Preud'Homme: «Que o Benfica continue a ganhar»
BELGA E VÍTOR BAÍA HOMENAGEADOS NO PORTO
O antigo guarda-redes do Benfica, o mítico Michel Preud’Homme, deslocou-se a Portugal, e mais concretamente à cidade do Porto, por forma a participar no 1.º Congresso Internacional do Treino de Guarda-Redes, evento que começou esta sexta-feira e que vai prolongar-se pelo fim-de-semana. À margem desse congresso, no qual foi homenageado, juntamente com Vítor Baía, o agora treinador do Club Brugge foi convidado a falar da atualidade encarnada, tendo deixado desde logo claro que não acompanha o seu ex-clube tanto quanto queria. Mas, antes disso, elogiou o Benfica e Portugal também.
“Quando me perguntam onde gostaria de viver quando tivesse uma vida mais calma, respondo sempre que seria aqui, no vosso país. Quanto ao Benfica, trata-se de um clube imenso, pelo qual se sente uma grande paixão. Quando cá joguei, vivemos um período difícil, sem títulos, mas agora o clube voltou a ganhar e espero que assim continue”, desejou, prosseguindo em bom português.
“Oblak? Não vou falar sobre ele, não o conheço
suficientemente bem. Não tenho acompanhado muito bem o campeonato português.
Praticamente só vejo as equipas portuguesas quando elas participam nas provas
europeias defendeu-se o belga de 55 anos, acrescentando que seguiu com atenção
as duas finais consecutivas do Benfica na Liga Europa.
“A final com o Chelsea foi incrível, porque o Benfica fez uma exibição espectacular e perdeu injustamente no último minuto. Senti uma dor idêntica na pele, no Campeonato do Mundo de 1990, num jogo entre a Bélgica e a Inglaterra. Este ano, o Benfica voltou a perder a final da Liga Europa de forma injusta, mas felizmente foi campeão nacional. Depois de uma grande época como esta, seria muito duro se a equipa não ganhasse qualquer título”, assinalou.
Confrontado depois com a polémica que envolveu o guarda-redes Beto, do Sevilha, por este ter saído da linha da baliza para defender dois penáltis, que impediram o Benfica de vencer a Liga Europa, Preud’Homme foi pragmático: “Há regras, mas os jogadores tentam sempre contorná-las. De qualquer forma, era ao árbitro que competia fazer cumprir as regras.”
Por fim, perante a eventualidade de regressar a Portugal para treinar o Benfica, o antigo guarda-redes concluiu assim: “Já tenho 55 anos e assinei agora um contrato com o Club Brugge válido para as próximas cinco temporadas. Penso, por isso, que não será como treinador do Benfica que voltarei a Portugal.”
«Ronaldo? Uma equipa não é um jogador» - Preud´homme
«Ronaldo? Uma equipa não é um jogador» - Preud´homme
As perguntas sobre a condição física de Cristiano Ronaldo
deixaram Paulo Bento irritado e Michel Preud´homme percebe bem porquê.
«Vi o Paulo Bento um pouco irritado em relação às perguntas
sobre Ronaldo e enquanto treinador compreendo-o porque uma equipa não é um
jogador. Ronaldo é um grande jogador, um grande profissional e vai procurar
cuidar-se e tratar-se o melhor possível para poder estar disponível», disse o
antigo internacional belga, que foi homenageado no 1.º Congresso Internacional
do Treino de Guarda-Redes, que decorreu no Porto.
«O Paulo Bento foi meu companheiro no Benfica e, já enquanto
jogador, não se limitava a jogar o jogo pelo jogo. Preocupava-se em fazer a
leitura e dar indicações, já pensava o futebol e não me surpreendeu nada vê-lo
como treinador e ter chegado a este nível», prosseguiu.
Questionado sobre se a baliza portuguesa está bem entregue,
Preud’homme atirou: «Há muito tempo que não vejo um jogo da Seleção, mas uma
coisa posso dizer: qualquer seleção só consegue bons resultados se tiver um bom
guarda-redes e isso Portugal tem conseguido, portanto...»
Sobre as possibilidades da Bélgica no Campeonato do Mundo:
«A Bélgica tem uma boa equipa, com jogadores a atuar em grandes clubes
europeus, muitos a jogar em Inglaterra. É uma boa geração de jogadores, mas a
este nível é difícil dizer até onde pode chegar a equipa. Por exemplo, é
imprevisível dizer se a Bélgica é mais forte e ganharia a Portugal ou
vice-versa.»
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