Em entrevista à
Benfica TV
Gaitán:
“Gostávamos que Eusébio tivesse visto a conquista do título”
Nico Gaitán
chegou ao Benfica em 2010/2011 mas foi dois anos antes, em 2008, que iniciou a
carreira e revelou ao mundo a sua qualidade no Boca Juniors. Uma época
importante para o jogador que recorda com carinho a passagem pelo clube
argentino.
"Foram
muitos anos de muita alegria. Eu estive muito tempo sem jogar mas penso que as
pessoas do Boca Juniors sempre confiaram em mim, sempre tentaram dar-me o
melhor possível para que estivesse bem. E estou muito agradecido ao
clube", começou por dizer o médio argentino em entrevista à Benfica TV.
Foi no Boca
Juniors que teve a oportunidade de jogar com aquele que era e continua a ser o
seu ídolo no futebol. "Julgo que o Riquelme deu muitos campeonatos e
muitos títulos à Argentina e ao Boca Juniors. Acho que é um jogador muito
importante a nível internacional e reconhecido em todo o Mundo. Para além de
tudo isso, sempre foi o jogador em quem eu me inspirava. Sempre disse que era o
meu ídolo”, confessou.
Enquanto
argentino, Nico Gaitán desejou iniciar e terminar a carreira no Boca Juniors.
Um pensamento que mudou com a decisão de vir jogar para Europa. Actualmente, é
no Benfica que o médio está feliz e garantiu que quer continuar de “águia ao
peito”. " Vou ser sincero, eu não queria sair do Boca Juniors. Se fosse
por mim, ficava a jogar toda a minha vida no Boca. Mas era uma proposta boa
tanto para clube como para mim. Tinha a sorte de poder vir jogar para Europa, e
jogar na Champions, a Liga Europa e tudo o que víamos na televisão na
Argentina."
No Benfica, Nico
Gaitán já viveu muitas alegrias e alguns dissabores. A época 2012/2013 foi
particularmente difícil para o jogador e para a equipa mas foi nas dificuldades
que o grupo se uniu e se tornou cada vez mais forte. "O ano passado foi
muito bom, mas acho que o futebol tem tudo a ver com o psicológico. Penso que o que se passou no penúltimo jogo
da Liga, perder aos 92 minutos. Três dias depois, perdemos com o Chelsea aos 92
minutos. Julgo que a seguir veio o jogo da Taça de Portugal, e também era muito
difícil ganhar. Acho que já não estávamos bem psicologicamente, e hoje em dia
julgo que é totalmente o contrário”, recordou.
Esta época foi
de sonho, mas começou de forma difícil para todos os benfiquistas. A morte de
Eusébio não foi esquecida e marcou o jogador argentino. "Foi algo muito
forte porque eu não sou deste país, e não conheço bem a história. A verdade é
que gostávamos de o ter cá para poder ver a conquista do Campeonato. Mas acho
que a despedida que lhe fizeram foi muito bonita. "
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