quinta-feira, 31 de julho de 2014

Experiência espanhola superioriza-se a um Benfica ainda em construção

Experiência espanhola superioriza-se a um Benfica 
ainda em construção
O Benfica voltou às derrotas, depois do triunfo contra o Sion. Frente a um adversário mais forte do que os suíços, as águias apresentaram debilidades defensivas e algumas dificuldades no seu setor ofensivo, o que melhorou ligeiramente na segunda parte, mas não o suficiente para que os golos aparecessem.

Jesus pouco mudou em relação ao jogo do dia anterior. Contra um Sion débil e com segundas escolhas, o técnico conseguiu fazer uma boa rotação (atuaram 22 jogadores), pelo que pôde apostar praticamente na mesma equipa. As exceções foram Franco Jara e Rúben Amorim, que deram lugar a Óscar Cardozo e a André Almeida, que acompanhou Talisca no meio-campo.

Comecemos por aí. Notou-se que, contra uma equipa mais pujante e com outra exigência, as águias têm ainda muitas dificuldades nas transições. As apostas nas faixas (Gaitán e Salvio) são mais acentuadas, só que isso foi entendido por Valverde, que fechou os caminhos aos argentinos.

A necessitar de variar as transições pela zona central, a equipa não teve essa capacidade. André Almeida foi esforçado, mas não tem o perfume de Rúben Amorim, Talisca ainda não tem rodagem suficiente, muito embora apresente alguns atributos interessantes para serem explorados pelo técnico.

Não foi uma má primeira parte das águias, atenção. O Athletic não pareceu muito interessado em assumir o jogo e foi contido no ritmo aplicado, algo que até foi bem aceite pelo Benfica, apostado em pegar na partida e construir bons desenhos. As águias começaram mal, só que foram melhorando à medida que o tempo passava.

Ainda assim, tudo esbarrava na boa segurança dos bascos, pelo que oportunidades era coisa que não acontecia. Quando aconteceu, deu em golo. Na sequência de um canto pela direita, Laporte cabeceou para defesa de Artur para o poste e Aduriz, na recarga, só teve que encostar.

O intervalo trouxe as naturais mudanças. Jorge Jesus mexeu em cinco peças, fazendo entrar jogadores para as mesmas posições. Verificaram-se algumas melhorias, mas não as suficientes para que o golo aparecesse.

Aliás, isso esteve próximo de voltar a acontecer na baliza de Artur, ao minuto 57, quando Iker Muniain fez aquilo que parecia mais difícil: falhou um golo quase certo.

Golo esse que aconteceu já com Paulo Lopes a segurar a rede. O guardião português viu Beñat receber com tranquilidade à entrada da área um passe vindo da direita e não conseguiu chegar ao remate frouxo mas bem colocado do internacional espanhol.

Até ao fim, bons pormenores de João Cancelo, Loris Benito e Bernardo Silva e quase nada mais. Vitória justa de uma equipa que se conhece e que mostrou maior astúcia na abordagem ao jogo, contra a formação de Jorge Jesus, que continua a testar soluções.

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