quarta-feira, 9 de abril de 2014

Benfica-AZ Alkmaar (antevisão): um jogo para a história da Liga Europa?

Benfica-AZ Alkmaar (antevisão): um jogo para a história da Liga Europa?

Encarnados podem confirmar as meias-finais num encontro com vários recordes para bater

O MOMENTO: 
Benfica: 
O Benfica vem numa sequência admirável: tem só três vitórias seguidas, mas nos últimos dezasseis jogos, de resto, venceu catorze, empatou um e perdeu um. Para além disso ganhou em Alkmaar e parte na frente da eliminatória. O jogo desta quinta-feira pode ser histórico, de resto: o Benfica pode tornar-se a equipa mais vencedora da Liga Europa (24 triunfos) e mais goleadora (65 golos). 

AZ Alkmaar: Quatros jogos sem ganhar (dois empates e duas derrotas) não auguram nada de bom para um AZ Alkmaar que precisa de regressar às vitórias. A formação de Dick Advocaat já foi eliminada da Taça da Holanda e está num modesto sétimo lugar da liga holandesa. A Liga Europa podia apresentar-se como última hipótese para salvar a época, mas há que pensar ainda nos play-off da liga holandesa. 

DISCURSO DIRETO 
Jorge Jesus: 
«Teres conseguido um resultado melhor no primeiro jogo, não te dá margem para pensar que és melhor. De certeza que o treinador do AZ Alkmaar não pensa que por ter perdido o primeiro jogo por 1-0 não pode amanhã dar a volta, da mesma maneira que os jogadores do Benfica não pensam que por terem ganho por 1-0 na primeira mão são melhores que o adversário.» 

Dick Advocaat: 
«A responsabilidade está do lado do Benfica. Nós perdemos em casa, por isso vimos fazer o nosso futebol, jogar abertos e sem nada a perder. Quem tem a perder é o Benfica, que está em vantagem. Nós acreditamos que podemos marcar. Medo do Benfica? Vamos jogar com quatro defesas, mas não vamos ter medo nem vamos jogar à defesa. Como já disse, não temos nada a perder.» 

AUSÊNCIAS: 
Benfica: 
Ruben Amorim (lesionado), Maxi Pereira e Gaitán (castigados) 

Az Alkmaar: 
Simon Poulsen e Roy Beerens (em dúvida por lesão) 

HISTÓRICO DE CONFRONTOS: 
O Benfica só jogou uma vez com o AZ Alkmaar: há precisamente uma semana, na vitória por 1-0 em Alkmaar. O histórico de confrontos com adversários holandeses, esse, é bem maior: 22 jogos, com nove vitórias, oito empates e cinco derrotas. O saldo é positivo, portanto, mas é impossível esquecer que uma das derrotas mais difícies da história do Benfica foi frente ao PSV, na final de Estugarda. A derrota mais difícil da história do AZ Akmaar, essa, também foi frente a um rival português: no caso o Sporting, quando foi afastado da final da Taça UEFA de 2005. 


EQUIPAS PROVÁVEIS: 
Benfica: 

AZ Alkmaar
Esteban Alvarado: o guarda-redes da Costa Rica não tem sido sinónimo de segurança na baliza do AZ. Para além das dificuldades evidentes a jogar com os pés, mostra também muita tendência para largar as bolas em resposta a remates mais fortes, nomeadamente de fora da área, tanto junto à relva como mais altos. Uma mão cheia de erros desse tipo. 

Mattias Johansson: o lateral direito sueco ataca bastante, e por isso tem quatro golos já marcados esta época, mas depois está quase sempre desposicionado, algo que não é notório apenas em transição defensiva. Mesmo quando está em zonas mais recuadas o antigo jogador do Kalmar tem tendência para perder as referências posicionais. 

Gouweleeuw: contratado no início da época ao Heerenveen, acaba por ser muitas vezes chamado a «dobrar» Johansson no lado direito, e mostra dificuldades nos duelos de um contra um. Se jogar, Rodrigo pode explorar o espaço entre o central e o lateral, como tanto gosta. 

Viergever: fez a primeira metade da época quase sempre como lateral esquerdo, mas após a contratação de Poulsen tem sido mais regular a sua utilização no eixo defensivo. Jogador perigoso nas bolas paradas ofensivas, já com cinco golos apontados esta época (e quatro assistências). 

Poulsen: contratado à Sampdoria no mercado de inverno, parece ainda estar a adaptar-se aos colegas e ao futebol holandês. Tem estado inibido e algo inseguro. 

Ortiz: elemento mais recuado do meio-campo, o paraguaio acaba, contudo, por deixar muitas vezes a zona à frente da defesa. É um jogador com qualidade técnica, que procura a bola, mas que não impõe a sua presença naquele terreno. 

Elm: médio interior que habitualmente aparece ligeiramente descaído à esquerda, destaca-se pela estatura, mas raramente participa na construção de jogo. 

Gudelj: estreou-se pela seleção sérvia no início do mês, pela mão de Drulovic, e é o elemento mais influente do meio-campo. Embora não seja um «playmaker», é ele que acaba quase sempre por pegar no jogo. Fez já oito passes para golo. 

Berghuis: jovem esquerdino que atua habitualmente pelo flanco direito, com tendência para aparecer em posição central, à procura da bola, ou então para a conduzir para essa zona, na perspetiva de um remate ou de um passe de rutura para Jóhannsson. É o segundo melhor marcador da equipa, mas a larga distância do ponta de lança, com nove tentos. 

Beerens: joga habitualmente pelo flanco esquerdo, embora o pé preferencial seja o direito. Tecnicamente evoluído, procura mais os duelos individuais e a velocidade. Cinco golos e cinco assistências esta época.

 Aron Jóhannsson: Um dos mais perigosos jogadores do AZ Alkmaar. Jogador de bom porte fisico e que é letal em frente à baliza. Não é um portento de técnica mas também não é tosco. Pode dizer-se que é um bom avançado.

Outras opções: 

Gudmundsson é a principal alternativa para os flancos do ataque, e no fundo é um resumo dos habituais titulares: um esquerdino que gosta de jogar pela direita, como Berghuis, mas rápido e com tendência para o 1x1, como Beerens. 
Wuytens tem sido suplente nos últimos tempo, após a contratação de Poulsen (Viegever passou para central), mas durante a primeira metade da época foi presença regular no eixo defensivo. Está, contudo, castigado para a primeira mão. A outra alternativa defensiva é Reijnen, que tanto pode jogar a central como a lateral direito. Durante algum tempo roubou, de resto, a titularidade a Johansson. 
Henriksen, jovem internacional norueguês, pode colmatar a ausência de qualquer um dos médios, embora o seu «concorrente direto» seja Ortiz. Gorter e Van Overeem são outras possibilidades, mas menos utilizadas por Dick Advocaat. 
No ataque, para além de Gudmundsson, referência mais concreta a Avdic, internacional sueco contratato ao Werder Bremen, que está na «sombra» de Jóhannsson, apenas com dois golos marcados. 

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