser conseguidos. Nunca há estado de graça do treinador. Sabe o que é o estado de graça para mim? É o meu pensamento: tenho sempre a mala feita. Tenho o meu critério, acredito muito no meu valor mas escolhi uma profissao que não me ilude: hoje é estado de graça, amanhã não", referiu esta sexta-feira em conferência de imprensa.

Sobre o seu futuro próximo, Jorge Jesus preferiu não se pronunciar.

"Prefiro não comentar. Mas quanto mais chegamos a estas decisões, mais são conhecidos no Mundo os jogadores e as pessoas envolvidas, são mais valorizados. O que vai acontecer? Não sei, mas é como o português costuma dizer: a Deus pertence".

«Temos todas as possibilidades de vencer a Liga Europa»


Técnico não esconde ambição para turim

Jorge Jesus não esconde o otimismo antes da final da Liga Europa na qual vai defrontar o Sevilha na próxima quarta-feira, em Turim. Em conferência de imprensa de antevisão ao encontro no âmbito do Media Open Day, o técnico dos encarnados garante que ainda tem algum trabalho para fazer até voar para Itália.

"A estratégia ainda não está definida, mas ainda tenho tempo para o fazer, está concebida mas não está consumada. Espero um adversário forte. Conheço bem o Sevilha, mas ainda não me debrucei bem sobre a equipa e o seu valor. Já vi vários jogos. Acredito que vou encontrar uma equipa que, tal como o Benfica, quer vencer. Está supermotivada e já fez história nesta competição vencendo duas vezes. Nas finais, não há favoritos e qualquer uma delas pode conquistar o troféu", começou por assumir.


E prosseguiu: "Vamo-nos agarrar ao que é o nosso valor coletivo, individual e emocional; é a 2.ª vez que vamos estar numa final. Sabemos trabalhar a ansiedade e acreditamos que temos todas as possibilidade de sairmos vencedores".




 Jesus: «Maldição? Não sou uma pessoa supersticiosa»


Técnico desvaloriza «maldição» de Belá Guttmann antes de mais uma final europeia

Jorge Jesus não dá qualquer valor à suposta maldição de Belá Guttmann. A poucos dias de mais uma final europeia para o Benfica, o atual técnico encarnado prefere agarrar-se a elementos mais concretos.


«Não sou uma pessoa supersticiosa. Ponto número um», começou por dizer, em conferência de imprensa.


«Acredito no valor das pessoas, na qualidade do trabalho. Acredito que nem sempre o melhor vence uma final, mas também acredito que possamos ser melhores do que o Sevilha e sairmos vencedores desta final, que é a segunda», acrescentou.


Jesus falou da ausência de Salvio, Markovic e Enzo Pérez, castigados para a final da Liga Europa, acrescentando ainda os nomes dos lesionados Silvio e Fejsa, confirmando que o sérvio não recupera a tempo de jogar em Turim.


«Temos tido soluções e de certeza que as vamos encontrar, mas é verdade que são cinco jogadores, e as soluções começam a diminuir. Mas acredito no trabalho que temos feito e no valor coletivo e individual. Vamos certamente estar à altura da exigência de uma final da Liga Europa e do nosso adversário», prometeu.  


Jesus: «Eliminação de Tottenham e Juve não nos dá mais favoritismo»


Emery disse que dançava a sevilhana se ganhasse a Liga Europa, mas Jesus não sabe dançar

Jorge Jesus defende que não há favoritos nas finais, e mantém-se fiel a esse pensamento, mesmo que o treinador do Sevilha tenha atirado a vantagem teórica para o lado do Benfica.


«Volto a dizer que numa final não há favoritos. É a minha opinião. A eliminação do Tottenham e da Juve, que tinham esta prova entre os objetivos, não dá mais favoritismo ao Benfica», respondeu o técnico português.


Questionado se era mais fácil motivar a equipa por causa da final perdida em 2013, Jesus defendeu que «só se consegue motivar quem trabalha com a melhor qualidade, seja qual for a área». «Eu não consigo motivar um trabalhador se ele não conseguir os seus objetivos ao mais alto nível. Há mais alguma coisa para motivar? Há! Mais uma final», acrescentou.


Jesus adiantou ainda que a estratégia para o jogo «não está definida mas está programada». «Está concebida mas não consumada», acrescentou, antes de falar um pouco sobre o Sevilha.


«Para estar numa final tem de ser um adversário forte. Conheço bem o Sevilha, mas ainda não me debrucei muito bem sobre o valor dele. Vi vários jogos deles no campeonato. Vai querer vencer, vai estar super motivado. Também já fez história nesta prova, ao vencer duas vezes. Vamos encontrar um adversário tão forte quanto o Benfica. E como tenho dito não há favoritos nas finais», reforçou.


Se Unai Emery já prometeu dançar a sevilhana se conquistar a Liga Europa, Jorge Jesus perspetiva uma comemoração mais tranquila se for ele o vencedor: «Dou-me muito bem com ele [o treinador do Sevilha]. Não sei dançar. Nem sevilhana nem nada. Se ganhar vou comemorar com os jogadores, com os adeptos, e nos dias seguintes com os meus amigos.»


Jesus até trocava a Liga Europa por outra taça


Declaração curiosa do treinador do Benfica, que mostrou boa disposição perante os jornalistas

Perante uma sala de conferências um pouco mais composta do que é habitual, tendo em conta que a conferência de imprensa se destinava a antecipar a final da Liga Europa, Jorge Jesus mostrou-se tranquilo e bem-disposto nas respostas. Ao abandonar a sala até se despediu com um aceno, e segundos antes, na última frase, deixou uma confissão curiosa: pela Liga Europa até abdicava de outro troféu.


«É importante não só para o clube. Eu e os jogadores também queremos dizer que ganhamos o campeonato, a Taça da Liga, a Taça de Portugal e a Liga Europa. Isto tudo faz parte do currículo. É para isso que trabalhamos, para nos valorizarmos», começou por dizer.


«Quem não quer ganhar uma Liga Europa? Quero eu, os jogadores, os adeptos, toda a gente…Até trocava por outra», acrescentou depois, a terminar a conferência.


Antes o técnico falou também da «bagagem» que a final perdida em 2013 dá para esta nova decisão: «A única coisa que se aprende quando chegas a finais é a experiência. Isso reflete-se emocionalmente. Não é estratégias, nem tática, nem físico. Dá é um suporte emocional, uma adrenalina mais compatível com o controlo da ansiedade. Faz-te crescer. Quantas mais finais tiveres, mais te valorizas e mais história tens.»


Questionado se sentia que o Benfica estava com a «estrelinha» necessária para conquistar a prova mesmo jogando mal, Jesus respondeu que esperava que sim, mas garantiu que o Benfica «não se vai agarrar a isso». «São juízos de valor para depois do jogo. O Benfica vai agarrar-se ao seu valor coletivo e individual. Ao valor emocional, tendo em conta que é a segunda final. Sabemos trabalhar melhor com a ansiedade. Acreditamos que reunimos essas condições e que temos todas as possibilidades de sairmos vencedores», afirmou.



«Fejsa não deve recuperar»



Médio recupera de lesão no tendão de Aquiles


Jorge Jesus admitiu, esta sexta-feira em conferência de imprensa, que Fejsa, com uma inflamação no tendão de Aquiles, "não deve recuperar" para a final da Liga Europa, quarta-feira em Turim com o Sevilha.


O treinador do Benfica procurou, contudo, minimizar a ausências para o jogo, frisando que o plantel dará a resposta adequada.


"Temos tido soluções e de certeza que as vamos encontrar. As soluções começam a diminuir, mas acredito muito no trabalho e valor coletivo e individual e vamos de certeza responder à exigência do adversário", disse.


Jesus realçou que a final da Liga Europa "é uma montra para todos os intervenientes" e que "isso é um dos motivos pelos quais o Benfica tem vendido jogadores para equipas europeias com mais poder económico". "Estamos sujeitos a isso. Para mim é tudo normal", frisou.

 

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