quinta-feira, 10 de abril de 2014

Benfica «q.b.» chega e sobra para quem não sabe construir

Benfica «q.b.» chega e sobra para quem não sabe construir

Centro de Estudos do Futebol da Universidade Lusófona analisa números do jogo com o AZ Alkmaar

O Benfica não precisou de jogar nos seus limites nem de fazer uso de todas as suas potencialidades para eliminar o AZ Alkmaar nestes quartos de final da Liga Europa. Aos encarnados bastou jogar quanto baste para marcar as diferenças entre uma equipa holandesa que não soube sair a jogar frente a um adversário bem mais poderoso e cujos números desta segunda mão em particular deixaram ainda mais evidente o carácter genérico desta eliminatória. 
O número de perdas de bola que separa as duas equipas na primeira metade de construção de jogo, que está registado na análise do Centro de Estudos do Futebol da Universidade Lusófonarealizado para o Maisfutebol, é elucidativo das diferenças do jogo conseguido por cada uma das equipas; e é, sobretudo, gritante quando tido em conta apenas na primeira metade do jogo desta quinta-feira, período em que os encarnados conseguiram desde logo afastar qualquer possibilidade que alguém equacionasse de que não fosse este o desfecho. 
Mesmo não precisando de fazer grande pressão perante um adversário que nunca se mostrou à altura de discutir resultado – e eliminatória –, os números das recuperações de bola (nas várias partes do campo) mostram também a natureza atacante – e dominante – que o Benficanão conseguiria deixar de ter frente à equipa holandesa. Ao mesmo tempo que os jogadores de Jorge Jesus confirmam a maior solidez defensiva que tem marcado as suas exibições. 
Perante as fragilidades confirmadas, o Benfica, já se disse, não precisou de fazer grande pressão. Malhando com Cardozo, acabou por chegar  por Rodrigo, com cruzamento de Salvio na direita. A ineficácia do AZ está espelhada no primeiro remate (de dois no total) que conseguiu acertar na baliza da equipa portuguesa: foi aos 65 minutos (!) de jogo. 
Pouco depois, o Benfica fez o segundo golo. Logo na primeira finalização que conseguiu no segundo tempo. As diferenças para os holandeses estavam mais definidas no marcador; as semelhanças da tranquilidade de processos também: novamente Salvio a cruzar da direita para Rodrigo marcar, novamente ao segundo poste. 
Os duelos individuais espelham bem a diferença entre as duas equipas e que de novo se foram evidenciando com o passar dos minutos; mas, sobretudo, a partir da meia hora de jogo. Até lá, houve o duelo entre Cardozo e Esteban, claramente ganho pelo guarda-redes do AZ – o que também não deixa de espelhar que, então, ao Benfica só faltava mesmo abrir o marcador. 
O paraguaio do Benfica rematou para golo aos 7 e aos 31 minutos. O guarda-redes da Costa Rica fez duas grandes defesas em ambos os lances. Está aqui a principal razão de Cardozo ter ficado sem marcar (somando alguma azelhice do benfiquista na segunda parte). Mas está também aqui a diferença entre Esteban e Artur. 
O guarda-redes do Benfica só fez duas defesas a remates. O costa-riquenho do AZ ainda somou mais três defesas do que as referidas e sofreu os dois golos. Tudo somado dão os sete remates (contra dois) às balizas que traduzem a superioridade encarnada exponenciada em mais do dobro dos ataques: 48-23. 
Olhando para os jogadores do Benfica que foram decisivos nos lances dos golos e comparando-os com os adversários nas mesmas posições, as diferenças voltam a mostrar um abismo. Salvio fez quatro remates (dois à baliza, um fora e outro blocado) e duas assistências; Berghuis fez um remate que nem passou a barreira defensiva. Rodrigo fez dois remates com dois golos; Jóhannsson não rematou. 

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