domingo, 3 de agosto de 2014

Benfica toma comprimido errado para a ressaca

Benfica toma comprimido errado para a ressaca 
Gepois do pesado 5x1 contra o Arsenal, o Benfica despediu-se da Emirates Cup com mais uma derrota, desta vez frente ao Valencia. A primeira parte até foi bem conseguida, mas um quarto de hora desastrado de Artur Moraes inflacionou a amargura encarnada. Mais do que Jorge Jesus, Luís Filipe Vieira precisa de intervir.

Não está nada fácil a vida das águias. Para os lados da Luz, o alarme já estará certamente a soar em altos decibéis. Falta uma semana para o Benfica entrar em campo em jogos a sério e não há sinais que alegrem a nação encarnada. Já não há mais jogos de preparação, os lesionados são cada vez mais e as soluções pecam na qualidade.

Contas somadas, são seis derrotas em oito jogos de preparação. Até agora, nenhum com efeitos práticos, é certo, mas são demasiados pontos negativos a reter de uma pré-época que teve mais incerteza do que preparação.

Para o confronto com o Valencia, Jorge Jesus apenas manteve Artur Moraes e Sidnei dos 11 que entraram em campo com o Arsenal. Fora esses, nove jogadores tiveram oportunidade (alguns a derradeira) de mos
trarem ao técnico que merecem figurar na fotografia do plantel em 2014/2015.
Primeira parte mais alegre
O jogo começou praticamente com o golo do Benfica. Diante de um Valencia também ainda em construção, as águias aproveitaram uma falha defensiva e Jara assistiu Derley para o golo. Foi o primeiro do ex-Marítimo, o sexto do Benfica nesta pré-temporada (Gaitán fez dois, Jara, João Teixeira e Talisca foram os outros marcadores).
A equipa tranquilizava-se um pouco mais. Convém referir que a equipa de Nuno Espírito Santo nada teve a ver com a do Arsenal, mas não deixou de ser meritória a forma como as águias se apresentaram, sobretudo na zona central.

André Almeida tem que ser o homem mais recuado do meio campo neste momento, pois é o mais agressivo e o melhor conhecedor do que Jorge Jesus pretende para 



aquela zona (provavelmente com Rúben Amorim ao lado). João Teixeira também mostrou bastante vontade e muita entrega, somando mais pontos positivos.

Na frente, Franco Jara oscilava entre o muito bom e o muito mau, Candeias teimava em esconder-se, Bebé esforçava-se e Derley era o melhor. Finalmente o brasileiro mostrou serviço, ficando por se saber se isso será suficiente para aparecer ao lado de Lima.

A defensiva, tirando um ou outro calafrio, mostrava bem mais acerto do que no dia anterior, quer no posicionamento, quer na agressividade a pressionar o adversário.

Num ritmo calmo, o jogo animava de vez em quando na primeira parte. Pablo Piatti acertou no poste aos 9 minutos, Franco Jara respondeu aos 39 com uma bomba à trave.


Descalabro de Artur

Na segunda parte, tudo mudou. O Valencia, com Rodrigo e André Gomes em campo, passou a ser mais agressivo e pressionante. Não muito, mas o suficiente para virar o marcador num quarto de hora maquiavélico de Artur Moraes.

José Gayá foi o primeiro a marcar. Não se sabe se queria cruzar ou rematar, mas a verdade é que a bola até ia frouxa na direção de Artur, só que o brasileiro deixou o esférico passar por baixo das pernas.

Depois foi Piatti, na recarga a um remate que Artur defendeu para a frente, ainda assim o golo que se pode desculpar ao número 1 dos encarnados.

Só que o aspeto mental já era deficitário no guardião, que voltaria a dar um 'frango' pouco depois, quando Cuadrado rematou de fora da área, com o seu pior pé. Artur saltou para encaixar a bola, só que deixou-a escapar por entre as mãos. Jesus ainda demorou, mas poupa-lo-ia pouco tempo depois.

As substituições das águias pouco podiam fazer e nada acrescentaram. Tais erros deitavam totalmente por terra a moral de uma equipa que desesperava pelo fim do jogo. AInda se viram algumas melhorias, sobretudo por parte de Derley, só que o desaire era inevitável.

Há muito para fazer para os lados da Luz...

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