sábado, 24 de maio de 2014

Oblak: «Preferia que ninguém me reconhecesse»

Oblak: «Preferia que ninguém me reconhecesse»
FELIZ COM TEMPORADA NA LUZ
Jan Oblak confessa estar a adaptar-se ao papel de estrela. Em entrevista ao site Planet Siol, o guarda-redes esloveno diz não conviver bem com os holofotes da fama, considerando os adeptos “fanáticos”. Para o futebolista, o balanço da época é positivo: “Devemos estar satisfeitos. Ganhámos três troféus e chegámos à final da Liga Europa.”

O camisola 41 está a pagar o preço de uma temporada marcada pela conquista do triplete e na qual se afirmou como titular no Benfica. “Na verdade, muita coisa mudou. Mas, para mim, pelo menos, é algo mau. Preferia que ninguém me reconhecesse. As pessoas. em Lisboa, são fanáticas, todas acompanham o futebol. Na rua ou numa loja, não há um momento em que não seja reconhecido. Ainda estou a adaptar-me a esse papel”, diz Oblak. “Felizmente, tivemos tantos jogos que não tive muito tempo para passear pela cidade. Não seria capaz de suportar isso. Se estivesse em Lisboa, estaria em casa, a descansar.”

Já no país natal, onde amanhã se junta à seleção da Eslovénia – vai defrontar Uruguai e Argentina –, Oblak garante não querer descansar à sombra do que conseguiu. “É bom, mas no desporto tudo pode mudar de um dia para o outro. Não se pode pensar que vai ser assim para sempre. Estou contente e só posso prometer que tudo vou fazer para que continue a ser assim.”

Desilusão ultrapassada

Sem derrotas nos 26 jogos que realizou, Oblak garante ter ultrapassado a desilusão da Liga Europa, perdida para o Sevilha, acreditando que terá nova oportunidade de disputar uma final. “Fiquei satisfeito por ter a oportunidade de jogar a final, sendo muito jovem. Com 21 anos, ia defender num encontro importante. Seria melhor se tivéssemos ganho, mas acredito que terei mais uma oportunidade. Isso não me incomoda.”

Oblak não quer perder muito tempo a lamentar a perda da Liga Europa. “Esqueci o dia seguinte. Não importa como seria. Estava desapontado, mas no futebol tem se aceitar que não se pode ganhar sempre. O ambiente seria diferente se tivéssemos vencido. Estávamos todos tristes e dececionados, mas poucos dias depois conquistámos um novo troféu [Taça de Portugal].”

Não se lembra do jogo em Aveiro

O guarda-redes garante que o relacionamento com Artur “sempre foi bom” e que nada mudou quando agarrou a titularidade. “Nós, os três guarda-redes, somos profissionais. Treinamos e fora do campo somos amigos”, assinala Oblak. Para o camisola 41, o ponto negativo foi o traumatismo craniano frente ao Arouca, em Aveiro. “Vi as imagens do que aconteceu. Do jogo e do que aconteceu não me lembro. Ainda hoje não consigo lembrar-me de nada”, refere, contando que ficou uma noite em observações no hospital, antes de ir para casa. “Ouvi os meus companheiros dizerem que eu não queria deixar o campo.” Quando foi substituído, após choque com Roberto, faltavam 20 minutos para o final do jogo.

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