segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O manual de guerra rejeita a arte do croché

O manual de guerra rejeita a arte do croché

Homens de barba rija não fazem croché. Selvagens de olhos vítreos desconhecem as regras do gamão. Futebolistas na Mata Real nada resolvem através da arte da diplomacia ou da falinha mansa.

Os três pontos do Benfica foram registados através da barbárie argentina num lance de bola parada e da carnificina numa invasão sérvia. Antes, quando o respeito pela organização pacense e a incapacidade de ser indelicado protelavam o advento do golo, as águias sofreram. Sofreram muito.

Findas as tréguas, mais impostas pelos bravos de Paços Ferreira do que sugeridas pelos artistas de Jesus, o Benfica foi tudo aquilo que um campeão deve ser: implacável com o adversário, agressivo e indisponível nas concessões.


Tudo aquilo que o palco de acerbo da Mata Real exige. Se é possível colocar as coisas nestes termos, um título nacional edifica-se com vitórias desta génese. Duras, desgastantes, saborosas.

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